Capítulo 45

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CATARINA

Dias atuais.

Aos poucos meus olhos vão abrindo, manchas pretas estão em toda parte e me sinto enjoada, minha boca está seca e meus lábios parecem borracha.

- Aonde estou?

Falo em sussurro quase inaudível, fecho os olhos e tento lembrar de tudo o que aconteceu, mas meus pensamentos estão confusos. De repente um homem entra na sala.

- Christopher?

- Oi meu amor, se soubesse que estaria acordada não teria saído daqui.

Não é possível que ainda estou dormindo, isso não é real, estou enlouquecendo?

- Por favor, me explique o que aconteceu?

Os monitores começam a apitar de novo, provavelmente pelo fato de meu coração estar disparando.

- Eu irei lhe explicar, mas você precisa se acalmar, foi bem difícil convencer eles a não fazerem mais exames até você se recuperar.

Olho para ele com uma expressão confusa, ele não está aqui de verdade, eu sei que não, ninguém sobreviveria a uma queda de um prédio, isso seria algum tipo de purgatório? Eu teria morrido também?

- Tudo bem, irei me acalmar.

Respiro fundo e me concentro nas batidas do meu coração, aos poucos elas vão ficando em seu ritmo normal e o monitor para de apitar.

- Me explica agora ok?

Christopher está com olheiras, parece que não dorme a dias, sua barba está por fazer e seu cabelo desgrenhado.

- Meu amor, só Deus sabe o quanto eu pedi por esse momento, você ficou em coma por 5 meses.

Meu rosto se contorce em uma expressão confusa, olho a minha volta e ainda estou em um hospital, mas não sei qual hospital.

- Onde eu estou?

- Na Inglaterra meu amor, acharam muito arriscado uma transferência para outro país no seu estado.

Uma enxaqueca surge e minha cabeça começa a latejar de dor.

- Mas John lutou com você e a arma disparou acertando nele.

O rosto de Christopher se torna duro como Pedra e ele se aproxima da minha cama, sua mão pega na minha e a eletricidade familiar do seu toque surge outra vez.

- Não Cat, o tiro acertou você.

Suas palavras me ivadem como facas em meu peito, não era possível isso, eu tenho certeza de tudo que vivi, Pedro, Melina, Sabrina, foi tudo tão real.

- Não, eu tenho certeza que estou sonhando, para com isso, John morreu e você também.

Christopher fica confuso e ele coloca sua mão em meu rosto afagando minha pele. A porta se abre e a pessoa que entra me deixa boquiaberta.

- Mãe?

- Catarina, graça a Deus.

Ela avança em minha direção e deixa suas bolsas caírem, minha mãe me abraça e eu fico imóvel.

- Minha filha, eu rezei tanto para que melhorasse, me perdoa por não ter te ouvido sobre o Canalha do John, eu espero que ele pegue prisão perpétua pelo o que fez.

John está vivo? Como posso ter estado em coma se eu me lembro de coisas tão reais?

- Minha filha, você tem sorte de ter Christopher ao seu lado, ele não saiu um segundo sequer de perto de você, eu tentava convencê-lo, mas ele insistia que queria ser o primeiro a te ver quando acordar, ele é um rapaz de ouro. Eu sei que aconteceram coisas no passado, mas vamos deixar para trás tudo isso, o importante é que está viva.

No Limite do DesejoOnde histórias criam vida. Descubra agora