Capítulo 17

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Pegamos um carro alugado e fomos a um shopping que era todo de vidro e duas vezes maior que os shoppings de São Paulo.

Passeamos pelas lojas e compramos algumas coisas, entramos em umas loja de doces que era um sonho, comprei vários tipos de bala e chocolate e claro, Thomas me chamou de morta de fome. Paramos para tomar um milkshake, deixamos as compras no carro e fomos para um parque.

-Vamos na montanha-russa!

-Thomas você ficou louco? Olha o tamanho disso! Ficar horas na fila nesse calor, nem pensar.

-Ah Melanie você é muito chata, vamos por favor.

-Não. Eu vou vomitar todo o milkshake.

Ele revirou os olhos pra mim e me puxou pela mão, me levando até a casa fantasma.

-Certo você venceu, eu enfrento a fila da montanha-russa por você.

-O que? Não vai me dizer que você tem medo de entrar aqui?

-Óbvio que não. Eu tenho 22 anos, não tenho medo disso. É só que...

-É só que você está com medo. Não acredito Mel, fica tranquila é tudo de mentirinha.

Ele me puxou de novo pela mão, agora entrando na casa. Era tudo muito escuro e silencioso, e eu apertei forte a mão de Thomas, a encaixando melhor na minha. Nós caminhávamos de vagar na escuridão quando de repente uma boneca demoníaca apareceu na nossa frente e eu gritei.

-Porra Thomas eu quero sair daqui.

-Não tem como sair, continua caminhando era só uma boneca.

Continuamos andando enquanto ouvíamos um som abafado de uma mulher gritando.

De repente um homem mascarado apareceu atrás da gente com uma serra elétrica.

-Eu vou matar vocês!

Thomas e eu saímos em disparada correndo na escuridão e eu senti um braço me puxar, era uma mulher que vestia uma camisola branca com o rosto ensanguentado e descabelada.

-Venha comigo bela garota!

-Me solta! Ai meu Deus, Thomas cadê você!

A mulher me agarrava enquanto dava uma risada diabólica.

-Mel segura minha mão! Tateei o ar de encontro a mão de Thomas quando a encontrei ele me puxou com força e a mulher arranhou meu braço enquanto saíamos dali. Senti o arranhão queimar.

Começamos a correr novamente enquanto vários bonecos assustadores iam pendendo do teto junto com gritos altos e luzes vermelhas piscando. Um homem todo deformando se arrastava atrás de nós, e quando estávamos chegando na saída um palhaço horrível apareceu.

-Onde os dois pensam que vão? Venham brincar comigo!

Agarrei a mão de Thomas e acho que ele estava um pouco assustado também, o palhaço era realmente horrível e o homem deformado estava nos alcançando. Os gritos cessaram e as luzes apagaram, fazendo tudo ficar escuro e silencioso novamente. Nós ainda permanecemos parados e então uma luz vermelha iluminou o rosto do palhaço, que estava com todos os outros que passamos atrás dele, e soltou uma risada diabólica. Puxei Thomas pela mão voltando a correr pro lugar de onde tínhamos vindo, e todos foram atrás de nós com aqueles gritos assustadores em nossos ouvidos. Os bonecos ensanguentados apareciam de todos os lugares e quando o palhaço estava nos alcançando nós saímos porta a fora. Me escorei na parede, ofegante, colocando a mão no peito.

-Não acredito que você fez isso comigo Thomas, eu te odeio eternamente. Ele apoiou a mão na parede, ficando de frente pra mim.

-Até que foi legal né? Disse sorrindo.

-Eu não achei nada legal. Falei cruzando os braços e virando o rosto.

-Ah você vai ficar braba é? Olha pra mim Mel. Continuei fazendo jogo duro e Thomas ergueu seu rosto na minha direção, ficando a centímetros de mim, desviei o olhar, ainda brava.

-Você sabia que aquela mulher me arranhou? Meu braço está doendo.

Ele olhou meu braço que estava um pouco vermelho e começou a esfregar a mão nele, acariciando.

-Melhor? Não olhei pra ele, ainda fazendo birra. Thomas soltou uma risadinha e beijou minha bochecha esquerda, depois a direita, beijou minha testa e meu queixo. Então ele parou novamente a centímetros de mim, e eu sentia sua respiração em meu pescoço.

-E agora birrentinha? Soltei uma risadinha olhando seus olhos cor de chocolate.

-Agora sim.

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