Após uma breve disputa, o filme "P.S. Te Amo" ganhou lugar na sala.
Estávamos assistindo quando a televisão misteriosamente desliga sozinha.
Assusto-me aos gritos junto á Ane,mas só até ver os dois energúmenos rindo da situação.
Emy: Deixem de ser idiotas.
Biel: Deixa de ser estraga-felicidade, Emily! Foi engraçado ver vocês com medo!
Bruno: Hahaha!
Emily: Bruno, seu idiota! Eu fiquei com medo, tá bom?
Ane: Liga logo, Bruno, o filme vai acabar! Você é chato!
Bruno: Ain, calma nega, eu já vou ligar.
Biel: Estou cansado desse filme.___ Deita sobre meu colo.
Emily: Folgado!
Bruno faz o mesmo gesto deitando sobre o colo de Ane.
Ane: Folgado!___ Ele sorri.
Um estrondo e o raio ilumina toda a parte de dentro da casa. Grito em desespero pelo medo do barulho.
Anderson como sempre vem correndo ao meu encontro.
Anderson: A senhorita precisa de mim?
Emily: Pra quê, Anderson?
Anderson: Porque a senhorita tem medo de trovão.
Biel: Você tem medo de trovão, Emily, hahaha!__Virou graça.
Emily: É normal ter medo, seus idiotas!
Bruno: Deixa ela, minha princesinha tá com medinho.
O Gabriel deitou no meu colo novamente, e o Bruno, no colo da Ane. Ficamos assim até as 14h00. O Gabriel acabou dormindo, e logo o Bruno também.
Ane olhou para mim e depois para o Bruno.
Ane: Emy, eu acho que tô gostando do Bruno.
Emily: Eu até já sabia. É bastante perceptível. Eu...Eu também gosto do Biel.
Ane: Somos duas apaixonadas.
Ane se despediu e foi embora pois sua mãe ligou preocupada.
Bruno acordou chamou Biel para jogar videogame. Quando os meninos subiam as escadas, alguém chamou Bruno.
Xxx: Bruno!
Meu coração parece estar em uma corda bamba. Dois meses sem notícias e agora ele reaparece. Sinto-me confusa, surpresa e emocionalmente vulnerável.
Bruno: Pai? Pensei que nunca mais fosse voltar pra casa.
Toni: Tive muito trabalho esses tempos e não tive tempo.
A cada palavra dita meu coração saltava feito criança apavorada com um pula-pula.
Bruno: Não teve tempo? Humm, que bom.
Meu pai se aproximou.
Toni: Boa tarde, Gabriel.
Gabriel: Boa tarde.
Biel: Boa tarde, tio.
Toni: Oi Emy, como você cresceu?
Lágrimas quentes escorriam pelo meu rosto, refletindo a dor e a confusão que meu coração sentia.
Emily: Eu tava com saudades, pai.
Meu pai me envolveu em um abraço reconfortante, acalmando a tormenta emocional que me assolava.
Bruno e Gabriel subiram para o repartimento de cima deixando-me a sós com meu pai na sala. Eu não sabia oque dizer,nem ao menos começar um conversa.
O silêncio pairava entre nós,pesado como a neblina.
Meu pai quebrou o silêncio com um suspiro pesado.
Toni: Como está o convívio entre você e Bruno?
Emy: Bem! Aprendi a gostar dele,mesmo sendo um idiota.
Meu pai sorri, jogando a cabeça para trás.
Toni: Minha filha, você mudou. Estou tão feliz por ver vocês felizes.
Emy: Obrigada,Pai. Significa muito pra mim.
Levanto-me junto á meu pai quando ele faz menção em pegar a maleta.
Toni: Irei subir para meus aposentos,estou cansado.
Deixo um beijo casto em sua bochecha.
Seu olhar carinhoso me acompanhou enquanto ele desaparecia no andar superior.
O sofá acolheu meu corpo cansado, enquanto meu coração processava as emoções.
Decido por fim, procurar um filme. Escolho "A culpa das estrelas". Toda vez que assisto me acabo de chorar,mas mesmo assim ainda assisto.
As lágrimas já se preparavam para cair, enquanto a abertura do filme preenchia a sala.
Sinto uma presença máscula ao meu lado. Tento não olhar para o lado,para não ser pega chorando.
Percebo ser de Gabriel a mão que tocou a minha de leve.
Gabriel: Tá tudo bem?
Emy: Porque o Amor verdadeiro precisa ser tão doloroso?___ Digo um pouco dengosa.
Gabriel olha em meus olhos, entendendo pouca coisa.
Gabriel: Tá chorando por causa do filme?
Emy: Esse filme é tão triste. Ela disse que "Nós somos todos iguais,apenas um pouco mais mortais___ Limpo uma lágrima que escorria fazendo-me cócegas.
Gabriel: E oque isso tem a ver?
Emy: Eles tem câncer Gabriel,então a probabilidade de morrer é um pouco maior que a nossa,digamos assim. Mesmo assim nós, pessoas sadias,não somos capazes de amar ninguém intensamente.
Gabriel: Para de chorar por isso! Tenho um comunicado para você.
Emy: Pra mim?
Gabriel: Sim!
Emy: Prossiga!
Ele se endireita.
Gabriel: Estamos querendo ir para casa de campo dos meus pais amanhã, você vai com a gente.
Uma risada sarcástica escapou dos meus lábios.
Emy: Eu? E vocês? Conta outra.___ Gabriel por sua vez revira os olhos.
Gabriel: Seu irmão vai e sua Amiga também.
Emy: Ane?
Gabriel: Tem outra Amiga?
Reviro os olhos. Essa conversa,está me cansando mais que deveria.
Emy: Ok! Eu vou.__ Digo indiferente.
Gabriel: Sairemos pela manhã,sua amiga virá dormir aqui.
Gabriel beija meu rosto e sai sem dizer mais nenhuma palavra. Fique sozinha, cercada pelo silêncio.
Restou-me apenas o final do filme.
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Minha primeira vez em tudo
Ficțiune adolescențiEmily, 17 anos, filha de Antônio (Toni), magnata das armas, vive uma existência isolada e luxuosa. Ela não faz ideia do "trabalho" de seu pai.Sem amigos, namoros ou experiências, sua vida gira em torno de Mari, sua governanta, e Anderson, seu motori...