Capítulo 5

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Como assim?

- Não sei, mas senti algo especial quando te vi, como se já te conhecesse.

- Eu preciso ir, amanhã trabalho cedo.

- Tem certeza?

Preciso sair antes que eu acabe fazendo algo que me arrependa, Pedro me olha como se me devorasse.

- Sim, meu gerente não gosta muito que eu chegue atrasada.

- Posso pelo menos te levar em casa?

- Não precisa se encomodar, eu pego um táxi.

- Já está tarde para pegar um táxi sozinha, eu vim de carro não custa nada te levar, só me passar seu endereço.

Ele parece tão disposto em me levar e tem sido tão gentil.

- Tudo bem.

- Garçom a conta por favor.

Puxo a carteira, nem sei quanto deu, espero que meus 20 dólares ajudem para alguma coisa.

- Não deixa que eu pago, não se encomode.

- Não Pedro que isso, eu bebi muito mais que você, vamos pelo menos dividir.

- Vamos fazer assim, o próximo encontro é por sua conta.

- Próximo encontro?

- Adoraria sair com você uma outra vez.

Pedro é um cara legal e sem dúvida ele é lindo e gostoso, mas um próximo encontro?

- Não sei...

- Não precisa me dar uma reposta, só diz que vai pensar?

- Ok, irei pensar.

***

Fiquei calada o caminho todo, o carro de Pedro é extremamente lindo e deve ter custado mais que o apartamento que moro, ele deve ser podre de rico e eu sou uma simples garçonete.

Chegamos ao meu humilde prédio e sinto vergonha do que ele vai achar.

- Muito obrigado pela carona.

- Disponha.

E agora o que eu faço? Chamo ele para subir e tomar uma café ou mando ele embora? Será que ele vai achar que quero algo mais se eu chamar?

- Bom boa noite para você Catarina, foi um prazer te conhecer.

- É... Você quer um café? Posso fazer um rapidinho para nós, provavelmente Sabrina não está em casa.. Não que ela atrapalhasse algo, mas...

Ele ri e eu paro de falar, estou tão nervosa que falei sem parar.

- Eu adoraria  tomar um café.

Ele olha para meu corpo e eu sinto um frio na barriga, sei que já tenho 30 anos mas me sinto uma adolescente.

***

Cadê a droga dessa chave, ai meu deus, deixei a minha chave dentro de casa, toco a companhia sem parar e pelo visto Sabrina não chegou.

- O que houve?

Pedro vê o meu pânico e pergunta.

- Estou sem chave, eu deveria ter colocado a minha na bolsa.

- Tem algo que eu possa fazer?

- Não precisa, vou ligar para Sabrina.

Pego o celular e ligo, chama uma... duas... três vezes e nada, droga, eu deveria saber que quando ela sai com Viny os dois somem da terra.

- Ela não atende, droga, droga, droga.

Bato com os punhos na porta, estou meio bêbada de vinho, e trancada fora de casa.

- Heyyy, não fique nervosa, Você pode ir para o meu apartamento.

- Mas eu preciso trabalhar de manhã.

- Eu acordo cedo e te trago ai você vê se sua amiga já chegou.

Olho para ele em dúvida se aceito ou não.

- Eu prometo me comportar.

Ele faz um sinal de juramento com as mãos em frente a boca e uma cara inocente.

- Tudo bem, mas preciso acordar bem cedo amanhã ok?

- Sim, eu também acordo cedo para ir ao escritório.

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