28. Case-se comigo

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Quando duas pessoas não conseguem mais viver sem a outra, logo, tornam-se apenas uma.

R P Medeiros

Você sabe que vai desmaiar quando seu amor entra por aquela porta lindo e sorridente e com um buquê de tulipas vermelhas numa das mãos, e uma caixinha na outra.

- Case-se comigo minha eterna namorada, melhor amiga, parceira e além de tudo futura mulher e mãe dos meus filhos. Estou a cada dia convicto de que nossos caminhos estavam traçados por um Deus que sempre olha por nós. Eu sou grato por tudo o que nos aconteceu e o que há de acontecer ainda.

Ele se aproxima de mim, na frente de todos na livraria. Meu coração dispara a todo momento e sinto que as lágrimas estão querendo escorrer por meus olhos.

- Jenna, eu nunca pedi muito à Deus, só para te encontrar e viver esse amor que esteve dentro de mim durante anos. Eu apenas queria poder estar contigo quando chegasse a minha velhice, eu só queria dizer: agora posso descansar em paz porque eu já vivi o mais lindo da vida, o amor."
Eu sei o quanto você me ama e tudo o que você passou para estar aqui. E eu só quero dizer que te amo ainda mais por isso.
Quer casar comigo?

Neste momento, Austin se ajoelha na minha frente, coloca o buquê em uma das minhas mãos e segura a caixinha. Ao abrir vejo que estão as alianças mais lindas que eu já vi na vida. Eu já vivi de tudo nessa vida, mas este momento é único.

Ao som de apalusos das pessoas que estão dentro da livraria, da senhora Bezz e do Lucca, olho para ela que para mim é como uma avó e ela pronuncia as palavras "vá em frente filha, seja feliz."
Olho para o amor da minha vida estendendo a mão e ele beija-a. Minhas pernas estão trêmulas e meu coração pulando de tanta emoção. Por um momento era como se apenas existisse eu e ele na livraria, esse momento era nosso por tudo o que passamos.

- Claro que eu aceito, eu te amo meu amor.

Num pulo ele me abraça e beija-me. Pessoas estão desejando felicidades, estamos sendo aplaudidos, com assobios e palavras de alegrias, eu não aguento a emoção e tudo se apaga.

*

- Jenna, meu amor, era hora de desmaiar? - Austin está segurando minha mão enquanto estou no sofá de casa, com os olhos da senhora Bezz e Lucca em cima de mim.

- Austin, eu estava feliz e emocionada! Claro que eu poderia desmaiar. Tem coisas que a gente não espera.

- Graças a Deus está tudo bem, pensei que fosse algo sério.

- Deixe de ser besta, está tudo ótimo.

- Não faça mais isso Jenna. - falou Lucca. - Assim você quer nos matar de preocupação.

- Gente eu já disse que não há necessidade. Está tudo bem comigo.
E vocês dois estão fazendo o que aqui que não estão na livraria?
Aponto para senhora Bezz e Lucca. Eles sorriem.

- Não poderíamos deixar de saber como estavas. Então viemos correndo ver como você estava. Por falar nisso, a dona do café de frente mandou lembranças, disse que vai ser a noiva mais linda da cidade.

Me lembro da Dona Ester, ela sempre carinhosa e de bem com a vida. Também passou por muita coisa mas nunca deixou de sorrir.

- Depois vou dar uma passada no café e ver como ela está.

- Faça isso, ela vai adorar.
Bom, já que você está bem, preciso ir para a livraria.

- Espere, eu também vou, hoje não é meu dia de folga ainda tenho que trabalhar.

- Ei mocinha - Lucca estende a mão para mim. Austin vai até a cozinha e pega um copo d'água para mim.
- Aonde pensa que vai? Estava quase na hora de fecharmos, você não precisa voltar.
A dona da livraria está aqui e nem sem preocupa com isso.

- Pois é eu nem vou te demitir.

Todos começam a rir e eu entendo que talvez seja melhor mesmo eu estar em casa. Amanhã o Austin vai viajar e passar três dias fora, preciso ficar pertinho dele e assim matar as saudades que ainda nem tenho.

- Pensando bem, acho que vocês estão certos.

*

Alguns dias depois.

Austin eu estamos assistindo tv, na cama da casa dele e comendo pipoca com refrigerante. Essa era a nossa noite na maioria dos dias em que ele estava em casa. Quando não era na casa dele, era na minha, e às vezes as comidas mudavam. Tinha vezes que era pizza, chocolate e outras guloseimas.

- Meu amor, pensando bem, você já poderia vir morar aqui, o que acha?

- Eu estive pensando nisso também, eu posso vir amanhã, que tal fazermos a mudança?

- Olha amor, amanhã eu não poderei, vou viajar mas você pode chamar alguém.

- Amanhã é dia de folga do Lucca e vou pedir para ele para me ajudar na mudança.

- Agora venha cá e me beije. Já estou com saudades de você antes mesmo de viajar.

- É meu amor? Eu também estou com saudades, vê se não demora hein.

E fazemos amor, mesmo com o filme rolando porque somos os mais loucos apaixonados do mundo. Mas nada depois que uma boa noite como essa para colocarmos o filme em dia, é claro.

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