Capítulo 33

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CATARINA

Dias Atuais.

Essa situação é muito desmontável, por mais que precise conversar com Christopher, não posso continuar aqui com ele e Pedro, sei que devo contar tudo para ele, mas não consigo.

- Eu preciso ir.

- Eu te levo. - Pedro se prontifica.

- Não precisa está tudo bem.

- Acho melhor não sair sozinha. - A voz de Christopher rompe o ar e a barreira que se formou entre nós.

- Eu estou bem, obrigado por me ajudarem, mas agora eu preciso ficar um pouco sozinha. Eu só preciso ir ao banheiro,aonde fica?

- Eu lhe mostro. - Christopher diz com a voz levemente apressada.

O corredor é longo e estreito, nossos corpos estão pertos e toda hora se batem, despertando o que até então estava adormecido em mim, quando paro em frente ao banheiro ele me encara, minhas costas estão na porta e seu corpo está em frente ao meu, seus olhos fixos nos meus me mostram mil coisas.

- Acho melhor melhor eu voltar para sala, você ficará bem?

Christopher sussurra e seu hálito quente faz com que eu precise respirar mais apressadamente.

- Sim é melhor.

Christopher sai da minha frente e se vira para ir, ao sumir do corredor eu entro no espelho e vejo a minha cara, estou acabada, meus olhos estão inchados e meu cabelo desgrenhado, mas o que mais me dói é a perda da minha amiga, estremeço ao lembrar de tudo o que aconteceu, o sangue no chão, Sabrina desmaiada, uma lágrima cai e eu me rendo, sento no chão e coloco os joelhos contra o peito, a dor da perda é uma dor surreal, lágrimas caem no chão como gotas de chuvas minha visão fica turva, eu quem deveria ter morrido e não uma menina jovem cheia de vida e com um futuro pela frente, eu não tenho mais nada a perdem, aos 30 não tem casa, emprego e nem filhos e provalmente ninguém sentiria minha falta.

Antes que mais pensamentos invadisse minha mente, ouço batidas na porta, meu Deus quanto tempo fiquei aqui?

- Já vou.

- Só queria saber se está tudo bem, estou preocupado, você está ai faz um tempo. - Christopher diz.

- Sim estou desculpe a demora, fala para o Pedro que já irei sair.

- Pedro já foi, ele precisou encontrar um cliente urgente.

Um alívio inesperado surge em mim, essa situação estava estranha demais.

- Você quer tomar banho? Tenho roupas secas de Melina devem dar em você.

Meu coração gela ao saber disso, então eles estão juntos mesmo, não que eu tenha nada haver com isso, sou a última pessoa do mundo que pode cobrar algo dele.

- Não obrigado preciso mesmo ir.

Sigo em em frente no longo corredor e Christopher segura minha mão, uma estranha onde de energia percorre meu corpo.

- Por favor, fique.

Ele me puxa perto de si e fico sem chão, nossos corpos estão colados outra vez, se não fosse por toda essa situação eu tenho certeza que ele teria me beijado, sinto- me formigar.

- Catarina, deixa eu cuidar de você?

Estamos próximos demais, o ar começa ficar rarefeito e eu não sei o que fazer, minha vida está de cabeça para baixo, sei que temos muito para conversar, mas esse não é o momento, aliás nem sei quando será o momento, se ele estiver mesmo tendo algo com Melina.

- Eu preciso ir.

Digo com dificuldade de formular qualquer frase que seja, Ele solta minha mão e seus dedos roçam a pele do meu rosto com uma delicadeza que só ele tem, fecho os olhos e me deixo levar pelo seu toque.

- Fica, por favor.

Pouco a pouco as barreiras que construí vão se quebrando, preciso do seu colo, não tem mais ninguém que me entenda como ele.

- Tudo bem.





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No Limite do DesejoOnde histórias criam vida. Descubra agora