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Elisa Martins, uma jovem de 24 anos foi abandonada nas ruas do Rio de janeiro pela própria mãe aos 9 anos de idade, desde criança foi obrigada a trabalhar para conseguir s...
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— Elisa! Eu posso explicar. Não é nada disso que você está pensando — diz Ryan, levantando-se às pressas, fazendo Melissa cair no chão.
— Nossa, você não acha essa frase muito clichê, Ryan? Alguns minutos atrás você se dizia apaixonado por mim, e minutos depois de dizer isso você está aí com essa vadia que te traiu em cima de você, te beijando? — questiono, segurando-me para não voar no pescoço dele e arrancar a sua cabeça fora.
— Eu não tive culpa, Elisa. Foi essa vagabunda que se jogou em cima de mim — diz ele, aproximando-se de mim, mas eu me afasto.
— Na hora que você estava me beijando você não me chamou de vagabunda, Ryan. Está fazendo isso só porque o seu brinquedinho novo chegou? — Melissa se levanta do chão com aquele sorriso cínico estampando o seu rosto.
— Cala essa sua maldita boca, Melissa! Ou eu vou me esquecer que você é uma mulher e você vai me pagar por isso — grita Ryan irritado.
— Eu sabia que não devia confiar em você, Ryan. Vocês homens são todos iguais só mudam de endereço... Ainda bem que eu fui inteligente o suficiente para não aceitar o seu pedido. Fica aí com esse lixo que se diz o grande amor da sua vida. Vocês se merecem — digo decepcionada, viro-me para sair, mas sinto sua mão segurar o meu braço, impedindo-me de ir.
— Espera, Elisa. Por favor, me deixa explic... — Interrompo-o antes que ele termine de falar.
— Não perca o seu tempo, Ryan, você não tem que me explicar nada. Você é livre para fazer o que você quiser da sua vida... A propósito, o nosso acordo termina hoje! Agora! — digo, soltando-me dele e saio do escritório indo em direção à escada.
Subo as escadas correndo e vou para o quarto, sentindo o meu coração mais uma vez destruído como não sentia há muito anos, assim que entro no quarto, tranco a porta para não ser incomodada. Entro no closet, pego a minha mala e saio procurando tudo que é meu e coloco nela, estou com tanta raiva que começo a chorar sem perceber, quando dou por mim o meu rosto já está vermelho e molhado com as minhas lágrimas.
Sento-me no chão ali mesmo no meio do closet e abraço as minhas pernas chorando, colocando para fora tudo que estava segurando para não soltar na frente daquele canalha do Ryan. Não vou dar esse gostinho a ele de me ver chorando, eu jamais mostraria a ele o quanto me enfraquece o quanto me desestabiliza. Ele não merece as minhas lágrimas e nem o meu sofrimento, por isso decido me levantar do chão e terminar o que eu comecei, de repente, começo a ouvir batidas fortes na porta e escuto a voz do Ryan pedindo que eu abra a porta.
— Por favor, Elisa, eu preciso conversar com você. Me deixa explicar o que aconteceu? Por favor, abre essa porta? — suplica angustiado e pela sua voz ele parece desesperado, mas eu não vou abrir a porta, não mesmo.
Eu não quero olhar na cara dele, não o quero mais perto de mim, a única coisa que eu quero agora é sair daqui e ir embora. Finalmente ele para de bater na porta, vou até o banheiro limpar o rosto, pois com certeza a minha maquiagem está toda borrada por eu ter chorado.
