O Resgate

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Ok, isso está está confuso e muito estranho.

Karina me ligou de um número desconhecido e disse que não queria mais ficar comigo. Mas ela estava desaparecida, porra. Não é algo normal ligar pra uma pessoa, dizer que quer terminar o relacionamento e depois desligar.

Isso estava muito, muito estranho.

Sem falar que a voz dela estava embargada e tinha vozes no fundo.

Uma ideia maravilhosa surgiu na minha cabeça e eu peguei meu celular e entrei correndo dentro do carro. Dirigi até e delegacia e estacionei meu carro em qualquer lugar ali. Fui correndo lá pra dentro a procura dos policiais que tinham me ajudado.

Assim que avisto um deles, caminho até ele.

— Hey, por favor. — O chamo e ele me olha.

— Oh, você é aquela menina que está em busca da namorada, não ? — Ele pergunta e eu assinto.

— Eu preciso que você faça uma coisa pra mim. Alguém daqui consegue rastrear ligações? — Pergunto e ele pensa um pouco.

— Sim. Tem sim. Por que? — Ele pergunta e eu sorrio.

— Eu preciso que rastreem uma ligação que eu tive agora há pouco. É urgente. — Ele assente.

— Me siga. — Ele diz e eu o sigo. Ele vai em direção à uma sala e quando entra, vejo um homem sentado numa cadeira apoiada em sua mesa.

— Andrew. — O policial o chamou. Andrew levantou sua cabeça e nos encarou.

— Sim?

— Por favor, essa jovem está em busca da namorada que desapareceu e quer que rastree uma ligação. — Ele diz e o homem assente.

— Me dê o celular por favor. — Lhe dou meu celular e digito a senha. Entro nas chamadas e ele checa, antes de ligar um computador e começar a mexer.

— Pode nos contar mais sobre esse caso? — O policial pergunta.

Respiro fundo e mordo meu lábio.

— Bem, isso aconteceu há três dias. Eu e minha namorada estávamos em casa dormindo... — Ia continuar mas o policial me interrompe.

— Qual o nome da sua namorada?

— Karina Johnson. — Digo e ele arregala os olhos.

— Filha do meu amigo. Jhonny deve estar pirando. — O policial disse e eu assenti.

— Bem, continuando... Eu ia fazer uma surpresa pra ela. Acordei cedo, uma coisa que raramente faço, e fui ao shopping. Comprei um anel de noivado pra nós duas e bem... Quando cheguei em casa, procurei-a e a chamei. Ela não respondia e não estava em lugar nenhum. Pensei na hipótese de ela ter saído ou dormido. Mas descartei esses pensamentos assim que fui ao banheiro. Vi uma poça de sangue no chão e me agachei pra ver se ainda estava fresco. Quando toquei-o, ele ainda estava fresco. E a única pessoa que estava na casa era Karina. Eu pirei completamente e pedi pros policiais irem pra minha casa e investigar. Mas tudo que conseguiram achar foi o sangue dela. — Digo e ele me olha com pena. Abaixo a cabeça, mas levanto rapidamente assim que ouvi um "consegui!" De Andrew.

— O que? Conseguiu rastrear a ligação? Onde ela está? — Pergunto me levantando e indo até o lado de Andrew, olhando a tela do computador onde tinha varias janelas abertas com números verdes e um enorme mapa. No mapa tinha um pontinho vermelho no meio do nada, e conclui que aquele era o lugar onde Karina estava.

— O lugar é deserto, mas ainda assim conseguimos chegar até ela. — Ele diz e eu me animo.

— Quando vamos? — Pergunto ansiosa.

— Amanhã de manhã. Não podemos deixar o sequestrador desconfiado e fugir a tempo. — Ele diz e eu assinto.

— Tudo bem. Eu vou embora. Obrigada. Muito obrigada. — Sorrio pra eles e eles sorriem de volta.

Saio da delegacia saltitando de alegria e vejo as horas.

Eram 20:57.

Entrei em meu carro e dirigi para casa sorrindo feito uma idiota. Eu iria encontrar Karina e iam prender o sequestrador nojento de Karina.

Entrei em casa e tomei banho. Vesti meu pijama e me joguei na cama, desligando o abajur e fechando meus olhos, ansiosa para amanhã e manhã.

Eu estou chegando, Karina. Eu estou chegando, meu amor.

A Filha do Diretor ( Romance Lésbico ) #Wattys2016Onde histórias criam vida. Descubra agora