Capítulo 20

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-Ei, eu gostaria de te mostrar uma coisa, vou te levar a um lugar, tudo bem?

-Tudo bem.

Justin dirigiu mais um pouco e parou em frente a um prédio alto todo de vidro.

-O que viemos fazer aqui?

-Calma, você vai ver. Entramos no prédio e o guarda do local já conhecia Justin, subimos pelo elevador que nos levou até o último andar. Ele abriu uma porta e me olhou sorrindo.

-Entre. Quando eu passei pela porta e olhei para dentro, parei na mesma hora, atônita.

Nós estávamos numa enorme sala de vidro, eu podia ver toda a cidade de lá, que estava toda iluminada. Me aproximei da parede de vidro, encostando minha mão nela e olhando cada detalhe da cidade.

-É tão lindo.

-Sim, eu vinha aqui às vezes para pensar quando estava hospedado em um hotel aqui perto no começo. Nós parecemos tão pequeninos perto desse infinito de luzes e prédios.

-Estou sem palavras. Esse lugar é maravilhoso.

-Olhe pra cima. Ergui a cabeça e vi o teto de vidro, que proporcionava a visão do céu e das estrelas.

-Caramba! Parece tudo tão mágico. Falei sorrindo. Justin se aproximou de mim também olhando para o céu. De repente, senti os dedos dele tocando os meus, e sua mão estava entrelaçada na minha. Eu fechei os olhos, fazia tanto tempo que não sentia o seu toque, as borboletas no meu estômago estavam voando para todos os lados.

-Eu nunca trouxe ninguém aqui, você é a primeira pessoa.

-Obrigada por me trazer neste lugar tão lindo. Falei olhando em seus olhos, Justin não respondeu nada, mas também ficou perdido em meu olhar. Ah aqueles olhos, eu me perdia facilmente neles. Eles não tinham nem um tom de azul, mas me mostravam a imensidão do céu, do meu céu.

-Você esta ouvindo isso? Um som ao fundo? Ele disse

-Estou, parece um violino.

-Deve ter alguém tocando em algum andar.

E o som ficou mais alto, como se agora tivessem dois violinos, talvez alguém estive ouvindo música clássica. Mas eu estava em um lugar tão mágico que mais parecia o som dos anjos.

-Você quer dançar? Perguntei de repente.

Justin abriu um largo sorriso e começou a me conduzir, dois passos para a esquerda, dois para a direita. E ele me rodopiava pra lá e pra cá. Era só nós dois novamente, como se estivéssemos dentro de uma caixinha de vidro, a cidade de Nova Iorque ao nosso redor, o céu e as estrelas a cima, e o som dos anjos nos guiando. Naquele momento meu coração transbordou emoções, e nós éramos só dois jovens novamente, nós éramos infinito. Nós paramos, um de frente para o outro, Justin tirou uma mecha de cabelo do meu rosto, me encarando hesitante. Eu sabia o que iria acontecer, mas dessa vez, não o impedi. Justin se aproximou e seus lábios tocaram suavemente os meus, todo meu corpo se acendeu, abri mais os lábios encaixando nosso beijo, Justin me segurava pela cintura e eu puxava sua nuca para mim. Sua língua pedia passagem e eu cedi, sentindo meu corpo se arrepiar, esse era o efeito Justin em mim. Seus lábios estavam quentes e macios como veludo. Ele puxou meu lábio inferior e paramos o beijo para respirar. Olhei em seus olhos, que brilhavam, nossa respiração estava ofegante. Em um ato repentino envolvi meus braços na barriga de Justin e apoiei minha cabeça em seu tórax, o abraçando e respirando profundamente. Ele me envolveu em seus braços, apoiando o queixo no topo de minha cabeça, eu podia sentir seu maravilhoso perfume e sua respiração. Eu estava em casa.

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