Oliver foi até outro cômodo da casa, deve ter demorado uns dois minutos, eu estava muito animada e nervosa, quando o vejo ele está trazendo algo meio pesado, uma caixa cumprida, o que será?
- Pode abrir. – ele me olha animado.
Comecei a rasgar o papel toda animada e levemente alterada, Dereck me olha ansioso, tanto quanto Oliver.
- Oh... Meu... Deus – eu não conseguia falar – eu não... Como você...
Meus olhos encheram de lágrimas eu não acreditava as principais obras de Jane, eu sou apaixonada por suas obras, meu primeiro livro foi o Orgulho e Preconceito, foi minha mãe que me deu, o tenho até hoje, todo surrado, mas é meu favorito. E ver uma das primeiras edições, eu não sabia o que dizer.
- Isso é um bom sinal, te deixei sem fala.
Coloquei os livros de volta na caixa e dei um abraço nele, vamos fizer que literalmente pulei em sei colo, e fiquei olhando para ele, um bom tempo, até que.
- Haaaham – Dereck pigarreou – então crianças, acho que bebemos além da conta. Está na hora de ir para casa.
- Ah, claro, claro – saindo de cima do Oliver – é acho que sim chefe, estou com sono – bocejei – estou muito grata por essa noite e os presentes.
- Você não pode dirigir assim Eloise – Oliver advertiu.
- Você tem razão, vou chamar o Uber. – falei
- Não, por favor, pode ficar aqui.
- Oliver... – Dereck falou.
- Minha casa tem quartos suficientes, ela poderá dormi aqui, se quiser.
- Tudo bem, eu já vou indo, está tarde. E vocês se comportem. – Dereck ao meu encontro – boa noite querida – me beijando na testa – feliz aniversário.
Oliver o levou até a porta, eles moram no mesmo condomínio então ele foi andando. Oliver ainda ficou na porta por alguns minutos e eu comecei a folhear e ler algumas páginas de Orgulho e Preconceito.
-" NOT all that Mrs. Bennet, however, with the assistance of her five daughters, could ask on the subject, was sufficient to draw from her husband any satisfactory description of Mr. Bingley. They attacked him in various ways..."
- Fiquei na duvida se você sabia o idioma. – falou se aproximando.
- Sim, fiz o CIL, no Plano Piloto por cinco anos.
- Ah, o que seria CIL, seria Centro... – interrompi.
- Centro Interescolar de Línguas, uma escola gratuita do governo. – sorrir.
- Você é mais interessante do que eu imaginava. – me olhando.
- Hum, isso é um elogio?
- Sim. Pode ser. – chegando mais perto.
- Então isso é bom? – perguntei ofegante – o que você pensa em fazer Oliver?
- Só ficar perto de você. – pulei rapidamente.
- Acho que o Dereck estava certo, bebemos muito – fui para o canto da sala.
Ele levantou e veio ao meu encontro, pegou na minha cintura levemente, e começou a passar os dedos pelo o meu rosto por enquanto me olhava fixamente, eu não sabia o que fazer, se eu respirava, se eu o empurrava ou se eu o beijava.
- Eloise, respire, por favor, você está vermelha e a qualquer momento pode desmaiar. – tentando não rir.
- Oh... Eu não... – respirei profundamente – você me deixa nervosa Oliver, eu não sou do tipo de mulher que você procura, eu não sirvo para diversão. Dereck me falou que você adora uma aventura e curtir a vida. E eu... Eu não sou disso. E outra coisa você é meu chefe... – tentando manter minha mente sã, mas bebi muito – não vamos misturar as coisas.
- Eu... – disse ele se afastando – me desculpe Eloise.
Eu queria muito Oliver, mas não poderia deixar que aquilo afetasse nossa convivência. Sou profissional demais para isso. E outra coisa, todo mundo sabe que misturar profissional e pessoal nunca da certo. Tenho uma amiga – ex-amiga, para ser mais precisa - que ela fez isso e só saiu machucada na história ela se apaixonara pelo chefe e ele só queria sexo e olha que ficaram por um ano juntos, HOMENS.
- Oliver, eu... – fui me aproximando – me desculpe...