Férias (Nada) Normais

Capítulo 16- Uma despedida?

Aviso: fortes emoções!!!
  
  
Mesmo estando em minha cama consigo imaginar a lua brilhando forte em apenas olhar pela janela.

Desvio o olhar da janela e percebo que as meninas estão dormindo.

Pelo menos eu acho que sim, porque da última vez eu me enganei.

Pego minha Bíblia e apenas abro-a, a mesma para no evangelho segundo escreveu JOÃO, Cap. 14:

1 "Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim."

Só este pequeno versículo foi o bastante para mim. Não tenho que ficar angustiada com a nossa futura fuga, eu creio no meu Deus e sei que nada acontece sem a vontade dEle...

Após meditar neste pequeno versículo por alguns minutos olho para as meninas e as mesmas continuam a parecer estarem dormindo.

Fecho minha Bíblia e me levanto, deixando-a na cama. Caminho em passos lentos até a porta, abro-a devagarinho e saio, desço as escadas e logo saio da casa.

Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte não temeria mal algum, porque Tu estás comigo, a tua vara e o teu cajado me consolam.
Ainda que eu andasse...

Fico repetindo mentalmente enquanto caminho pela floresta.
Não sei porque, mas hoje estou com um pressentimento ruim.
Um pressentimento de...de morte.

Mesmo com o meu subconsciente me mandando dar meia volta e voltar para casa, meus pés continuam seguindo em frente com passos lentos.

De repente, ouço um barulho vindo do meu lado direito e olho para lá imediatamente. Vejo um homem com capas pretas pegando um corpo visivelmente morto de uma mulher, que estava estirada no chão.

Me escondo imediatamente atrás de uma árvore e fico observando-o, tentando ver quem era.

—Ei?

Me viro imediatamente, enquanto abro a minha boca para gritar. Mas sou impedida.

—Shiii, — sussurra ele com as mãos tampando minha boca, e assim como o outro ele também está todo coberto, com apenas seus olhos verdes amostra — Você quer que ele te ouça? — pergunta ainda sussurrando.

Balanço a cabeça negativamente e logo sinto suas mãos saindo de minha boca.

—Vamos sair daqui? — pergunto sussurrando.

—Não sai daqui. — ele fala olhando em meus olhos com uma expressão totalmente séria.

Depois disso ele sai na direção que o outro homem está.

Fico observando-os e faço de tudo para tentar escutar pelo menos uma palavra, mas não consigo ouvir completamente nada. O que me deixa intrigada.

É nessas horas que eu queria ter o poder do Mutano.

Penso ao lembrar do desenho Os jovens titãs.
 
 
Depois de alguns minutos que mais pareciam horas devido a minha indesejada curiosidade, finalmente vejo o irmão dele saindo e, após algum tempo, Stefan começa a andar em minha direção.