Capítulo 8 - Será que isso é felicidade?

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Choro por toda a noite na minha cama, no fundo eu desejava que alguém batesse na porta e dissesse que me entendia, mas isso não foi feito. Eles me ignoraram e foram embora, nem ao menos minha mãe veio me ver. Eu quero gritar, jogar tudo para o ar. O que é isso? Constantemente tenho vontade de fazer isso. Eu queria tanto ser como um deles, ter emprego, família, ter alguém para amar, mas eu nem ao menos estou apaixonada. O que tem de errado comigo? Sinto que estou doente, meu coração está apodrecendo aos poucos.

Pego meu celular, e pelo visor desligado vejo uma menina com olhos inchados e cheia de rímel na bochecha, de tantas lagrimas que derramou. Limpo-as com a feição de forte, mas tudo que não sou é forte. Enquanto me encaro com a tela apagada, a luz acende me dando um leve susto, o rosto de Ethan aparece e de repente tenho uma idéia. Pode ser que eu não encare meus problemas, mas eu preciso sair daqui.

Natasha: Ethan quer me dar aquele presente agora?

Jogo o celular na cama e vou até o banheiro, lavo o rosto e arrumo meu cabelo em um rabo de cavalo alto, vou até meu armário e coloco um vestido da cor preta, coloco uma jaqueta e cachecol, pego meias até meus joelhos e coloco uma bota preta discreta. Passo um batom fraco e pouca maquiagem. Vou até meu celular e olho.

Ethan: Claro, me encontra naquele bar em frente à igreja.

Natasha: ok, até mais.

Pego minha bolsa e coloco tudo que quero dentro dela. Abro a porta lentamente para tentar ouvir barulhos na casa, mas nada, fecho a porta e desço as escadas bem devagar e silenciosamente. Passo por um espelho no corredor e me olho mais uma vez, solto meus cabelos e balanço para ajeitá-los. Somente por hoje eu queria terminar o dia me sentindo bem comigo mesma.

Pego as chaves do carro e vou até o ponto de encontro com Ethan. Chegando lá vejo uma música alta e várias pessoas conversando do lado de fora, pelo menos pareciam sóbrios. Depois de estacionar o carro avisto Ethan escorado no poste perto do bar, assim que o vejo aceno e ele vem até mim.

— Uau! – Diz pegando na minha mão fazendo-me girar. — Está linda – Elogia e eu apenas sorrio.

— Obrigado por ter vindo assim do nada, em cima da hora e...

— Relaxa, sempre que quiser estarei aqui por você – Ele pega um fio solto à frente dos meus olhos e coloca atrás da minha orelha e eu sorrio novamente. — Ah! – Ele exclama levando uma de suas mãos ao peito como se sentisse dor.

— Que foi? – Pergunto assustada.

— Seu sorriso é arrebatador garota – Não consigo evitar o sorriso, mas logo em seguida lhe dou um tapa — Bobo! – Ele coloca a mão atrás da nunca e apenas sorri para mim.

Acho que eu que deveria dizer o quanto o sorriso dele é arrebatador.

— Vamos entrar? – Ele estende sua mão para mim referindo-se a entrar no bar.

— Vamos entrar? – Ele estende sua mão para mim referindo-se a entrar no bar

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