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Aurora Vallahar

A "casa" estava praticamente em festa depois que eu voltei, mas ainda não tinha tempo de conversar com o rei sobre os assuntos políticos que vim resolver. Eu não vim para casa apenas para comemorar e para todos saberem que a burrada que eu fiz não tinha me levado a morte, em certa parte sim, mas a outra parte eu iria realmente conversar com o rei sobre fazer alianças entre o meu - agora - reino e o dele. Enquanto todos pulavam e dançavam entre si, aproveitei uma brecha e chamei o rei em seu escritório para conversamos.
Quando entrei ele já estava sentado na cadeira olhando alguns papéis, quando notou minha presença pousou os papéis na mesa e me deu total atenção, minha mãe entrou logo em seguida e sorriu para mim assentindo como um sinal de que eu deveria prosseguir mesmo com a presença dela.

- Eu prometi que voltaria ao meu reino, mesmo não querendo, ainda sou a rainha das Mogin e eu acho que deveria cumprir o dever como tal. - dei de ombros.

- Prossiga. - disse o rei.

- Eu estava pensando em fazer uma passagem no bosque particular que levasse até a entrada dos fundos no castelo Mogin, para quando vocês quiserem me visitar ou eu a vocês, seja o meio mais rápido. Eu também prometi a elas que tinha vindo aqui em busca também de aliança então eu gostaria de saber se o senhor não quer fazer uma aliança com o meu reino. - disse trêmula.

- Você pensa que governar um reino é fácil filha ? - a saliva se prendeu na garganta.

Pela primeira vez ele tinha me chamado de filha, será que isso significa que ele tem estado orgulhoso do que eu venho tentando fazer ?

- Não. - pigarrei - Por isso mais que tudo preciso da ajuda do meu rei. - me ajoelhei.

- Tudo bem, o reino fornecerá tudo o que você precisa para reconstruir seu castelo e fazer a passagem. Seu casamento ocorrerá em uma semana, quero que no meio da passagem tenha uma capela, flores e tudo. No que precisar estarei aqui.

- Eu tenho orgulho de você filha. - disse a rainha e me deu um beijo no rosto antes de sair.

Me virei para o rei, minhas mãos soavam frio.

- O senhor também tem orgulho de mim ? - perguntei.

Ele respirou fundo, sua cara estava séria, ele levantou e andou até mim se agachando para ficar na mesma altura que eu e pôs a mão no meu ombro.

- Muito. Você provou que eu estava errado. Ninguém nunca conseguiu isso, você mais do que ninguém tem o meu respeito e admiração. Será uma boa rainha.

- Obrigada meu rei.

- Me chame de pai, - disse antes de sair - é isso que eu sou seu.

Herdeira DráculaOnde histórias criam vida. Descubra agora