O beijo

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Tarde de verão,
Um dia de sentimentos tácitos,
Ao encontro de emoções
Uma explosão de virtude;

(Tu) Me desejaras há tempos,
(Eu) Te adiara e evitara,
sem sucesso;

Em minha fraqueza,
me entregara a ti por completo,
agora, serias meu guia;

Mãos trêmulas,
gélidas como a morte,
te tocavam ao rosto e membros,
(Tu) me acariciavas com ternura,
me deixavas envolvida com tamanha delicadeza,
(Tu) tocaras teus lábios nos meus,
quaisquer poderiam sentir a emoção daquele simplório beijo;

Profano, cretino, insano,
são apenas qualidades predicadas,
mostraras a sensação dum primeiro toque entre um homem e uma mulher;

(Teus) Lábios carnudos e macios,
estonteantes e de desejável ser,
lábios de mel,
comparados a algodão-doce: tocavam-me;

A cada toque um sentimento,
arrepios à lá e cá,
sentidos turvos,
sentimentos únicos e inexplicáveis;

Mesmo ao teu preceder,
felicidade passageira,
prazer inocente,
senti-lo (teus lábios) era como nuvens,
novamente doce,
suave,
brando,
há de penar por constância tão escassa;

Ao fim, te digo desprezo e indignação,
(Quero) que as estrelas mais brilhantes,
façam este sentimento insignificante e impuro;

Esqueças tua existência,
Não lembres,
jamais,
Nunca mais!

- Modificado em: 14.01.2022, all rights reserved ©.

- Inspirado na obra de Gustavo Klimt: "O beijo" (1907-1908, século XX).

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