Capítulo 29

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CATARINA.

Dias atuais.

Quando Pedro sai do banheiro fico boquiaberta, está bem mais descontraído usando essas roupas, sem perceber abro um sorriso e ele me encara.

- O que foi tem algum problema com a roupa? Ficou tão ruim assim?

- Não está ótima em você.

Ele abre um sorriso tímido e seus mares azuis brilham.

- Mais uma vez obrigado por ficar.

- Eu faria qualquer coisa por você.

Ele se aproxima e senta ao meu lado no sofá, a distância entre nossos corpos é mínima.

- Sobre seu pedido eu...

- Você não precisa me responder agora, estou aqui como seu amigo e sei que diante de tudo o que aconteceu você ainda não teve tempo de pensar sobre.

Fico aliviada e solto o ar que nem sabia que estava prendendo.

- Obrigada pela compreensão.

- Eu esperarei por você Catarina e mesmo se a sua resposta for não eu irei continuar esperando.

- Eu não entendo Pedro, mesmo você dizendo todas essas coisas, eu ainda não entendo, você é lindo, rico e bem sucedido, eu sou uma mulher sem graça, desempregada e que divide o apartamento. Não tem nada que um homem como você possa ver em mim.

- Então tudo se resume a isso? Beleza, dinheiro e status quo? Vou te dizer uma coisa Catarina, a vida é bem mais do que isso, tem coisas que dinheiro e beleza não podem comprar, você é linda demais e mentiria dizendo que sua beleza não me atrai, mas você é muito mais do que isso, se você se visse através dos meus olhos talvez entendesse o que estou tentando dizer.

- Eu não sou perfeita Pedro.

- E nem eu quero que você seja perfeita, perfeição não existe, as pessoas idealizam muito, namoro perfeito, noivado perfeito, casamento perfeito e blá blá blá. Eu sou o cara mais imperfeito que deve existir, eu não quero isso, quero você e todas as imperfeições, quero brigar com você e depois fazer as pazes da melhor maneira possível se é que me entende.

Fico corada com sua última frase, a noite está quente demais para o outono novayorkino e quando ele se aproxima grudando seu corpo no meu eu poderia pensar que o verão já chegou, pelo menos no meu corpo.

- Pedro?

- Catarina.

- O que você está fazendo?

- Por enquanto nada.

Nossas bocas estão próximas demais, só aguardando algum comando para que se unam.

- Como assim por enquanto?

- É que... Deus... a vontade que sinto de te beijar é imensa.

- E você vai me beijar?

- Só se quiser, você quer?

- Talve eu queira.

- Talvez não é suficiente, preciso que diga.

Sinto um frenesi percorrer meu corpo, minhas roupas estão quentes demais e minha respiração entrecortada.

- Eu quero.

- Quer o que Catarina?

- Quero que me beije.

Ele rompe a pequena barreira que afastava nossas bocas e me beija, um beijo profundo e apressado, não tem nada de calmo em seu beijo, é diferente das outras vezes, é como se ele precisasse de mim a todo o custo, como se tudo fosse acabar e ele quisesse viver o momento intensamente, senti a vibração de seu corpo no meu, suas mãos percorrem minhas costas, conforme sua língua invade minha boca o beijo se intensifica, a adrenalina que percorre meu corpo faz com que eu tire sua blusa e revele seu corpo perfeito, desenhado sob medida, seus olhos antes mares calmos, agora estão revoltos ao olharem meu corpo, sinto cada célula do meu corpo queimar.

- Pedro não podemos.

Me afasto recuperando um pouco da sanidade.


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