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Jaden Valdunn

Corri com Klaus por toda extensão do reino a procura dela. Vasculhamos todas as entradas subterrâneas, poços, vilas habitadas e inabitadas, cavernas, montanhas. Tudo.

Iria fazer dois dias quando o sol desse lugar para a lua e o nosso prazo iria se acabar e nem tínhamos sinal de Aurora.

O único lugar que faltava para vasculhamos era uma antiga caverna onde o domínio ia além do rei Vladimir, era habitada por mulheres metade humanas metade serpentes denominadas Mogin. Elas só podiam ser mortas por descendentes ou controladores da água e nem eu nem Klaus tínhamos uma dessas coisas, então só nos restava ter fé porque elas nunca foram amigáveis com outros 'não-humanos'.

Caminhamos por uma trilha enlameada e com folhagens escuras o que indicava que estávamos perto, até que me coração pareceu perder alguns compassos. Ela estava lá, caída no chão inconsciente, toda suja e com alguns cortes no rosto.
Sem pensar duas vezes corremos até ela e Klaus a pegou no colo quando várias mogins apareceram do nada em um círculo nos deixando no meio.

Era uma armadilha.

Saquei minha espada e fiquei na frente de Klaus protegendo-o, quando o ouvi gemer, olhei para trás e vi ele deixar cair Aurora no chão e se prostrar de joelhos logo em seguida, quando tombou para o lado caindo em cima de seu braço eu pude ver o ferrão enterrado nas suas costas.

Arfei.

Elas vieram para cima de mim e eu as golpeava mas nunca as matava, não podia, não controlava a água. Desviei de todos os golpes possíveis delas que investiam contra mim quando fui atingido por um corte na coxa. Caí de joelhos com falta de ar, minha vista estava turva e eu vi em um breve momento quando pegaram minha Aurora pelo pé e arrastaram para dentro da caverna. Forcei meus olhos a ficarem abertos e segui me arrastando pelo chão para a entrada da caverna onde duas Mogin montavam guarda. Peguei uma pedra e taquei o mais longe que pude, quando elas ouviram o barulho detectaram um tipo de ameaça e saíram a procura dela enquanto eu entrava devagar e em silêncio para dentro, mas eu esbarrei em um vaso que caiu no chão se partindo ao meio. O eco na caverna fez com que várias outras guardas viessem até mim e me suspenderem pelo braço, aproveitei para repousar minha cabeça e deixar meu corpo mole enquanto elas me carregavam para minha majestosa noiva que me encarava com fúria com seus olhos dourados.

Herdeira DráculaOnde histórias criam vida. Descubra agora