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Elisa Martins, uma jovem de 24 anos foi abandonada nas ruas do Rio de janeiro pela própria mãe aos 9 anos de idade, desde criança foi obrigada a trabalhar para conseguir s...
OBS: nomes, personagens, lugares e acontecimentos são frutos da imaginação da autora, história com conteúdo adulto não recomendado para menores de idade. Espero que gostem da história e desejo a todos uma boa leitura.
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Meu nome é Elisa, tenho 24 anos e moro sozinha em um belo apartamento de dois quartos, sala, cozinha e banheiro com uma pequena área de serviços. Fui abandonada nas ruas do Rio de Janeiro pela minha própria mãe quando eu tinha 09 anos de idade, e nem sei quem é o meu pai. Já morei debaixo da ponte, já passei fome, já passei noites sem dormir com frio e com medo de ser atacada nas ruas. Quando eu tinha 12 anos conheci André. Um homem ambicioso que só pensava em dinheiro e em si mesmo, ele me ofereceu comida e um lugar para ficar e logo de cara eu aceitei, afinal eu não tinha o que comer e muito menos onde dormir.
Por dois meses eu comi e dormir de graça na casa do André, mas a partir do terceiro mês André me levou para trabalhar em uma casa noturna como garçonete, e no final da noite todo o dinheiro que eu ganhava incluindo as gorjetas iam para as mãos daquele infeliz, ele dizia que era para pagar a casa que eu morava e a comida que eu comia, eu inocente aceitei de bom grado, afinal em todo tempo em que morei nas ruas ninguém foi capaz de me oferecer um prato de comida, e muito menos um lugar para dormir. Sempre tive que mendigar e me humilhar para não morrer de fome e de sede. Contudo, quando eu completei os meus 15 anos o dono da boate me obrigou a fazer programas, oferecendo-me duas opções, ou eu aceitava ou seria demitida e ele se encarregaria de garantir que eu não trabalhasse em nenhum outro lugar, e para piorar a minha situação André ameaçou me colocar para fora de casa se eu não colaborasse dando a ele algum dinheiro, eu me desesperei com medo de voltar para ruas onde muitas vezes eu chorei de fome, frio e sede, onde passei dias sem conseguir o que comer, sem conseguir que alguém me estendesse à mão.
Hoje aos 24 anos e sou considerada a melhor stripper e uma das melhores garotas de programa da casa noturna Anjos da Noite. Finalmente eu saí da casa do André o que foi um alívio para mim, já que ele me chantageava e pegava quase todo o meu dinheiro, não posso dizer que sou feliz, porque eu não sou, essa não é a vida que eu queria para mim, mas foi a vida que me obrigaram a ter, não me orgulho do meu trabalho, mas é ele que me sustenta e paga as minhas contas. Já tentei sair dessa vida inúmeras vezes, mas com a fama que nós garotas de programas temos, não é fácil conseguir outro tipo de trabalho, a sociedade ainda é muito preconceituosa conosco, infelizmente.
Hoje é sexta-feira e a noite vai bombar, os finais de semanas são sempre os melhores dias para se conseguir arrancar dinheiro desses otários que deixam as suas mulheres em casa para virem atrás de diversão, um fetiche novo.
— Oi, Luna, está animada para hoje? — pergunta Safira, entrando no camarim.
Safira é uma das garotas de programa que trabalham aqui na boate. Ela assim como cada uma de nós, temos um nome de guerra e o meu é Luna.
— Oi, Safira, estou animada como sempre estou — respondo empolgada.
— O Raul me disse que hoje vai rolar uma despedida de solteiro, então se prepare, minha linda, porque a casa vai encher — diz também animada, pois hoje é dia de faturarmos.
