Capítulo 8 - Parte I

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Depois de fazermos amor, deitei-me em seu peito e fiquei aspirando seu cheiro másculo.

- A noite foi maravilhosa, meu amor - falei ao abraçar com força seu tórax.

Eu estava muito feliz. Eu nunca havia pensado muito como seria o dia que perderia minha virgindade, mas eu sempre tive uma certeza: seria com o homem da minha vida. E isso aconteceu, foi lindo, ele foi tão atencioso, beijou e venerou meu corpo inteiro, fazendo-me sentir a mulher mais bonita da cidade, ao me elogiar.

Sempre dizendo que eu era a mulher mais bonita. O momento da consumação era o que mais me assustava, todos dizia que sentiria uma dor muito grande, onde quase não era possível aguentar, mas comprovei ser parcialmente mentira. Doeu sim, mas o Thiago foi tão atencioso, que toda a dor virou prazer.

- Bianca, temos que ir – disse meu lindo namorado.

Droga é verdade. Só naquele momento lembrei que tinha que chegar cedo à casa da Julia, foi o que seus pais mais recomendaram. Levantei-me de cima dele, peguei meu celular em cima do criado mudo e tomei um susto ao ver a tela.

Primeiro porque vi que já eram duas horas da madrugada, e depois que haviam várias chamadas perdidas, tanto da Julia quanto de seus pais.

- Meu Deus, Thiago! – Exclamei surpreendida, ao mesmo tempo arregalando meus olhos.

- O que foi?

- Perdemos a noção do tempo e já ficou bastante tarde, eu preciso ir embora - falei andando apressada dentro do quarto buscando minhas roupas.

- Calma, vamos nos arrumar e descer. – Tentou me tranquilizar, sem ter nenhum sucesso.

Nesse momento me encontrava uma pilha de nervos, pois seriamos repreendidas. Droga, logo na primeira vez que saímos, da próxima vez eles não vão querer deixar. Logo meu celular começou a tocar e vejo que é a Julia, respiro fundo e atendo.

- Oi – respondo ao atender o celular.

- TU ÉS DOIDA? – Já responde gritando, sem nem mesmo me cumprimentar. Isto indicava que ela estava "uma fera" comigo. E para a Júlia se irritar comigo, eu precisava ter feito uma merda muito grande. - ONDE VOCÊ ESTÁ? EU JÁ TE PROCUREI EM TODOS OS CANTOS DESSA CASA E NÃO TE ENCONTREI.

- Calma Júlia. Já estou descendo, espera um pouco. Onde você esta?

- DESCENDO? COMO ASSIM?

Meu Deus estava com pena dos meus ouvidos, a criatura gritava tanto.

- Para de gritar um pouquinho. Calma, eu te explicou já já.

- Ok, mas saiba que estamos encrencadas, meus pais estão ligando a cada dois minutos, nosso horário de tolerância já passou a muito tempo. E para a sua informação eu não estou gritando.

Ela desliga na minha cara. Droga, ela deve estar com bastante raiva para fazer isso.

- Vamos logo – falei apressando o Thiago.

- Já vou – reponde mexendo em seu celular.

Recolhi minhas roupas que estavam espalhadas pelo chão e, enrolada no lençol, me encaminhei para o banheiro. Apesar de ter compartilhado a pouco tempo um momento bem intimo com ele, ainda sentia muita vergonha para simplesmente trocar de roupa em sua frente.

Apenas ao chegar ao banheiro me dei conta que uma peça de roupa estava faltando, era minha calcinha. Droga teria que vestir minha roupa e depois vestir ela. Saí do banheiro e encontrei o Thiago vestido apenas de calça, sentado na cama mexendo no seu celular.

- Thiago, vamos!

- Já estou indo, calma - diz soltando o celular e pegando sua camisa.

- Thiago... – Antes de continuar falando meu rosto já cora. – Você....

-Sim, querida. – Aos poucos ele vem se aproximando de mim e enlaça minha cintura.

- Você .... Viu minha calcinha? – A última parte falei tão baixo que ele não escutou.

- O quê? Não escutei direito – diz pegando no meu rosto e fazendo-me encara-lo. Respirei fundo e disse:

- Eu não encontrei minha calcinha, você viu?

- Não, Bianca não vi. Vamos descer - falou pegando minha mão e se encaminhando para a porta.

- Não Thiago, tenho que encontrá-la, não posso deixar aqui, na casa do Alê.

- Vamos fazer assim. Descemos e você se encontra com sua amiga. Depois eu subo e procuro. Ok?

- Ok.

Logo chegamos ao térreo e comecei senti uma aura estranha no ambiente, a música ainda tocava, mas ninguém dançava na pista de dança. Todos estavam olhando para mim e imediatamente começaram a rir e apontar. Estava achando aquilo estranho. Achei que o Thiago também havia percebido, porque ouvi ele murmurando.

- Droga, eu não acredito que ele fez isso...

- O quê? – perguntei a ele.

- Nada, vamos procurar a Julia. – Pegou no meu braço e começou a andar na direção do bar, que consequentemente, era o lado contrário ao que vejo a Elisa vindo em nossa direção, juntamente com sua corja.

Ela rapidamente nos alcança e se coloca em nossa frente.

- Eu sabia que ele não estava me trocando por uma pobretona como você.

- O quê?

O Thiago tomou minha frente e deu um olhar, que se fosse para mim, eu teria medo. Ele disse, bem irritado:

- Para, Elisa! Vem, Bianca. - Pegou em meu braço e tentou me arrastar dali.

- Gente, vocês sabiam que a Bianca usa calcinha de coraçãozinho? – falou Elisa debochada.

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