Resolvi viajar com a minha família, tirar 15 dias de férias e o restante do mês iria descansar em casa, estudar um pouco e sair com a minha amiga Anna, quase não venho dando atenção a ela.
Foi uma ótima viagem, meus pais adoraram o lugar, queria um ambiente mais tranquilo, fomos para Ilha grande.
Quando voltei de viagem resolvi ligar para a Aninha, disse que a encontraria no Garota Carioca as 21:00, é um barzinho na Asa Norte, tem uma ótima varanda, gosto de lá e sem contar que é perto de casa. Entrei e Anna ainda não havia chegado, pedi uma bebida e fui para a varanda, comecei a observar todos em volta, estava entediada com a demora da minha amiga, foi quando avistei o cara mais gato desse lugar, ele era alto, loiro, de coque – sim, nunca pensei que um cara de coque poderia ficar lindo, mas esse... – olhos azuis, barba grandinha, tanquinho – sim eu percebi, ele estava com uma blusa de mangas comprida fina e corria pelo seu lindo corpo musculoso, adoraria passar a mão pelos quadradinhos formados em sua barriga – apaixonei e um puta sorriso gostoso, acho que ele percebeu que eu estava encarando o e se aproximou.
- Olá, prazer sou Pedro – o rapaz falou.
- Prazer é todo meu Pedro, sou Eloise!
- Eloise? – ele perguntou meio confuso.
- Sim...
- Conheci uma Eloise, quando eu era mais novo.
- Pedro? Não pode ser... – rir
- Oh é você mesma!
Não acreditei naquele momento. Pedro... Meu primeiro beijo, minha primeira paixão de criança e ficou gostoso daquele jeito? – Obrigada Senhor. – Ficamos conversando, trocamos números, ele me contou que foi morar fora, depois daquele verão. Sua mãe havia separado e resolveu ir para Londres, mas esse ano resolveu voltar. É formado em Administração – assim como eu!!! Oh meu Deus – fiquei tão feliz que nem me lembrei da minha amiga. Foi quando ela me mandou uma mensagem.
"Amigaaaa, mil desculpas, estou enrolada aqui, só vou sair 00, ainda vai querer que eu vá ai? Ou marcamos outro dia?"
"Tudo bem amiga, relaxa. Encontrei um amigo aqui. Marcaremos outro dia. Bjo <3"
"Amigoooo é? Seiii... Quero saber de tudo depois, mas agora preciso ir de verdade. Amanhã passo na sua casa as 18 e levo vinho e você prepara o macarrão. I <3 bitch"
- O que foi? – ele perguntou
- Minha amiga, não virá mais... Acho que vou indo nessa – apontando para a saída.
- Não... Não... você vai ficar aqui comigo.
- Não Pedro, seus amigos estão te chamando. Pode se divertir. Já trocamos números não é? Vamos conversando.
- Não nada disso – me puxando pela cintura.
Foi então que ele chegou mais perto, me olhando, passando a mão no meu rosto, até que ele chegou à minha nuca, meu ponto fraco, estremeci e com certeza ele percebeu, pois foi o primeiro lugar que ele beijou, gemi baixinho, acho que não deu para escutar por causa do som que estava alto, mas acabou me puxando ainda mais para ele e começou a me beijar, devagar, sem nenhuma presa, só lábio nos lábios e uma respiração pesada, depois foi me beijando com mais urgência e se aproximando cada vez mais, como se fosse possível. Ficamos um bom tempo assim. Qual era a probabilidade de acha-lo logo ali? Será que é coisa do destino?
- Eiii Pedro, porra mano. –Alguém falou.
- Dá para desgrudar um pouco ae? – outro cara.
- O que é? – Pedro perguntou e eu sem graça sorrir, escondendo meu rosto em seu peito.
- Porra cara, você falou que ia curtir com a gente mano, tu acabou de chegar de viagem e já esta grudado com uma mina – sem olhar para mim – sem ofensas garota.
- Carlos essa é Eloise. Eloise esse é o Carlos, meu melhor amigo, lembra-se dele?
Claro, Carlos era o menino que mais me adiava naquela época, ele sabia que eu era apaixonada pelo Pedro e vivia ameaçando a contar para ele, eu chorava toda vez. Mas quando Pedro foi embora nunca mais nos falamos e nem brincamos na rua, depois de um tempo eu acabei mudando de cidade.
- Não acredito que seja a Bolota!! – rindo – Cara quem diria, se eu soubesse que tu ia ficar gata...
- Como é que é? – eu perguntei – Bolota?
- Sim, nos te chamávamos assim. Menos o Pedro, ele sempre mandava calar a boca. Nossa, ele sim foi sábio. - me olhando por completa - Okay, pombinhos. Nós te perdoamos por essa Pedro. Vamos estar lá dentro.
- Okay. – Pedro respondeu.
Perguntei a Pedro como eu nunca soube daquele apelido, ele falou que se o Carlos ou os outros meninos falassem ele socava a cara de todos. Rimos. O meu Deus eu tinha um protetor e nem sabia. Contei que eu era apaixonada por ele naquela época, e ele falou que sabia, por isso que me beijou e que também gostava de mim.
Ficamos ali por muito tempo, nos curtindo, conversando, beijando. Fui ficando cansada e resolvi ir para casa, ele ainda insistiu para que eu ficasse mais, mas falei que não e que íamos conversando. E assim fui para casa e capotei.