08 - Recebendo Ajuda

182 27 4
                                    

Estava de noite. O ar sombrio assustava Lucy, que não fazia a menor idéia de onde estava ou como encontraria sua casa, só tinha a certeza de uma coisa, estava perdida. Nem sequer passava alguém na rua para ela pedir algum tipo de informação.

A cena envolvendo seu pai não saía de sua cabeça. Não tinha nem tempo para ficar de luto ou chorar pelo ocorrido.

As horas passavam, Lucy ainda não tinha achado absolutamente ninguém para lhe informar e continuava rumando sem direção.

Até que seu carro parou abruptamente.

Não sabia o que estava acontecendo, tentou ligar o carro de novo e falhou miseravelmente. Pelo jeito o motor havia parado de funcionar ou algo do tipo. Ela sabia dirigir, não consertar um carro.

— Ótimo. — Disse irônica.

Ficar ali parada no meio da rua podia ser perigoso. Tinha que achar um meio de voltar para casa. Achar um ponto de ônibus seria ótimo, mesmo sem dinheiro para pagar por aquilo, talvez conseguiria convencer o motorista a deixa-la ir de graça.

Não iria dormir naquele carro. Justo o carro do assassino de seu pai. Se fosse preciso, andaria até sua casa.

E foi isso o que fez, saiu do carro, deixando-o no meio da rua e caminhou em busca de ajuda. Depois de 10 minutos andando, sua perna começou a doer levemente, a saúde dela já estava péssima. Não podia se esforçar para andar por causa de sua recuperação, e nem podia ficar parada ali sozinha.

Continuou sua busca, e de repente, ouviu o barulho de um carro vindo atrás dela. Não sabia se fugia, ou até mesmo se pedia uma carona ao motorista. Havia a possibilidade de ser os sequestradores procurando por ela.

Lucy não conseguiu identificar o rosto da pessoa que estava dirigindo, mas com certeza, o semblante era de uma mulher. O carro parou, e uma mulher loira saiu de dentro dele. Lucy a reconheu na hora.

— Srta Wild? — Perguntou a moça. — O que está fazendo aqui?

Era a nutricionista de Lucy, Ângela.

— Eu... Me perdi.

— Me acompanhe, por favor, são 02:00 horas da manhã.

Lucy hesitou. Lucy não conhecia Ângela direito, mas ela era um rosto conhecido, já era algum coisa. Ângela perguntava coisas do tipo: O que ela estava fazendo ali, por que estava tão suja e etc.

Lucy optou por ficar calada.

Foi ótimo achar alguém para ajuda-la, só que isso não mudaria o fato de perder seu pai.

Não demorou muito para chegarem à casa de Ângela.

Era uma casa muito pequena, Lucy não ficou reparando nos móveis, só queria um lugar para passar a noite. A primeira coisa que Ângela forçou Lucy a fazer foi tomar um banho.

Ângela emprestou algumas roupas dela à Lucy junto com uma toalha. Lucy fez o que era obrigada, e aproveitou a hora do banho para chorar por seu pai. Era o único momento de luto que conseguiu ter.

Quando saiu, Lucy foi atacada por mais perguntas frenéticas de Ângela.

— Olha Srta Wild, — Começou — O que esta fazendo aqui? Sei que não mora por perto. — Ângela havia preparado uma xícara de café para Lucy.

— Me chame de Lucy, — Disse afastando a caneca. — Eu me perdi no caminho de casa. Foi só isso.

Ela não queria sair por aí contando o que tinha acontecido.

— Não minta para mim! — Ordenou Ângela, — Eu deixarei você dormir aqui hoje, até mesmo a semana inteira se você quiser. Com uma única condição. Você me contar o que está acontecendo! Por que estava tão suja? Aquilo... — Engoliu em seco. — Era sangue?

Lucy sabia que Ângela não expulsaria ela de sua casa, e a-deixaria dormir no meio da rua. Mas ela já estava ficando cansada de tantas perguntas.

— Quer tanto saber o que está acontecendo? — Perguntou Lucy.

— Sim!

— Okay então, isso é tudo culpa do "STORM".

— Quem é STORM? — Perguntou Ângela.

— O assassino do meu noivo...

Lucy contou tudo a ela.

STORMOnde histórias criam vida. Descubra agora