Capítulo 2- Perigo!!!

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Olivia Romero na mídia.
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— Você não deveria estar aqui!

— Eu sei.

Ele estava com roupas de cores escuras no qual eu não conseguia identificar quais cores devido à escuridão, e ele continuava com o rosto todo coberto por um pano preto. A única parte do seu corpo que era visível eram apenas os seus olhos que de longe não dava para identificar qual a cor, mas como ele quase me deu uma facada no dia anterior vi que são verdes.

— Eu posso te matar...

— Mas não matou quando teve chance — interrompo-o — Por quê?

— Como você é ingrata! Eu te dou uma chance de sobrevivência e ao invés de me agradecer você vem me perguntar o por quê? — diz ele soando sarcástico, porém a voz era grave.

— Agradecer? É sério que você quer que eu agradeça sendo que você e outro maluco estão querendo matar meus amigos e eu? — dou uma pequena pausa.

Sei que estou correndo perigo e que ele pode me matar a qualquer momento, mas isso de agradecer foi bastante irônico para mim. Então continuo a falar no mesmo tom:

— E sim, eu quero saber o por quê. Pois eu não consigo entender porque vocês querem nos matar e... — desvio o olhar dele e olho para o chão ao seu lado — porque você me poupou dessa vez — falo com o tom mais "controlado".

Ambos ficamos em silêncio.

— A única coisa que eu vou dizer é que você não deveria ter vindo. — diz ele se virando e dando alguns passos, mas para olhando novamente para mim — Ah, e respondendo a sua primeira pergunta, é porque meu irmão e eu gostamos de sadismo, gostamos da sensação de ver o sofrimento alheio.

Vejo-o dar um pequeno sorriso maligno e voltar a caminhar, sumindo na floresta adentro. Dou meia volta e começo a caminhar em direção à casa, resmungando.

— Por que...? Maníacos, estripadores, sem corações, insensíveis, idiotas.

Sim, estou com raiva. Como alguém pode sentir prazer na morte dos outros? Acho que ao invés de um coração essas pessoas têm é uma pedra bem grande no lugar.

— Vou jejuar durante três dias por eles, três dias não, é muito pouco. Será que 365 dias ainda é pouco?

Me pergunto, ainda irritada. E em poucos minutos já estou de frente a casa. Ouço as vozes das pessoas ainda conversando na sala e caminho devagar até a janela do quarto andando nas pontas dos pés, para não fazer barulho. Subo a corda feita por lençóis e logo estou dentro do quarto. Organizo os lençóis em seus devidos lugares, me jogo na cama e fico imaginando.

Por qual razão uma pessoa sairia por aí matando pessoas inocentes porque simplesmente "gosta" da sensação? Como podem existir pessoas tão más a ponto de gostar da morte dos outros? E de tanto resmungar acabo caindo no sono.

(...)

Acordo com os raios do sol entrando pela janela batendo no meu rosto. Oro e me levanto, indo até o banheiro.
Ao ficar de frente ao espelho passo um tempo olhando o meu reflexo, só por olhar mesmo. Começo a escovar os dentes e quando termino volto ao quarto. Tiro a camisola e visto uma calça jeans preta e uma blusa roxa de mangas compridas, pois aqui é um pouco frio. Penteio meus cabelos e faço um coque frouxo. Saio do quarto e desço as escadas indo em direção à cozinha.

— Bom dia — diz Luke ao me ver.

Apenas ele estava na cozinha, além de mim que acabei de entrar. Pelo visto apenas nós estávamos acordados.

Férias (Nada) NormaisOnde histórias criam vida. Descubra agora