Capítulo 12- A hora da verdade!

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Lily narrando

Não consigo dormir apesar de ficar sempre com os olhos fechados.

Fico assim por vários minutos até perceber que alguém estava se levantando. Abro apenas um olho e vejo que é Candice. Continuo quieta e com os olhos fechados até ouvir a porta se abrir e se fechar logo em seguida. Espero alguns segundos e me levanto.

Caminho nas pontas dos pés até a porta e abro-a, saio e fecho a mesma. Dou meia volta e abro a porta do quarto dos meninos, torcendo para que nenhum estivesse acordado e para que todos estivessem bem cobertos.

Graças a Deus, penso ao ver que minhas torcidas foram bem recebidas por Deus.

Percorro o olhar pelas camas procurando Jack e começo a caminhar devagar ao ver que ele está em uma das camas perto da janela.

—Jack, amor, acorda. — digo ao ouvido dele, chacoalhando-o.

—Só mais cinco minutos — diz ele com voz de sono e ainda com os olhos fechados.

—Que cinco minutos o quê? Levanta logo. — dou um tapa em seu ombro.

—Tá bom, tá bom — diz se sentando e coçando os olhos — O que é?

—Candice saiu do quarto.

—E o qual é a minha relação com isso?

—Ela pode ter ido pra floresta ou pra varanda, sei lá. — digo.

—Ou pode simplesmente ter ido tomar água.

—No quarto tem uma jarra de água, assim como aqui tem — aponto pra jarra que estava encima de uma pequena estante — Eu acho que ela deve estar aprontando alguma. Vamos. — puxo ele, que logo começa a se levantar da cama.

Saímos da casa em silêncio mas, mesmo olhando para um lado e para o outro, não vejo Candice em lugar algum e então começo a caminhar para dentro da floresta.

—Lily — Jack pega em meu braço — É perigoso.

—Eu sei, mas e você? Vem ou não?

Sem ter muitas escolhas ele vem para o meu lado e começamos a andar para a floresta, logo adentramos.
A lua é a única luz que ilumina essa floresta escura e assustadora. Jack e eu não conseguimos parar de ficar olhando pro lado e pro outro.

Será se Candice está mesmo aqui?, começo a me perguntar já começando a me arrepender de ter tomado a decisão de vim para cá, até que ouço vozes. Duas para ser exata.

—Você estava certa — sussurra Jack.

Olho para ele e começamos a seguir a voz.

—Para — sussurro colocando meu braço na frente de Jack, impossibilitando-o de continuar caminhando.

Estamos atrás de várias árvores pequenas um pouco mais altas que arbustos, o que impossibilitava deles nos verem. Sim, eles...

—Quem é ele? — pergunto mesmo sabendo que Jack também quer saber.

—Será se é um dos assassinos?

—Pelo jeito sim.

—Mas o que ela está fazendo com ele? — pergunta Jack tão confuso quanto eu.

—Não sei, só sei que pelo visto a conversa está boa. — digo vendo-os rirem.

De repente ouço o barulho de um tiro, que parecia estar bem perto aliás. Sinto algo passar por detrás de mim e em seguida o som desse "algo" se chocando contra o chão. Me viro imediatamente e vejo Jack estirado sobre o chão, já com sangue começando a sair de sua barriga.

Férias (Nada) NormaisOnde histórias criam vida. Descubra agora