Capítulo 12 (Bônus Barbara II)

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Minha mãe engoliu em seco e seguiu para seu quarto. Durante toda aquela briga, eu fiquei lá parada apenas olhando tudo, em nenhuma momento eles, se tocaram que eu estava ali sentada escutando tudo.

Se minha mãe não poderia ajudar a Bianca eu teria que fazer, por isso levanto e vou para o meu quarto.

- Com licença pai.

Ele nem sequer responder ficou lá pensativo. Fui para o meu quarto, a primeira coisa que peguei foi uma mochila velha que não uso a muito tempo e começo a colocar algumas coisas dentro.

Ao fim vejo que dentro dela, não deu quase nada, mas vejo que pelo menos eu coloquei o necessário, roupas intimas, artigos de higiene, algumas mudas de roupa (poucas vou te dizer, não sei como ela se virará com tão poucas roupas, eu não conseguiria).

Terminada a minha tarefa, tive que pensar em um jeito de sair de casa com aquela bolsa sem meu pai descobrir, a única ideia que tive foi jogar a bolsa pela janela.

Abri minha janela, olhei para um lado e para o outro, vi que não tinha ninguém a vista. Joguei a bolsa pela janela, tratei de sair do quarto, em direção a saída, passei pela sala, meu pai não estava mais em casa, com certeza já havia voltado para a fazenda do seu Geraldo.

No quintal vejo meus irmãos brincando.

- Cadê o pai e a mãe papai? - perguntei para saber se poderia sair sem problema.

Bernardo parou de brincar um pouco e veio em minha direção.

- Papai saiu e a mãe esta no quarto.

- Ok vou sair, se perguntarem por mim, diga que fui para casa da Stela. -digo enquanto caminho ate a garagem para pegar a bicicleta.

Infelizmente, moramos no meio do mato, a uma distância da cidade. Normalmente eu prefiro fazer o caminho a pé, porque é um mico chegar de bicicleta, mas o momento me pedi um pouca mais de pressa. Então tive que me submeter a isso.

- Ok, Baby eu digo.

Como queria ser como meus irmãos, que não ligam para nada, sempre brincando. Oh falta dos meus tempos de infância.

- Baby! – agora que percebi que o Bernardo me segui, deixando o Júnior sozinho.

- Sim?

- O que está acontecendo com a Bianca? - Respirei fundo eu não sabia o que falar, para mim estava difícil ainda entender como as coisas chegaram aquela situação. Eu não saberia expressar, por isso foi para o mais obvio.

- Papai expulsou ela de casa Beh.

- Isso eu já sei Baby, mas quero saber o motivo porque ele estava esculhambando ela. Eu conheço minha irmã... - disse abaixando a cabeça - e sei que ela não é rapariga, como as meninas que trabalham na dona Rosa....

- Não fale isso! Ela não é como elas! Está ouvindo? Papai que é apenas mandão. Mas nunca esqueça a Bianca não é isso.

- Eu sei Baby!

- Certo! Eu tenho que ir... - começo a empurrar a bicicleta.

- Diz para a Bianca que a amo muito ...

- Como? Eu vi a mochila que você jogou. Ela é nossa irmã Baby, só não vou contigo, porque o papai pode parecer e tenho que convence-lo que você vai sair com a Stela. - soltei a bicicleta e o abracei, com força, bastante emocionada.

- Obrigado irmão - lagrimas saíram de seus olhos. - eu digo! não preocupe-se.

Solto ele, respiro fundo para me acalmar.

- Tchau, já vou.

Caminho até a janela do meu quarto, peguei a mochila, e parti rumo a cidade.

***

Cheguei a cidade bem cansada, porque eu podia ser magra, mas eu estava fora de forma, parei a bicicleta na praça com o intuito de respira um pouco para ter fôlego para continuar a jornada.

Quando levantei meus olhos a pessoa que vejo vindo em minha direção é Leandro ele é peão da fazenda do seu Geraldo, que trabalha com meu pai. Nessa hora eu gelei de medo, pois ele poderia dar a língua nos dentes e meu descobriria que estou ajudando a Bianca.

Desde que me entendo por gente eu tenho uma queda ou um tombo por ele. Mas infelizmente ele é pobre de Jó, então eu tenho que investir em outros mais bem aventurados.

Mas meus sonhos são povoados por ele com seus ombros largos e braços malados, me abraçando e me enchendo de beijo. Leandro era lindo, um moreno tentação, cabelos encaracolados, sorriso de tirar o folego e um tanquinho de deixar qualquer doida. E eu era doida por ele.

- Baby!

- Oi Leandro – tento me controlar, porque posso da bandeira, e mostra que eu sinto por ele mais do que o desprezo que sempre demonstro.

- como está a Bianca?

- Ah?

- A Bianca, Baby quero saber como ela está.

- Eu pensei...

- De você eu não quero saber nada... Eu me interesso por sua irmã, por favor me diga.

Naquele momento eu senti uma raiva tão grande, com ímpetos de matar aquele desgraçado. Mas respirei fundo e virei minhas costas, indo embora, deixando aquele peão idiota sem reposta....

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Depois que te ConheciOnde histórias criam vida. Descubra agora