Capítulo 9 - Eu preciso sair daqui

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Eu estava cansada da constante briga comigo mesma, nesse momento eu estava repleta de luzes e uma música que eu nem ao menos conheço. Mas, eu estava com um sorriso sincero no rosto, quem dera todos os meus dias fossem assim, cheias de sorrisos espontâneos, boa companhia e música que me fizesse querer dançar até o amanhecer. Eu não quero mais ligar para os problemas que me rodeio, para as brigas bobas que eu arrumo com as pessoas que amam talvez por nada ou talvez por tudo, eu só quero ser feliz e ser rodeada por pessoas que me façam esquecer que a palavra "problema" existe. No momento Ethan está sendo essa pessoa.

Eu o odiava quando mais nova, mas agora o jogo virou, eu posso beijá-lo sem bater nele e eu gosto disso. O beijo dele é cheio de paixão e fogo, e é mais disso que preciso na minha vida, sem coisas monótonas. Uma coisa que a vida dele não é: chata. Ele transparece vida cheia de alegria e harmonia. Pena que nada que é bom na minha vida, tem longo prazo.

— Vamos Nat, eu preciso levar você para casa – Eu estava com um braço em volta de seu pescoço, mas fazendo corpo mole para sair do local.

— Eu... Não... Quero – Falo em meio a uma gargalhada. — Quero ficar aqui... Como você – Coloco meu polegar em seu nariz e vejo um sorriso em seu rosto.

— Já está amanhecendo Natasha, sua família deve estar preocupada – Diz tentando conter o riso. — Eu vi você olhando para a tela do celular diversas vezes, eles devem ter ligado

— Que nada... – Paro no meio do caminho e me escoro em um muro qualquer e sento-me no chão — Eles nem devem ter... – Solto um arroto e ele termina por rir, sentando-se ao meu lado — Desculpa.

— Acontece. Eu acho fofas meninas arrotando bêbadas – Ele diz e solto uma gargalhada involuntária. — Continua o que ia dizer

— Eles nem devem ter notado que sai. – Coloco minha cabeça apoiada no meu joelho e fecho os olhos.

Sinto sua mão tocar meu cabelo e começar a acariciar, um leve arrepio percorre meu corpo. Eu gostava de sentir esse carinho todo. Essa atenção toda direcionada a mim.

— Vamos lá Nat – Sinto suas mãos afastando-se de mim e meu coração se aperta por um minuto.

Levo um susto quando ele me pega no colo, abro meus olhos e ele está com um sorriso meigo em seus lábios, ele me pegou de surpresa. Respiro fundo e apoio minha cabeça no seu peito, as batidas rápidas do seu coração me confortam, isso realmente queria dizer algo para mim. Quando enfim chegamos a casa, ele me ajuda a subir para o meu quarto, pela janela do quarto que tinha uma escada que dava na sacada do meu quarto. Chegando lá dou graças a Deus que deixei a porta aberta.

O puxo para entrar comigo, mesmo ele hesitante. Eu estou sendo um tanto atrevida, mas por agora eu não ligo. Jogo-me de costas na cama e fecho meus olhos e respiro aliviado. Sinto-me triste por estar certa, de que ninguém tenha notado que eu sumi, eles realmente não me procuraram realmente não se interessaram pela minha dor. Lamentável.

— Eu vou indo agora, toma um banho e dorme – Ele diz atravessando as portas

— Espera – Levanto rapidamente o que me causa uma tontura e uma leve dor na cabeça, coloco a mão na cabeça e pisco algumas vezes para que minha visão volte ao normal. — Que horrível isso.

— Você está bem? – Pergunta voltando e ajoelhando-se a minha frente passando as mãos pelo meu rosto para me analisar.

— Estou bem... Eu só queria um beijo – Peço sorrindo.

— Não sabia que você era assim tão direta – Diz soltando uma risada gostosa de ouvir.

— Talvez eu seja assim, nem eu sei – Falo, ele se levanta e me encara como se estivesse pensando se me daria ou não o beijo, por fim me dá um selinho e sai correndo do quarto.

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