CAPÍTULO DOIS - DAYANE

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Vejo o meu chefe, sr. Silva sair do seu escritório carregando uma pilha de papeis, levanto-me apressadamente, tentando ajuda-lo com qualquer coisa que ele precise.

— Você precisa de ajuda, senhor? — Indaguei ao seu lado, dando um sorriso tímido. — Estou quase tirando a minha pausa para o almoço, mas posso lhe ajudar se precisar.

— Não, estou indo almoçar também — murmurou ele, dando-me aquele seu lindo sorriso acolhedor. — Podemos cuidar de tudo quando voltarmos.

— Tudo bem — sorri, imaginando qual seria a reação do meu chefe se ele descobrisse que estava indo arrumar a papelada da pequena loja de tatuagem que meu cunhado abriu, com a minha ajuda. — Até mais tarde.

Quando Gustavo me apresentou a ideia de abrir uma loja de tatuagem, minha primeira reação foi ri. Gargalhei durante sete minutos, parando para pegar ar antes de continuar. Quando o conheci, ele não conseguia se desgrudar um minuto sequer do seu celular ou terno, sempre trabalhando e cuidando de um novo negócio. Era um filho da puta de um workaholic.

Não consigo para de sorrir enquanto ando cerca de dois quarteirões até a pequena loja, pensando no que Luna pode ter preparado para o almoço, já que eu estava indo direto para lá, sem ter ao menos preparado qualquer marmita. Semana passada, acabei passando fome, por que ela simplesmente sumiu e apareceu na hora que iria voltar para a empresa.

Foi um dia horrível.

Depois de quase desmaiar em cima dos milhares de papeis que meu chefe havia deixado, minha colega de departamento, Eliane, me entregou um dos seus sanduiches naturais e um copo de suco. Assim, pude sobreviver até o final do meu turno.

Quando cheguei naquele buraco que Gustavo insiste em chamar de loja, fui direto para o escritório, cumprimentando a recepcionistas e um dos tatuadores do lugar.

Para que trabalhasse ali, ou melhor, ajudasse a gerir, Gustavo disse que era uma boa forma de aproveitar o meu diploma em Administração, já que se desse tudo certo, eu seria efetivada e poderia fazer meus próprios horários. O que era extremamente tentador, já que qualquer pessoa gostaria de ter um emprego com horários flexíveis. Por isso, a cada minuto extra, eu fazia questão de ir cuidar de tudo naquele lugar.

— Eu fiz uma marmita para você — gritou Luna do seu pequeno estúdio, onde colocava piercings em alguma pessoa. — Não cozinhei hoje, sem tempo.

— Ok! — Grito de volta, entrando no meu mini escritório.

Paro abruptamente quando vejo Miranda de Lima sentada na minha cadeira lendo alguns concentradamente alguns documentos, a linda loira escultural que estava sempre com Gael. Senti-me um pouco intimidada com sua presença, aquela mulher parecia ter sido esculpida para deixar os homens malucos, além de ter uma personalidade cativante.

— Gustavo pediu que eu desse uma olhada nos papeis legais da empresa — murmurou ela, dando um sorriso branco.

Puta merda, essa mulher tem uma voz linda para caralho, além de ter um sorriso brilhante.

Respirei fundo, dando-lhe um sorriso sem graça.

— Oh, ok — murmurei envergonhada. — Vou almoçar enquanto você trabalha, já que vim direto para cá e nem tive tempo de comer — divaguei.

Fechei a porta e caminhei em direção a cozinha, mas acabei encontrando quem eu menos esperava: Gael, sentando a mesa comendo o que parecia uma marmita. Estava prestes a dizer alguma coisa, quando aqueles grandes olhos verdes olharam para mim, profundos e rapidamente esqueço o que estava prestes a lhe dizer.

Aquele homem era a merda da personificação do pecado.

Gael Nunes era um homem ridiculamente sexy, sexy como o inferno em seu terno perfeitamente cortado. Seu longo cabelo escuro estava cortado em um moicano longo, deixando-o com um olhar tão másculo que eu poderia ter um orgasmo ali mesmo.

Tudo o que ele quer - Parte Um | COMPLETOOnde histórias criam vida. Descubra agora