Capítulo 44

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CATARINA.

Dias atuais.

Pedro fica com um sorriso bobo nos lábios quando conto sobre o que fiz para entrar em seu quarto.

- Acho que você pode ser presa.

Ele diz mal segurando suas gargalhadas.

- Talvez, mas acho que você poderia me libertar.

Digo e olho para ele que fica sério.

- Desculpa, eu apenas estava brincando.

Em seguida ele solta uma risada, parecendo estar se divertindo.

- Só você mesmo para me fazer rir em um quarto de hospital.

Ele diz e acaricia minha mão, Pedro fecha os olhos e respira fundo, parece querer memorizar cada detalhe desse momento.

- Catarina, eu estava ressentido por tudo o que houve, mas ter você perto nesses últimos minutos me fez perceber que quero estar cada dia mais e mais com você. Então se você estiver disposta a ficar comigo eu gostaria de te pedir em namoro.

Suas palavras fazem meu peito transbordar de alegria, um sorriso largo invade meu rosto, agora mais do que nunca eu tenho certeza do que eu quero.

- Eu quero muito Pedro.

Me aproximo de sua cama e ele me puxa para um beijo doce e quente,sua língua percorre cada centímetro da minha boca e o desejo por ele aumenta em meu corpo. Somos interrompidos pelo som estridente da porta quando a enfermeira a abre.

- Acabou o tempo casalzinho.

Pedro ri ainda com os lábios nos meus.

- Poxa logo agora que a coisa estava ficando boa.

Cutuco sua costela e fico constrangida por te sido pega no flagra.

- Ok, já estou indo.

Mas quando a enfermeira abre a boca para fazer alguma reclamação um alvoroço acontece no hospital, médicos e enfermeiros passam correndo, uma sensação ruim se instaura dentro de mim. A enfermeira sai de perto da porta e some no corredor.

- Está tudo bem? - Pedro pergunta e eu me sinto nauseada.

- Eu... eu não sei.

A enfermeira volta e uma expressão de espanto assombra seu rosto.

- O que está acontecendo? - Pergunto quase sussurrando.
Ela parece ponderar antes de responder, mas diz.

- Um homem se matou no centro, ele se jogou do prédio.

Não sei o por quê mas essa notícia faz surgir um arrepio estranho em minha mente, o ar parece sumir de minhas narinas e eu fico desorientada.

- A senhora está bem?

- Estou, foi só uma tontura.

Olho para Pedro e seus olhos estão vidrados na televisão do quarto, em seu rosto uma expressão de pânico surge, quando me viro e vejo a foto de Christopher na tela.

- Pedro por que a foto de Christopher está na Tv?

- Catarina acho melhor se sentar.

Estou tentando digerir a informação que aparece no canal de notícias com o título Advogado se joga do prédio.

- É tudo minha culpa, minha culpa, minha culpa.

Tudo ao meu redor começa a girar rapidamente.

- Enfermeira rápido ajude ela.

Lágrimas saltam dos meus olho, sinto uma mão me puxar, mas não vejo quem, tudo gira muito rápido, de repente o ambiente todo é ofuscado por uma luz branca, coloco as mãos em frente ao meu rosto para tentar enxergar melhor, mas a luz é muito intensa, aonde estou? Sigo caminhando em direção a luz e ela me traga, tudo volta a girar e quando consigo enxergar vejo Christopher.

- Christopher?

- Catarina, graças a Deus.

Minha visão ainda está turva, não consigo ver nitidamente aonde estou. Mas sinto o toque da mão de Chris em meu braço.

- Eu estou morta?

Christopher abre um sorriso terno e lágrimas caem dos seus olhos.

- Não meu amor, você nasceu de novo.

Estou deitada e há tubos e fios saindo de mim, balanço minha cabeça para tentar me lembrar como vim parar aqui e o mais importante, o que Christopher está fazendo aqui. O ambiente é claro o cheira a definitivamente estou em um hospital.

- Mas você, você morreu?

- Eu não morri meu amor, xiuuu você não pode se esforçar, irei explicar tudo mas você precisa se acalmar.

Meu coração palpita em meu peito, o monitor ao meu lado começa a apitar, eu tenho certeza que estava com Pedro e vi a notícia da morte de Christopher, só pode ser um sonho, não é real, isso, se eu me esforçar irei acordar. Aperto meus olhos e nada, acorda, acorda, digo para mim mesma em vão.

Alguém coloca algo em meu braço, abro os olhos e um homem fecha o medidor de pressão, começo a me debater acreditando que se isso for um sonho eu irei acordar, sei que será difícil acordar e ver a realidade, mas eu preciso.

- Catarina meu amor se acalme, você precisa se acalmar.

- Isso é um sonho, você não é real, nada disso é real.

O barulho no monitor aumenta assim como as batidas do meu coração, mais pessoas chegam para me segurar. Eu tenho que acordar.

- Eu sou real meu amor, se acalme, eu lhe explicarei tudo, mas antes você precisa fazer alguns exames.

- Para com isso, eu quero acordar.

Lágrimas inudam meu rosto, eu sei que isso é um sonho, meu Chris morreu e por mais que seja duro acordar e enfrentar a realidade, eu não posso sonhar que ele ainda está aqui comigo, pois vai ser pior ainda quando eu me der conta de que ele nunca mais irá voltar.

Continuo a me debater, agora mais forte, é quando ouço alguém falar.

- Ela está muito agitada, precisamos acalma-lá.

Em seguida sinto uma picada em minha pele, tudo começa a ficar escuro, mesmo me forçando, não consigo mexer um músculo sequer do meu corpo, minha visão vai escurecendo e eu apago.

Oiiii amores, esse foi o penúltimo capítulo e eu ficaria muito feliz com seu comentário 💬 e seu voto 🌟 Agora o que será que aconteceu? Não perca o último capítulo de No limite do desejo, ele está de tirar o fôlego.

No Limite do DesejoOnde histórias criam vida. Descubra agora