Capítulo 12 - Eu quero mais...

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Eu não estava acreditando na situação em que eu estava meu quase namorado tinha me feito a mesma proposta só há algumas horas atrás e agora meu irmão, o fato dele ter vindo falar comigo me deixou feliz, mas eu sinto que é por pena mesmo assim, ele não foi me procurar, eu apareci aqui. Se tudo fosse diferente, se ele tivesse se preocupado em me procurar, talvez eu não hesitasse em aceitar seu pedido.

— E-Eu... – Eu gaguejo e passo a mão no meu cabelo para ajeitá-lo. — Eu não posso – Digo e ele respira fundo, parecendo já saber da minha resposta.

— Porque não? – Ele se aproxima e pega em minhas mãos, eu abaixo a cabeça e fecho meus olhos, repensando minha decisão — Eu não quero minha irmã na casa de uma pessoa qualquer ou na rua. – Quando ele disse isso arranquei minhas mãos das suas e lancei um olhar condenatório.

— Ele não é qualquer, Ethan é... – Olho para o céu procurando, entre tantos, adjetivos para descrevê-lo — Ele é um bom amigo e me entende.

Meu irmão não diz nada, apenas suspira e vira de costas eu faço o mesmo e prossigo em ir embora a pé. Eu não consigo nem olhar em seus olhos direito, eu perdi a conexão que eu tinha com ele, com meus pais e meus amigos. A pessoa que eu mais sentia falta era Felipe e minha mãe, a companhia deles sempre foi indescritível para mim. Pensei que eles nunca iriam me abandonar, entretanto eu estava errada.

Eu queria realmente voltar à normalidade, mas só de pensar que isso significa viver uma vida cheia de favoritismo e falsidade ao meu redor, eu prefiro deixar como está. Não quero ser aquela Natasha de alguns anos atrás que pedia permissão até para ir ao banheiro.

Ainda caminhando posso ver o Sol ameaçar sair, o céu meio alaranjado e a luz vinda do horizonte me fez sorrir. Não tinha nenhum vento sequer, mas eu sentia como se estivesse bem fresco. Os pássaros cantavam alegremente, em Londres isso não é muito comum. Eu queria tanto que o tempo parasse agora e curtir essa sensação de liberdade.

Fito meus olhos no céu e vejo algumas nuvens, mas a maior parte do firmamento estava azul, bem formoso. Sorri de leve pensando em como Deus criou tudo com detalhes perfeitos, a natureza é perfeita. Pena que nós, seres humanos, não somos.

Enquanto elevo meus olhos ainda para o céu, termino batendo em alguém. Era Ethan, com a mesma roupa que dormiu, com o semblante preocupado e estarrecido. Ele estava ofegante e aquilo me assustou, sua expressão estava diferente do que eu vejo normalmente.

— Onde você estava? – Ele me pergunta num tom inquietante. — Eu acordei e... e... Você não estava ma-mais lá... – Fito-o desconfiada, ele estava nervoso, gaguejando. Termino soltando uma risada do seu jeito, aquilo era fofo.

— Você se preocupou comigo?! Eu fui à casa dos meus pais... – Explico e ele passa a mão em seu cabelo para ajeitá-lo.

— Não saia sem me avisar – Replica com seriedade então finjo ficar séria também abafando a risada. — Pare de rir, falo sério.

— Desculpe, é que... – Levo minha mão ao cabelo dele e faço um leve carinho — É fofo. – Ele ameaça um sorriso, mas segura e pega na minha mão para beijá-la.

De inicio eu achei sua atitude um pouco estranha, mas depois vi que era besteira, ele estava apenas preocupado, afinal sai sem avisar e bem cedo. Enquanto caminhávamos de volta para casa, de mãos dadas, eu sentia sua pele macia e bem cuidada. Jogamos conversa fora, o tempo, a casa a sua faculdade e finalmente chegamos a mim, algo que eu não queria falar então ele me respeitou. Quando cheguei à porta da sua casa eu ouço meu telefone tocar, olho a foto, Felipe.

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