"Você era meu ontem . Agora eu não tenho nem ideia de quem você é..."

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Justin chegou logo depois e encontrou Selena ao lado do telefone.

Ela parecia em estado de choque.

—O que aconteceu?

—Kate acabou de telefonar. — Disse, inexpressiva. — Pediu para você ligar de volta.

Continuou imóvel, sem saber se desmaiava ou simplesmente desaparecia e notou o rosto de Justin avermelhar-se de cólera, e um som que nunca escutara saiu da garganta dele, dando a impressão de que explodiria.

Contraindo o maxilar, ele deixou cair à pasta com um estrondo e respirou fundo, soltando o ar com um assobio. Empurrou-a para o lado, entrou em seu escritório e bateu a porta com força.

Chocada, ela não sabia o que fazer. A simples menção ao nome de Kate poderia provocar tal reação em Justin?

Ao seu chamado, ele correu como um homem possuído!

Selena embalava Alex no sofá quando Justin entrou na sala. Estava pálido e mais controlado, mas ela ainda notou emoção no brilho do olhar. Nessie correu para o pai e, em vez do abraço costumeiro, recebeu apenas um afago na cabeça dourada. Sam esticara as pernas na frente da televisão e mal se moveu para lhe dar paisagem, pois estava entretido com o filme. O pequeno Alex, sonolento, lançou um olhar carinhoso e mergulhou no conforto dos braços da mãe.

Justin olhava fixamente para ela.

— Quero que me desculpe. Ela já havia sido instruída para nunca ligar aqui.

— Não tem importância.

— É claro que tem! — Ele disse com a voz alterada, e as três crianças olharam surpresas para o pai. Justin passou a mão no cabelo, num gesto impaciente, se esforçando para se acalmar. —Sam, Nessie, por favor, brinquem um pouco com Alex enquanto converso com sua mãe.

Sem esperar resposta, Justin carregou o bebê e colocou-o sentado no chão, entre as pernas de Sam. Espalhou brinquedos ao lado dele e sorriu para os três que continuavam estáticos.

Levou Selena pela mão até o escritório, soltando só quando já estavam com a porta fechada.

— Ela foi avisada para mandar outra pessoa ligar se fosse urgente! Nunca poderia ter telefonado!

—Como eu já disse antes, não tem importância.

—Eu tinha prometido que nunca mais você seria magoada!

—Então você deveria... — Engoliu as palavras acusadoras e andou pela sala. — Se diz que terminou tudo, como ela ainda trabalha para você?

—Ela não é minha funcionária, trabalha para a consultoria jurídica que me assessora. — Ele explicou. —Transferi todos os casos para um outro advogado há semanas.

A Falta que Você Faz // JelenaOnde histórias criam vida. Descubra agora