Capítulo 39

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Comecei a pensar em como me livrar desse anônimo. Eu não podia contar pra ninguém. Mas também não podia encontrá-lo sozinha, sabendo do que ele era capaz. Comecei então a ter algumas ideias.

Nesse momento ouvi o bipe do meu celular, mensagem de texto.

"Você se acha muito esperta não é mesmo? Mas até agora só eu tenho ganhado."

O sangue me subiu pela cabeça, isso não podia continuar, precisava acabar.

"Então me diz o que você quer, e acaba de uma vez com esses seus joguinhos idiotas."

"Que tal nós nos encontrarmos para conversar melhor?"

Era agora ou nunca. Eu teria a chance de saber quem era e o motivo de tudo isso. Mas era alguém perigoso e eu não podia dar mole. O anônimo mandou o endereço de onde seria nosso encontro, e então eu tinha que pôr a cabeça para pensar.

Decidi mandar uma mensagem de texto, só que para outra pessoa.

"Eu estou indo para este endereço, tenho que estar lá às três horas. Eu não posso explicar agora, mas é uma situação de risco. Alguém tem me mandado mensagens ameaçadoras. Eu sei, eu deveria ter contado antes, mas não é simples assim. Se eu demorar muito, é porque eu preciso de ajuda, de muita ajuda. Você sabe o que fazer. Por favor, não envolva o Justin nisso, ele não pode aparecer lá de jeito nenhum. Prometo explicar melhor depois."

Chamei um táxi e fui para o endereço indicado.

A sensação que eu tinha era que eu já estava dentro daquele táxi a umas 4 horas. Minhas mãos soavam frio e a imagem de Justin triste com a morte do amigo não me saía da cabeça. Meu estômago começou a revirar, eu estava enjoada, nauseada.

-A senhorita tem certeza que é aqui? Perguntou o taxista.

O local era totalmente afastado como eu imaginava, mas não era como nos filmes de ação, um galpão no meio do mato, era uma mansão enorme.

-É sim, obrigada. Paguei o taxista e saí do carro, com as pernas bambas. Ei garota, crie coragem, vá até lá e faça tudo que for preciso pra essa pessoa sair do seu caminho. Falei para mim mesma.

A porta da casa era preta, enorme, o que me causou calafrios. Tinha um interfone no portão e eu toquei, mas ninguém atendeu. Do nada, o portão abriu.

Muito Mais Que Um AnoOnde histórias criam vida. Descubra agora