capítulo 2- eu matei o filho de um alfa?

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Ao sair do carro minha "mãe" disse:
-Boa escola filha, qualquer coisa me liga se não estiver se sentindo muito bem, ou qualquer outra coisa, toma cuidado! Não se sabe o que acontece nessa escola a noite! -ela ligou o carro e saiu, mas percebi que ela sorria, ao dizer isso, nem deu tempo de responde-la então me virei e vi a escola, um enorme prédio, com 4 andares, janelas e portas extremamente enormes, via os alunos praticando parkour, as alunas sentadas nas escadas conversando, uma escola normal aparentava ser.
Chegando na escola, descobri rapidamente que a minha antiga eu, era popular, inúmeras garotas e garotos me cumprimentavam, aquelas pessoas, tanto sangue, como eu suportaria? Andei mais um pouco adentrando na escola, até esbarrar em um garoto, da minha idade olhos castanhos claros,  cabelos loiros, muito pálido e alto:
- Hey Ester como você está? Está melhor? - ele disse abrindo um sorriso o que me fez perceber ou ele tinha presas muito grandes mesmo, ou era igual a mim, e eu não sei nem o que eu sou...
- A-h eu estou bem, e você como está?- disse com a voz trêmula.
- Eu estou bem! Então como foi você conseguiu mais informações?- ele me levou a um canto da escola. - as informações sobre o assassino de seus pais?
Eu me espantei, fiquei imóvel, meus pais foram assassinados? Minha antiga "eu" procurava vingança? Eu comecei a tremer, minha garganta arranhava, como se tivesse engolido inúmeros pregos e parafusos.
- Ei Ester? Você está bem? - ele pegou meu braço.
- S-sim estou bem...- puxei meu braço, e fui andando em direção a uma sala. Minha sorte foi que do lado de fora tinha uma lista dos alunos da sala, fui passando lista por lista até achar uma única Ester no 3° andar "Ester Scarlett" o terceiro nome estava rasgado, bom é melhor entrar, assim que entrei percebi que o garoto de mais tarde, não estava ali, olhei para o fundo da sala e tinha uma garota sentada na última carteira, e apontava para a carteira da frente olhando para mim. Eu entendi o recado e caminhei até a última carteira, assim que sentei-me a garota já me cutucou:
- você está melhor???? -ela me olhou fixamente.
-A-ah sim estou! -caramba como todo mundo sabe que eu estava doente?.
- Nossa você me deixou preocupada! Então hoje resolveu ficar na aula?
curiosa eu perguntei:
- Sim eu vou, por que não ficaria?
- Você diz que é uma perda de tempo! - ela se espreguiçou na carteira.
- Ah, posso te fazer uma pergunta estranha? - precisava saber.
- Claro você vive me fazendo perguntas estranhas! - ela deu um leve sorriso.
-Você é a minha melhor amiga? E qual o seu nome? - pisquei sem parar.
A garota me pareceu confusa, ela parecia não ter entendido a pergunta, ela me olhou curiosa. Eu queria mais que tudo confiar nela, algum sentimento me vinha ao olhá-la um sentimento de confiança e amizade, a garota morena dos olhos verdes, me olhou fixamente novamente e disse:
- De todas perguntas que você já me fez essa é a mais estranha Ester, nos conhecemos desde pequenas sabe?! Sempre fomos melhores amigas apesar de nossos pais inimigos, o meu nome é Camille...
Assim que ela disse seu nome um flash-back passou na minha mente, " estávamos eu e ela brincando em uma floresta com nossas bonecas, até que meu pai chegou e me puxou para longe o que fez uma boneca que estava em minha mão cair, ela me olhou sentada no chão, até eu e meu pai sumirmos na imensidão da vasta floresta".

-Ester? Você está bem? Você sabe que pode contar tudo a mim!
Senti que finalmente poderia contar alguém tudo o que aconteceu, tudo que eu não me lembrava, quando abri minha boca, ~trimmmmmmm, um sinal tocou.
- O que é isso? -eu perguntei assustada.
- É o alarme de incêndio! - -------Camille... -disse se levantando.
Eu me levantei e fui em direção a porta, assim que saímos a multidão desesperada nos separou, eu fui uma das últimas a sair. Quando sai olhei para um jardim perto da escola, lá havia um aluno , admirando  a lua, ele olhava-a fixamente, parecia maravilhado. Eu achei a cena incrível, mas algo dentro de mim viu apenas seu sangue , o sangue que passava por suas veias e em um piscar de olhos, eu estava em seu pescoço. A sensação do sangue fresco passando pela minha garganta, era como um gole de água gelada após tempos sem beber nada em um verão. Mas algo interrompeu e em um piscar de olhos estávamos no terraço da escola.
O garoto estava estirado, e parecia morto ao meu lado, eu não lembrava como havia chegado ali, nem de ter atacado o garoto, só lembrava de que tinha o atacado. Sentei no chão em pânico, o que eu tinha feito?? O que?? Levei minhas mãos ao rosto, e nem percebi quando o garoto que eu esbarrara mais cedo, estava em minha frente, me olhando fixamente, como se fosse me repreender, passamos alguns minutos se encarando, até ele dizer:
- Ester? Você sabe o que fez? - ele se agachou e colocou as mãos sob meus ombros.
-E-e-u matei este garoto? - várias lágrimas começaram a cair.
- Ester, você me disse que ia se controlar, por que atacou o irmão da Camille?? - ele me fez olhar em seus olhos.
- O irmão da Camille? - eu usei a manga do uniforme, para enxugar as lágrimas.
- Ester, o que aconteceu com você? Em mim você pode confiar, você sabe disso! - ele retirou as mãos de meus ombros e se levantou.
- E-eu não sei se devo - eu me levantei e olhei em seus olhos castanhos.
- Como assim??? - ele devolveu o olhar.
-Eu vou falar, mas por favor antes de tudo, qual o seu nome?
- como assim meu nome? Você sabe meu nome! - ele aparentava espanto.
- Bom, é ai que está, eu não me lembro de nada, só sei que, eu acordei em uma cama com uma mulher, cujo o nome não sabia e vim para escola, para ver se descobria alguma coisa.
-Agora entendi, você deve estar com fome vamos até a minha casa, acho que tenho algumas bolsas de sangue, lá vou contar tudo o que eu sei sobre você e sua família, aliás meu nome é Steve, é um prazer novamente, minha amada Ester - ele beijou a minha mão, e foi andando - siga-me.

-  E esse cara? Ele tá vivo? -perguntei assustada.
- lógico que está, afinal ele é filho de um alfa.
- E nós ? O que nós somos? -perguntei indo em sua direção.
- Nós? Nós somos... - ele se jogou lá de cima do terraço.
Eu corri até a beira do prédio, e meus olhos encontraram ele de pé, lá de baixo gritou:
-NÓS SOMOS VAMPIROS MEU BEM, VAMOS MINHA VAMPIRINHA! -
- eu não vou pular!
- vai logo, minha namorada não costumava ser tão medrosa... - ele sorriu.
- NAMORADA? -e em um piscar olhos ele estava atrás de mim, e empurrou-me, a sensação foi de total liberdade, e quando estava prestes a cair ele me pegou no colo.
- Sabe uma vez eu prometi que nunca te deixaria, essa é uma promessa que nunca vou deixar de cumprir. Bom vou começar a contar tudo o que eu sei sobre o seu passado, o resto nós dois juntos iremos descobrir...

Edição: NataliaSeguchi2001

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