Cap. 01,2

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- Pois é... Foi melhor assim, nosso relacionamento já não estava dando certo. E você, namora?

- Eu não, fui abandonado.

- Nossa... Que mau.

- Nada que um dia após o outro não resolva.

Quando chegamos perto de casa, ele parou o carro em frente ao edifício, onde

ficamos conversando um pouco mais.

- Eu moro aqui...

- Parecem serem grandes esses apartamentos.

- 3 dormitórios.

- Tudo isso só pra você?

- Sim... Quando vem minha família para cá, eles ocupam os outros 2.

- Ah... Então tá explicado.

- Daniel... Eu tenho uma dívida com você...

- Eu já disse que o seguro vai cobrir o prejuízo...

- Por isso mesmo, ficarei em débito contigo.

- Não esquenta, você me paga uma balada e fica tudo certo.

- Firmeza. Agora eu vou indo.

- Falou cara.

Durante aquela semana eu tive que levar o atestado médico na agência onde eu trabalhava. Ganhei 3 meses de afastamento por conta do braço, precisei também resolver alguns assuntos com o seguro por conta do acidente com meu carro, que não tinha nem 1 ano de uso e foi dado como perda total. Enquanto a seguradora não me mandava um novo, me forneceram um outro carro temporariamente.

Depois de ficar quatro dias em casa sem fazer nada, resolvi voltar para a academia, fazendo exercícios de pernas para que meu corpo não desacostumasse, pois meu braço estava imobilizado. Eu costumava ir sempre à academia na hora de almoço ou de manhã, porque no meio da tarde e à noite eu trabalhava, mas como fui afastado por um tempo do trabalho passei a ir na parte da tarde.

Era meu primeiro dia no novo horário. Fui até a academia caminhando, porque

ficava dentro do shopping perto de casa. Passei meu cartão na catraca e estava bloqueado, comuniquei a uma garota muito arrogante que estava na recepção:

- Por favor, meu cartão está bloqueado...

- Um momento... Você é aluno?

- Não... Achei essa carteirinha na rua e vim testar, que por coincidência tem meu nome e foto... É obvio que sou aluno... Meu horário é de manhã, mas por esses meses quero fazer à tarde.

- Então deve ser por isso... Eu já libero pra você.

- Obrigado.

Com muita má vontade ela liberou a catraca pra mim. Depois que fica

desempregada, sai por ai chorando, dizendo que ninguém da oportunidade e não tem sorte na vida.

Fui até o vestiário trocar de roupa. Guardei a mochila no armário e fui fazer

bicicleta, 1 hora de pedalada sem parar, fiquei logo na frente da fileira, atento ao cenário que o professor criava no decorrer do treino. No término da aula chegou outro professor, mas como já havia feito meus exercícios e estava um pouco cansado, resolvi lavar o rosto e depois fazer um pouco de esteira.

Fui até o vestiário e quando abri a porta senti que havia batido em alguém, quando fui olhar quem era não acreditei:

- Opa... Foi mal...

- Você?

- Daniel?


Uma  história de amor - escrito por SalémOnde histórias criam vida. Descubra agora