Capítulo 30

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Depois de ver o apartamento que agora eu moraria e largar minhas coisas lá, fomos para o apartamento de Kim e Ryan, onde eles tinham preparado um almoço delicioso.
Nós conversávamos sobre diversos assuntos e eu sabia que todos estavam tentando não me perguntar sobre a morte de minha mãe, eu estava agradescendo mentalmente por isso. Era um dia de semana normal como qualquer outro e eu sabia que mesmo com a minha chegada eles sairiam para trabalhar.

-Eu sei que vocês precisam ir para o trabalho, não se preocupem comigo. Vou organizar as coisas no apartamento.

-Eu e Ryan precisamos mesmo ir, mas voltamos pelas seis. Acho que Justin não tem treino a tarde, certo Justin?

-Certo. Eu estou livre. Posso ficar pra te ajudar.

-Porque será que eu acho que isso foi combinado? Murmurrei e só Justin pôde me ouvir, dando uma risadinha logo depois.

Kim e Ryan foram para seus trabalhos e eu e Justin para o meu apartamento.

-Como você está se sentindo? Justin perguntou

-É tudo meio estranho... Acho que eu preferia quando eu só tinha um quartinho na faculdade.

-Quem diria que um dia sentiriamos falta da faculdade.

-É aquele foi um bom ano...sabe, o intercâmbio e tal.

-Sei. E o seu amigo Thomas?

-Ah ele está bem. Ele é um cara legal, entendeu que eu precisava vir pra cá.

-E porque você precisava vir pra cá?

-Ah porque, hum, pra não ficar remoendo a morte da minha mãe e você sabe, o mercado de trabalho aqui é bem melhor.

-Claro, o mercado de trabalho. Disse ele, sarcástico.

-O que foi? Porque você está debochando?

-Eu não estou, é só que...foi só por isso mesmo que você voltou? Em nenhum momento você pensou em mim?

-Justin, tudo aconteceu muito rápido, Nova York, a morte da minha mãe... - Eu olhei pra ele que me encarava com aqueles olhos que eu tanto amava, e foi impossível me esconder de baixo da minha armadura, respirei fundo antes de continuar - Você quer saber a verdade? Eu pensei em você em cada instante, você é o maior motivo pra que eu esteja aqui agora.

Justin abriu um enorme sorriso e não tirou seus olhos dos meus. Ele se aproximou de mim, passeando seus dedos pelo meu rosto, fechei os olhos, sentindo seu suave toque em minha pele.

-Por um momento eu achei que você não fosse querer voltar.

-Eu demorei um pouco pra me dar conta de que queria vir. A verdade é que eu nunca quis ir embora. Falei

-Você acha que seria diferente? Se eu nunca tivesse ido pros Estados Unidos, e nós tivéssemos feito as pazes?

-Sim. Se você não tivesse ido embora talvez eu conseguisse prolongar minha bolsa e terminado a faculdade aqui. Eu poderia estar trabalhando e nós teríamos uma vida juntos igual a de Kim e Ryan.

Justin abaixou a cabeça e eu senti o peso das minhas palavras sobre ele. Mas eu sabia que a culpa não era toda dele, nós dois erramos e não podíamos mais voltar no tempo.

-E se a gente apagar esses quatro anos? Vamos fingir que você está saindo da faculdade agora.

-Nós não podemos apagar, se você não tivesse ido para os Estados Unidos talvez nunca tivesse sua carreira no futebol.

-Eu preferia ter passado esses quatro anos aqui, com você.

-Não, o seu maior sonho é jogar futebol, eu não ia querer te ver triste fazendo algo que não gosta.

-Eu jamais estaria triste com você ao meu lado, Melanie. E eu tenho certeza que você me incentivaria a ir jogar futebol por aqui.

-Eu com certeza faria isso. Mas não seria nada mal te ver de terno todos os dias. Falei e Justin riu.

-Eu tenho certeza que nós estaríamos muito felizes. Mas ainda é tempo, eu ainda quero te fazer a garota mais feliz do mundo.

Encarei Justin, seus olhos brilhavam, me aproximei dele, quase tocando seus lábios.

-Eu posso dar uma chance para nós de novo. Mas você terá que se esforçar senhor Bieber.

Falei me aproximando ainda mais dele, e quando ele achou que eu fosse encostar meus lábios nos dele eu desviei sorrindo, indo para o outro lado. Mas antes que eu pudesse sair ele me puxou pelo braço, me colocando contra a parede e ficando de frente para ele.

-Sempre tão marrenta, Melanie.

Disse Justin com sua voz rouca e sem hesitar grudou seus lábios nos meus.

Muito Mais Que Um AnoOnde histórias criam vida. Descubra agora