volta aqui!

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Estava impaciente. Eu sou muito idiota. Porquê eu beijei a Luana? Eu tinha medo dela. Ela me seduziu, eu não pude fazer nada. Que idiota! Babaca! Cretina! Eu sou isso e a Luana também.

- Onde está a minha Andie?! Cadê a minha filha? Cadê?! - A Mãe de Andie gritava desesperada.

A enfermeira, assustada com o desespero de Luzia, apontou para mim, a mãe da minha namorada veio até mim correndo.

- O QUÊ ACONTECEU COM A ANDIE?!

- B-Bem, senhora... E-Eu...

- FALA! - Ela estava pirando.

- Eu traí sua filha, e ela viu... E...

Antes que eu pudesse continuar, dona Luzia me deu um forte tapa no meu rosto.

- SUA INFELIZ! SABIA QUE A ANDIE TEM SENTIMENTOS, GAROTA?! - Ela me deu mais um tapa forte. Meu rosto ficou vermelho.

- Pare com isso, senhora! Senão irei chamar o segurança!

- VAI EMBORA, GAROTA! VÁ! ENFERMEIRA, NÃO DEIXE ESSA GAROTA ENTRAR NO QUARTO DA MINHA FILHA!

Eu estava com os olhos cheios de lágrimas. Eu fiz muito mal a Andie, mas aquela senhora não tinha o direito de fazer isso comigo.

- Se acalme, senhora! Não deixaremos ela entrar.

- O quê? - Eu me levantei bruscamente.

- Desculpe, jovem. Mas a mãe de Andie não quer que você entre no quarto.

- Eu sou a namorada dela! Eu amo ela! Não pode fazer isso! - Eu gritava.

- Garota, você não ama a Andie! Olha o quê você fez com a minha filha! Traiu ela e agora ela está cheia de curativos e tomando muito sangue por sua culpa. SUA CULPA! - Dona Luzia botava o dedo na minha cara.

Eu limpei minhas lágrimas e desinchei meu rosto inchado de tanto chorar.

- Tudo bem. Eu vou embora.

Eu me virei para ir embora e eu estava sentada na frente do quarto da Andie. Peguei minha bolsa e quando deu um passo pra frente aconteceu uma coisa que eu não imaginava que ia acontecer.

- Karina! Porquê você tá indo embora? - A voz da minha loira ecoou pelo corredor do hospital.

-A-Andie?

Eu virei de novo e vi Andie sentada na cama do quarto me olhando confusa.

- Não vai embora, Kah! Não me deixa aqui. - Andie dizia implorando.

Luzia olhava Andie assustada e incrédula.

- A-Andie... Você não está brava comigo?

Ela sorriu.

- Porquê estaria? - Ela sorriu. Oh, não. Ela não se lembra do quê aconteceu.

Entrei no quarto com toda a pressa do mundo e peguei nas mãos da minha loira.

- Você tá bem, Andie? Está machucada? Sangrando? - Eu dizia preocupada e Andie riu.

- Calma, morena. Eu estou bem. - Ela disse e eu sorri.

- Me desculpa.

- Por aquilo? - Porra, ela se lembra.

Eu abaixei a cabeça e assenti com a mesma.

- Você machucou meu coração, Karina. Mas eu não sou fresca. Só irei te dar um castigo.

- Castigo? Que castigo? - Perguntei suando frio.

- O nosso namoro acabou, tá? Vamos apenas ficar na amizade.

Eu não estava acreditando no quê Andie estava falando. Soltei as suas mãos e dei um passo para trás.

- Não pode estar falando sério, Andie. - Eu dizia com os punhos fechados.

- Karina, não dá. Não dá mais, tá? Você me machucou e não foi pouco. Foi muito. Pode me visitar se quiser. Mas não vai ter volta.

Eu suspirei decepcionada.

- Tchau, Andie. - Peguei minha bolsa e sai correndo do hospital. Fui para casa e entrei nela. Meu pai estava no hospital e minha mãe estava pegando um galinha qualquer. Fui no meu quarto e peguei uma lâmina e sentei no chão.

A Filha do Diretor ( Romance Lésbico ) #Wattys2016Onde histórias criam vida. Descubra agora