Capítulo 3- Novo ataque

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Luke Saltzman na mídia.
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O sol já tinha raiado e a lua já estava no céu novamente. Hoje não me atrevi a ir para a varanda. Não depois do que aconteceu ontem.

Melanie, como não conseguiu fechar a boca, contou a todos o que havia acontecido comigo. Mas em certo ponto ela está certa. Temos que ficar em alerta.
Todos, assim como eu, acharam estranho. Mas Luke estava esquisito, mais quieto que o normal. Parecia pensativo. Pra falar a verdade tudo aqui é esquisito. Como aquela tábua foi parar na minha frente? E mais
ainda: O quê ou quem a jogou? Só de tentar imaginar o que poderia ser minha cabeça dói e são apenas tentativas vãs.

— Bom, eu já vou dormir — digo me levantando.

— Mas já? — pergunta Luke.

— Estou com muito sono — digo olhando para ele e sorrio. Dou "boa noite" a todos e caminho em direção ao quarto.

Entrando no quarto olho para a minha cama e depois para meu lado direito e vejo uma pequena folha de papel em cima da escrivaninha e, sem fazer a mínima ideia de quem havia escrito e/ou para quem era, caminho devagar os 50 centímetros de distância entre a escrivaninha e eu.
Paro em frente a ela e pego o papel que estava sem nenhuma dobra.

"Abaixe-se para ver uma coisa"

Sem entender nada e muito menos saber para quem era — pois não havia nome algum, apenas estas seis palavras — me agacho e vejo uma rosa vermelha dentro da escrivaninha. No mesmo momento que um sorriso ia se formando em meus lábios um barulho que ouço muito em filmes de ação e tiro soa pelo ar.

Primeiro o barulho do tiro, depois o barulho do vidro da janela se quebrando e logo em seguida o barulho do pequeno metal se chocando contra a parede bem acima de mim.

Com certo desespero me levanto e corro rapidamente em direção a sala e ao passar pela porta do quarto e olhar para a parede vejo que na mesma tinha um buraco, ou seja, a bala atravessou. Olho para o lado e vejo que a bala também fez um buraco completo na parede do quarto dos meninos. Abro a porta do quarto e suspiro aliviada ao ver que não havia ninguém ali. Mas logo novamente vem o desespero ao perceber que ainda corria risco. Desço as escadas correndo.

— O que foi esse som de tiro? — pergunta Melanie preocupada e com medo.

— Acabaram de tentar me matar — digo com a respiração ofegante — Aliás, quem deixou um bilhete na escrivaninha?

Pergunto olhando para os meninos e cada um começa a dizer que não sabiam de nada, mas novamente Luke ficou calado, com o pensamento meio longe.

— Luke foi você? Porque graças a esse bilhete eu não levei o tiro...

— Não foi eu — responde ele, me interrompendo e sem olhar para mim.

Mas... quem foi então? Porque alguém deve ter sido. Isso não iria aparecer do nada...

Já estava prestes a dizer essas frases quando sou interrompida antes mesmo de ter oportunidade de começar a dizer.

— Mas como assim esse tal bilhete te salvou e como... esse ...tiro? — pergunta Olivia se enrolando devido ao nervosismo e ao medo, visíveis em seu rosto. Todos estão me olhando, assustados, esperando as respostas.

Férias (Nada) NormaisOnde histórias criam vida. Descubra agora