Décimo Terceiro Capítulo - Eloise

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Sai correndo para o quarto de hospedes não acreditei que eu pude ir tão longe, ainda posso senti-lo me possuindo cada pedaço do meu corpo, meu Deus eu estava indo ao delírio, acho que o vinho ajudou bastante tudo isso, eu só queria mais e mais eu precisava sair daqui antes mesmo que ele adentra-se o quarto e eu seria idiota o suficiente de pedir para que ele preenche-se cada pedaço do meu corpo, foi então que o meu celular tocou.

-"Boa noite Eloise, feliz aniversário atrasado."

-"Obrigada Pedro."

-"Que tal comemorar? Poderíamos ir para o Garota de novo... Não está tão tarde."

Já passava da meia-noite, acho que eu precisava me afastar não posso me envolver com Oliver, ele é meu chefe e deixei bem claro para ele, mas é mais forte do que eu, seu cheiro, seu olhar, seu sorriso, convidativo demais para mim. Será que ele ficaria bravo se eu saísse com outro, depois de quase agora? Mas eu não contaria só diria que ia embora, ou talvez pudesse sair em silencio, ele deve ter ido dormi, eu subi a mais de meia hora.

-" Sim, mas eu estou no Lago, poderíamos procurar um lugar mais perto, vou mandar a localização."

-" Em 30min estarei ai. É condomínio? Te aviso quando estiver na frente."

-"Tudo bem."

Corri para o banheiro que tinha no quarto e tomei uma ducha tentando afastar meus pensamentos de Oliver, ele me deixa transtornada, não sei como isso é possível, vesti minha roupa rapidamente.

-"Cheguei."

-"Estou indo."

Fui descendo devagar com minha sandália na mão, suavemente para não fazer nenhum barulho, quando cheguei ao ultimo degrau vi Dereck, estava assistindo alguma coisa na TV, não entendi o que ele faria ali naquela hora e ao seu lado Oliver dormindo.

- Aonde vai a essa hora? Não pense que deixarei você sair dirigindo daqui mocinha. – dereck me advertiu.

- Eu preciso mesmo ir Dereck, shhhh, não acorde ele, por favor. Tenho um compromisso e minha carona está lá fora.

- Tudo bem. Vou deixa-la na frente do condomínio.

- Okay.

Ele pegou minhas chaves para garanti que eu não dirigiria e me levou até a entrada e lá estava Pedro, encostado no carro, lindamente, tive que suspirar.

- Huuum, seu namorado Eloise? – falando alto o suficiente para Pedro ouvir.

- Prazer, sou o Pedro. – estendendo a para Dereck.

- Prazer rapaz, cuide bem da minha Eloise e não deixe beber muito, pois já bebeu o suficiente. 

Ele apenas confirmou com a cabeça, eu não pude nem me justificar, agora ele ira contar a Oliver. Fiquei muito apreensiva com isso, ele vai me odiar, depois de nos... depois de... agora eu saindo com outro cara no meio da noite, para que que eu aceitei isso, foi um erro, um erro, mas eu já estava aqui, não teria volta.

Então fomos para um barzinho, conversamos ele tentou me distrair, mas meu pensamento estava em Oliver.

- Tequila? – ele perguntou.

- Sim. Adoraria algumas doses.

E assim foi, bebemos uma, duas, três, quatro, cinco, seis, sete... saímos de lá rindo horrores, e fomos direto para a sua casa que não era muito longe dali. Ele estava tão bêbado quanto eu, chamamos o Uber, porque ele não tinha nenhuma condição de dirigir. Quando chegamos a sua casa começamos a nos beijar, a tirar nossas roupas loucamente, ele me jogou na parede e começou a sugar meu pescoço fortemente, descendo a mão pela minha cintura, quadril e coxas, entrelaçando minhas pernas para a sua cintura, me levantou como se eu fosse uma pena, eu estava adorando aquilo, mesmo que estivesse 85% sobre o efeito do álcool. E assim foi caminhando sem nenhum esforço para o seu quarto, me jogando sobre a cama, me beijando loucamente, com necessidade, eu agarrei seus cabelos para que me beijasse e assim ele fez. Depois foi descendo para o meus seios, mordendo um e acariciando o outro, e na hora me veio à lembrança de Oliver – como eu queria que fosse ele – e aquele pensamento me tomou por completa, quanto mais ele beijava meu corpo, mas a lembrança de Oliver me dominou e quando ele chegou lá.

- Oh Oliver – foi alto o suficiente para ele ouvir.

- É o Pedro Eloise, quem é esse Oliver? – com fúria.

- Oh me desculpe Pedro... eu não... oh eu lamento muito. – me desculpando.

Eu não sabia o que fazer ou falar, ele simplesmente deitou ao meu lado e ficou me olhando, e eu acho que esperando minha resposta, eu não poderia falar nada, eu não consegui dizer uma só palavra, apenas comecei a chorar.

- Me desculpe Eloise. Eu não... eu não queria faze-la chorar.

- A culpa não é sua. É minha.

Ficamos lá deitados, ele enxugou minhas lágrimas e me abraçou, eu chorei por muito tempo posso assim dizer, ele não disse mais nada e adormeceu, eu não consegui, estava com náuseas, levantei e bebi agua, olhei para o meu celular e nenhuma mensagem e adormeci.

Acordei por volta das 10horas era domingo, com uma ressaca daquelas – prometendo nunca mais beber tequila – Pedro ainda dormia, e duvido muito que acordara antes das 12horas, tomei uma ducha rápida e resolvi ir embora, mas deixei uma mensagem em seu celular.

-" Me desculpe mais uma vez Pedro, não sei nem o que dizer."

Liguei para o Uber e resolvi pegar meu carro na casa de Oliver já que amanha iria trabalhar, em uma hora dessas ele já deve saber, amarrei meu cabelo em um rabo de cavalo, estava nervosa e o clima também não ajudava.

-" Estou indo buscar meu carro."

-" Avisarei o porteiro."

Com certeza ele sabe e vai me odiar muito, comecei a chorar. Trinta minutos depois eu estava na sua casa.

- Vim buscar meu carro, Dereck deve ter deixado minhas chaves aqui.

- Sim, aqui. – virando e indo ao encontro da cozinha.

- Está tudo bem? – me aproximei.

- Porque não estaria? A noite foi ótima, não é? – arqueando a sobrancelha.

- O que?

- Seu pescoço. – me olhando tristemente e eu coloquei a mão em um reflexo – não tem nem a decência de esconder e eu tenho certeza que isso ai não fui eu.

- Obrigada Oliver. – e sair.

Ele não falou mais nada e também não me acompanhou até a saída, quando eu cheguei à porta e olhei para trás ele estava me encarando com descrença, olhei por alguns segundo e fui para o meu carro. Dirigi com pressa e lagrimas surgiram e não paravam de sair e eu secava com as costas da mão, mas sem sucesso elas não terminavam nunca. Chegando a casa eu simplesmente cai na cama desliguei meu celular e dormi ao meio dos meus soluços.

ELOISEOnde histórias criam vida. Descubra agora