A Filha do Diretor ( Romance Lésbico ) #Wattys2016

O sumiço.

Estava sentada no sofá vendo um programa qualquer na televisão. Andie tinha saído pra fazer compras e eu não queria ir pois estava com dor de cabeça. Estava sozinha em casa. Os empregados tinham ido pra suas casas pois Andie tinha dado uma folga para eles.

Eu estava sentindo uma sensação muito ruim. De que algo ia acontecer, de que o dia de hoje poderia ser menos felizes do que os outros. Eu tinha a sensação de ser observada. Me levantei do sofá desconfortável e fui para o banheiro. Me olhei no espelho e meu cabelo estava bagunçado por causa do cochilo que eu tinha tirado depois de voltar do shopping.

Abaixei minha cabeça e lavei meu rosto. Fiquei de olhos fechados. Tive um pressentimento de que se eu abrisse meus olhos, alguma coisa ia acontecer. Percebi que não tinha problema nenhum e abri meus olhos. Quando os abri, uma pancada forte na minha cabeça me fez ir ao chão. Uma mulher estava com um taco na mão, não consegui identifica-la. Só a vi dar um sorriso, e depois disso apaguei completamente.

Andie.

Eu iria fazer uma surpresa para Karina. Hoje eu queria que o dia fosse especial. Eu iria pedi-la em casamento.

Menti pra ela dizendo que ia fazer compras, mas na verdade vim em uma joalheria de luxo só para poder agradar a minha morena. Comprei um anel com uma pedra que ela adorava, um Ruby.

Voltei para minha casa com um sorriso idiota nos lábios. Hoje eu ia fazê-la totalmente feliz. Hoje eu ia fazê-la completamente minha, hoje eu ja fazê-la minha mulher.

Estacionei o carro e escondi a caixinha dentro do bolso e dei um suspiro forte. Tinha que dar certo, tudo que tinha que dar certo. Eu queria fazê-la feliz. Eu fiquei louca por essa mulher de um jeito que eu não fiquei louca por ninguém. Sai de dentro do meu carro suando frio. E se ela dissesse não? E se ela não me amasse mais? Afastei esses pensamentos ruins de minha mente mexendo minha cabeça. Entrei dentro de casa e procurei a Karina. Ela não estava na sala.

— Amor — Chamei-a. Ela não me respondeu. — Amor, onde você está? — Perguntei e ela não respondeu. Ela dormiu de novo? Afastei essa dúvida da minha cabeça. Ela tinha dormido por muito tempo. Não ia dormir novamente.

Fui até nosso quarto e ela não estava. Comecei a ficar preocupada. Ela não sairia de casa desse jeito, ela pelo menos me ligaria dizendo que tinha compromisso.

Procurei em todos os cômodos da casa e não a achei. Eu estava desesperada. Onde estava a Karina?

Lembrei que não fui ao banheiro. Quando cheguei lá, tinha uma poça de sangue no chão. Me agachei e vi que o sangue ainda estava fresco. E a única pessoa que estava aqui era a Karina...

Não, não podia ser.

Me levantei e peguei meu celular. Digitei o telefone de Karina e ela não atendeu. Liguei novamente, e ela não atendia. Sempre caia na caixa postal.

Liguei para a polícia e logo a voz do polícia ecoou sobre meus ouvidos. Eu estava desesperada.

— Alô? Por favor, me ajuda.

— Calma, moça. O que aconteceu? Me diga.

— Eu acho que a minha namorada desapareceu. Eu fui sair para comprar um presente para ela e quando cheguei em casa ela não estava em lugar nenhum. Fiquei desesperada procurando por ela e quando cheguei no banheiro tinha uma poça de sangue no chão e ele ainda estava fresco. Aconteceu agora há pouco. Por favor, me ajude! — Eu dizia com a voz embargada pelo choro.

— Tudo bem, iremos ver esse caso. Pode nos dar o seu endereço, por favor? — Perguntou O policial.

Dei meu endereço a ele e em poucos minutos eles chegaram. Eles começaram a investigar tudo e eu só fiquei na mesa, com a cabeça apoiada entre os braços. Isso é culpa minha. Não deveria ter deixado-a em casa sozinha, tinha que deixar pelo menos um empregado para vê-la. E agora ela está ai, desaparecida.

Logo ouvi os passos do policial vindo até mim e levantei a minha cabeça.

— Investigamos o caso e parece ter sido um sequestro, uma pessoa normal não iria se machucar e depois ir embora como se não tivesse nada acontecido. — Suspirei fortemente pensando na hipótese de alguém ter entrado em casa e ter agredido e sequestrado Karina. Puta merda, como sou burra.

— Iremos investigar isso na delegacia, botaremos para procurar a garota. — Ele diz e eu olho pro lado.

Logo percebo o celular de Karina e o pego rapidamente.

— Moço! Esse é o celular da minha namorada. Por favor, tem como ver qual a última vez que ela esteve com ele? — Pergunto e ele pega o celular.

— Sim. Mas iremos ver isso na delegacia. Ligaremos se tiver alguma notícia, tudo bem? — Ele diz e eu assinto. — Teremos que ir embora, tchau menina.

Me despeço dos policiais e me jogo no sofá , chorando tudo que eu tinha pra chorar. A Karina desapareceu, meu chão desabou. Onde estava a minha morena?