Capítulo 30

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CATARINA

Dias atuais.

- Pedro é melhor pararmos.

Ele ainda sem fôlego e olhando fixamente meus lábios, o desejo que sinto por ele é inegável, mas não posso o levar a acreditar em algo que nem eu acredito.

- Eu não quero que você confunda as  coisas.

- Tudo bem, eu entendo.

Olho a Tv em minha frente para não ter que encarar os tão pentestosos marés de Pedro, mas sei que eles estão em mim. Meu corpo ainda sente vibrações mesmo estando nossos corpos a um palmo de distância.

- O que acha de fazermos um bolo?

Pedro me surpreende com a pergunta.

- Um bolo?

- Sim, e se dessa vez não queimar poderíamos levar um pedaço quando formos visitar Sabrina amanhã.

Eu não quis comentar nada sobre o fato dele sugerir ir comigo.

- Engraçadinho, claro que não vou queimar, e seria mesmo uma boa ideia, Sabrina ama meus bolos.

Ele se levanta do sofá com um pulo e estende a mão para mim, quando eu pego a mão dele, sou puxada ficando em pé quase grudada em seu corpo, acabo ficando sem reação, seu corpo é quente e seus mares, ops, seus olhos estão dizendo tantas coisas, é como se implorassem por mim, como se me puxassem para si, não me mexo.

- Catarina?

O hálito quente de hortelã invade minhas narinas, a boca dele é tão bonita, assim de perto da para ver cada detalhe de seus lábios que não são finos e me fazem querer mordelos, sua barba por fazer o deixa tão sexy, a sensação dela em minha pele faz minhas pernas tremerem.

- Catarina?

Pedro diz sussurrando, respondo um oi, pelo menos é o que eu tento responder, não consigo sair do transe que ele me provoca.

- Nós..

- Nós!

Digo sem fôlego, ele abre um sorriso, seu sorriso é encantador.

- Nós precisamos ir fazer o bolo.

Saio da hipnose provoca por seu corpo e rosto e fico sem graça por ele ter me visto naquele estado, eu parecia uma adolescente.

- Sim, o bolo, isso vamos fazer o bolo.

Ele segura o riso e eu agradeço mentalmente por ele não ter rido da minha cara. Vamos para cozinha pequena que agora está menor ainda. Eu pego os ingredientes e Pedro fica me observando atentamente.

- Bom você já fez algum bolo na vida?

- Sinceramente não.

- Então serei uma ótima professora, vai até poder fazer o bolo do seu casamento.

Percebo que o corpo dele enrijece e seu olhar fica longe.

- Descupa, eu...

- Tudo bem, eu adoraria fazer meu bolo de casamento.

Ele olha para mim e eu desvio o olhar, pego a farinha, manteiga, ovos, leite e fermento e misturo em um recipiente.

- Bom, com todos os ingridientes misturados, agora precisamos bater, normalmente eu uso uma batedeira, mas a minha queimou semana passada, então terá que ser na mão, como tenho você e seus braços torneadas nada mais justo do que você fazer isso.

- Acha meus braços toerneados?

Ele ri e olha para mim, me encolho e mudo o assunto.

- Vai bater ou não?

No Limite do DesejoOnde histórias criam vida. Descubra agora