Penumbra

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O orvalho da noite hospedar-se-á
em vossa face, para que sintais-vos puro e pacato;

Encontrar-vos-ei mais feliz,
tereis o aroma de flores,
a infinidade no olhar,
sereis o ser de estupefata forde,
conquistardes irá facilmente o indesejado;

Vossa infinidade será esplendida,
serás solene,
Vós podereis usufruir de usúria,
vosso almocreve serás a chave para todas vossas indagações,
ele és vosso guardião insano,
guarda-mo enclausurado nas paredes de vosso coração,
não vos esqueçais de pedirdes a retrógrada;

Sejais intenso,
virdes á pureza e mediocridade dos mortos,
comparai-vos a eles,
senti-lo-eis avivado e emudecido com tal penumbra;

Não vos esqueçais que vos assemelha as trevas da melancolia,
Vós eis de ser o medo dos incrédulos e pecúnio dos inúteis,
Vós eis de abdicar vossas características de algoze fuga e refugo;

Não vos sejais refluxo de atos indigentes e fúteis,
não sugueis as forças de quem não vos merece,
não sejais este buraco negro,
sigais-vos como o orvalho,
desboteis como as flores,
tenhais aroma suave,
sejais amado, e também ame;

Apenas não vos deixeis levar a trevas,
Sois dolorosas e não voláteis,
Sois impertinentes e perturbadoras;

Apresse-vos com o findar,
vossa ternura cativas-me,
mas vosso ser não vos pondera de tal insanidade.

- Modificado em: 17.01.2022, all rights reserved ©.

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