Capítulo 02 - Serviço bem feito

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Assim que cheguei a Goiânia liguei para Tamires e marcamos de almoçar juntas. Procuro por um hotel até que acho um que me agrade. Resolvo pesquisar um pouco mais sobre esse Gustavo e descubro o hotel onde ele está hospedado. Na adolescência fiz algumas aulas de informática e me considero uma boa haquer.

Perto da hora de meu almoço com Tamires começo a me arrumar, coloco uma blusa lilas e uma calça jeans clara. Combinamos de nos encontrar em um restaurante no centro da cidade, dou o endereço
ao taxista e sigo em direção ao meu destino.

Combinamos que ela usaria um vestido florido com um casaco cinza por cima, logo que chego no local indicado pago o taxisista e entro local, não demora muito para reconhecer a bela morena, que aparentava pouco mais de 30 anos, vestindo um vestido florido com casaco cinza, sentada em uma mesa perto da janela, mechendo no celular. Me aproximo e me sento na cadeira a sua frente, assustando-a.

— Está atrasada!- repreende ela.

— Não me culpe, culpe o trânsito- digo dando de ombros.

Conversamos por pouco tempo, acertamos o pagamento e ainda recebi metade adiantado. Olho o cardápio e escolho lasanha, na hora de pagar a conta Tamires se disponibiliza a pagar a conta, eu obviamente não recusei.

— Espero um trabalho rápido e bem feito- avisa Tamires na saída do restaurante.

— Não se preocupe, não sou uma iniciante - respondo sorrindo de lado.

Não sou do tipo de pessoa que gosta de  perde tempo então começo meu trabalho de imediato. Vou até o hotel onde Gustavo está hospedado e descubro que estão precisando de uma camareira e acabo por me candidatar ao cargo.

Estava sentada na sala de espera da zona administrativa do hotel esperando para fazer a minha entrevista. Do meu lado direito estava uma mulher morena dos olhos verdes, usando uma blusa roxa com um casaco bege por cima e uma calça jeans preta rasgada. Do meu lado esquerdo uma loira dos olhos azuis usando um vestido vestido verde escuro com salto alto bege.

— Senhorita Valentina Ferraz- chama a secretária do dono do hotel- O Dr. José Torres vai recebe-la agora.

Sigo ela pelo corredor amarelo até duas grandes portas de madeira no final deste.

— Boa sorte- diz ela antes de empurrar as duas portas de uma vez.

A sala do Dr. Torres era bem ampla, com móveis em madeira, uma estante cheia de livros, ar condicionado, um tapete bege claro e uma cadeira giratória com estofado negro. O senhor Torres é um homem moreno dos olhos castanhos, aparentemente com mais de 40 anos e cabelos brancos.

— Por favor sente-se senhorita Ferraz- pede ele apontando para uma cadeira do outro lado da mesa- Por acaso a a senhora tem alguma experiência?

— Não senhor mas eu aprendo rápido-  digo sinceramente, afinal eu realmente aprendo rápido.

— Bem senhorita Ferraz porque eu deveria contrata-la em vez das outras candidatas?- pergunta ele é sinto que dependendo da minha resposta eu estou contratada ou não.

— Como eu ja disse eu aprendo rápido, não reclamo, sou simpática e não tenho preguiça ou frescura- digo o mais convincente o possível.

— Gostei de você, dê seu número a minha secretária e se a vaga for sua entraremos em contato dentro de 3 dias- diz ele levantando da cadeira onde estava sentado e me estendendo a mão que aperto formalmente.

Volto pra recepção e deixo meu número com a mesma mulher morena de olhos castanhos e aparência asiática, que me atendeu alguns minutos antes.

Volto para hotel na esperança de ser chamada e ao mesmo tempo montando um plano B. No dia seguinte recebi uma ligação da secretaria do Dr. Torres dizendo que havia conseguido o emprego. Não é o emprego dos sonhos de alguém, mas não vai durar muito tempo, assim que meu trabalho estiver terminado vou voltar para o conforto que só a minha família pode me proporcionar. Eu já trabalhei como camareira outras vezes então não será difícil.

No dia seguinte acordo cedo faço um coque em meus longos cabelos naturalmente ruivos e vou para o hotel Torres, uma recepcionista me dá meu uniforme e me mostra cada canto do hotel.

Estava limpando o chão do corredor dos quartos 10 ao 20. Estava tudo calmo até que localizado meu alvo, pele clara, olhos castanhos, cabelos negros, 38 anos, de uma tradicional família de caçadores.

— Bom dia!- deseja ele de forma amável.

— Bom dia senhor!- respondo com um sorriso falso.

Ele passe por mim, está usando roupas sociais, aperta o botão do elevador e espera, entrando poucos segundo depois. Espero as portas do elevador se fecharem e rapidamente pego minha chave mestra, destrancando a porta e entrando em seguida.

Fecho a porta atrás de mim e como uma boa profissional pego minhas luvas transparentes, como as de médicos e começo a mexer nas coisas de Gustavo.

Olho seu guarda roupa, mas não encontro nada de interessante. Acho uma mala embaixo da cama com algumas armas, facas, ervas, entre outras coisas para matar seres sobrenaturais. Guardo tudo onde encontrei, pego uma garrafinha com veneno, escondida no bolso do meu avental e despejo dentro de uma jarra com água o líquido vermelho que em pouco tempo se torna transparente.

Naquele mesmo dia eu deixei o emprego como camareira, alegando ter encontrado um emprego melhor. Na manhã seguinte estava em todos os jornais: " jovem é envenenado em hotel".

Sorrio. Agora que meu trabalho está terminado é hora de voltar pra minha casa em Florianópolis- SC, voltar para a minha família.

Arrumo minhas malas, pago a conta do hotel e pego um táxi. Quando estava chegando no aeroporto, ouço meu celular, um motorG3, começa a tocar a música Black Magic do little mix. Olho na tela e vejo o nome: " Tamires Vallet"

— Alô- atendo enquanto observo o céu escuro de Goiânia, provavelmente vai chover.

— Bom trabalho, acabei de depositar o resto do seu pagamento na sua conta- diz ela e ja consigo ver os aviões decolando, o aeroporto estava próximo.

— Foi bom trabalhar pra você Tami- digo chamando-a pelo apelido que eu mesma lhe dei.

— Realmente você faz jus a fama! Adeus Valentina-fiz ela encerrando a ligação.

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A caçadora de caçadoresOnde histórias criam vida. Descubra agora