CAPÍTULO QUATRO - DAYANE

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— Isso não é uma boa ideia — murmurei, olhando-me no espelho.
Desde o momento que sair correndo da sala de Gael, depois do nosso pequeno “encontro” no seu escritório. Precisei lavar o meu rosto, tentando aplacar um pouco a quentura que tomou o meu corpo.
— Dayane! — Chamou a minha amiga, Susana, abriu a porta. — Oh, algumas pessoas me disseram que você estava aqui — sorriu, caminhando na minha direção. — O que houve?
— O quê? — Pisco, minha mente ainda está uma bagunça. Sacudi a cabeça, clareando a minha mente. — Estou bem, estava apenas com muito calor e vim me refrescar um pouco — mentindo, com um sorriso afetado.
— Oh, que bom — ela deu um enorme sorriso. — Eu estava passando por aqui e queria saber se você quer almoçar comigo.
Luto para me recompor, não querendo que ela notasse o que realmente estava me deixando assim. Susana e eu somos amigas por quase seis anos, ela me conhece bem o suficiente para saber quando estou mentindo. Mas, aqueles lindos olhos azuis se iluminaram quando olharam para o meu cabelo.
— O que você andou fazendo? — Sussurrou cruzando os braços.
— Nada — murmurei, caminhando para fora dali.
Arrumei os meus cabelos, não podendo deixar de passar as mãos pelo meu pescoço e me lembrar da sensação de ter a sua boca em meu corpo. Não posso evitar um arrepio que corre pelo meu corpo apenas com a memória de suas palavras e de suas mãos em meu corpo. Faz alguns meses que não namoro, então sexo estava em segundo plano em minha vida, por conta de estar ocupada com o meu emprego.
Era uma grande oportunidade de começar a conhecer o trabalho em uma empresa.
Mas, ainda assim, era uma forma de estar ao lado de Gael, observando-o em seu ambiente. Ao pensar nele, um tremor delicioso correu pelo meu corpo, fazendo-me pensar no que era toda essa sua mudança. O que aconteceu? Nunca, durante todos esses anos que nos conhecemos, Gael se mostrou tão explicitamente interessado.
Um homem como ele mostra seu desenho no primeiro momento.
Mas, havia outro lado em tudo isso. Comecei a pensar que isso é completamente errado, não posso me envolver desta forma, principalmente na empresa onde trabalho. Isso vai sujar minha imagem de uma forma que vai fechar milhares de portas, portas que preciso para alcançar para o que eu quero.
— Acho que estou falando sozinha — ouço Susana dizer irritada. — Sua mente estava flutuando por aí.
— Muito trabalho –sorri, sentando na minha mesa. — Além de estar muito cansada — minto, procurando o meu telefone em minha bolsa.
— Ah, sim, meu pai me falou sobre a modelo que cancelou — Susana senta-se em minha mesa, levando o seu lábio inferior para a sua boca. — Você deveria tentar algumas dessas meninas que estão surgindo agora.
— Sim, pensei nisso — dei de ombros, olhando para a tela do computador. — Mas me pediram para fazer a campanha, já que estavam precisando de uma modelo urgente. Sr. Silva usou as minhas fotos do Facebook para mostra-las ao sr. Nunes e dizer que eu era perfeita.
— Eu pensei que...
Virei, tentando entender o que havia de estranho na sua voz, Susana mordia os lábios completamente sem graça. Quando ela fazia, ela tinha algo desagradável para me dizer, sempre foi assim, sempre tendo uma pequena — grande — farpa para me lançar.
Susana tem quase vinte e quatro anos de idade e nunca trabalhou na vida. Seu pai, o dono desta empresa, sempre lhe deu do bom e do melhor, nunca deixando faltar nada em sua vida. E, às vezes, ela agia como uma garota mimada sobre alguma merda que queria. Ela é uma princesinha, uma que tudo quer, tudo tem. Além de ser linda como o inferno, com lindos cabelos loiros e intensos olhos azuis, sua boca era perfeitamente desenhada e seu rosto parecia de um anjo caído do céu.
— O que aconteceu? — Perguntei, curiosa.
— Meu pai disse que você não tem biótipo para o que precisam. Você está gordinha, seu cabelo é escuro demais e seus lábios são muito grossos, seu rosto é muito redondo e seus olhos são grandes demais.
Ai, essa doeu.
Encolhi-me internamente.
Sempre gostei de pensar que eu era bonita, pelo menos, o suficiente para atrair a atenção de Gael. Com meus longos cabelos castanhos, ondulados e cuidadosamente tratados, meus olhos não são azuis, mas tem uma intensidade de castanho que poderiam conquistar um homem. Mas, quando Susana fala sobre a minha aparência, me sinto completamente feia e malcuidada.
Assim, começo a pensar nas garotas que Gael sai: modelos exuberantes, com um corpo de matar e que podem caminhar como se vivem sem uma passarela, com pernas tão longas que você não sabe quando termina.
— Desculpe dizer isso — ela encolheu os ombros. — Mas, você não tem muito cara de modelo de lingerie — ela deu uma risadinha.
Respiro fundo e seguro a minha língua, ainda em estado de choque. Susana sempre criticou a minha aparência, não de uma maneira tão aberta. Para ela, eu era “simples” demais. Eu sei que não me visto ou ajo como uma mulher que tem mais de oitocentos mil reais no banco, mas imaginei que eu seria tão deprimente.
— Gael disse que eu posso fazer as fotos — expliquei debilmente. — Além do mais, eu já aceitei, não tem como voltar atrás — menti, mordendo os lábios.
— Ah, sim — ela olhou para longe, como se estivesse contrariada.
Internamente, comemorei, mesmo que eu ainda não tenha dito qualquer coisa sobre isso. Mas, eu queria mostrar a ela que um bom jogo de luz e um ótimo ângulo, eu podia ficar bonita na foto como qualquer outra modelo, além de ter um programa de retoque se precisar.
— Olha, eu só não queria que você passasse vergonha — deu de ombros, olhando-me inocentemente. — Esse ramo é muito difícil, vi muitas garotas sofrerem muito, mesmo estando a anos nisso.
Tive que dar o meu braço a torcer, muitas garotas sucumbem aos vícios por não aguentar a pressão de ser uma modelo, tendo que controlar tudo, desde o que come até o que veste. Não sei se conseguia aguentar alguém me dizendo que tenho apenas que comer comida de coelho, iria ter que cometer assassinato em dois dias.
Meu telefone começou a tocar, fazendo-me atender apressadamente.
— Então, qual é a sua decisão? — A voz de Gael encheu meus ouvidos, sem me dar qualquer chance de falar qualquer coisa.
Deus, minha mente começou a viajar pelo o que aconteceu no seu escritório. Aquele seu terno azul marinho, fez-me imaginar como seria seu corpo por baixo dele, já que Gael não é o tipo de homem que veste uma camiseta regata e shorts. Além de imaginar correr as minhas mãos por sua barba escura, correndo ao longo de sua mandíbula.
Merda, eu tinha que me concentrar, Susana estava sentada na minha mesa e poderia notar o quão afetada eu estava com aquela ligação.
— Sim, eu pensei sobre isso — limpei a minha garganta. — E sim, vou aceitar fazer as fotos.
— Oh, que bom — sua voz soou distante. — Venha para o meu escritório em cinco minutos, vou falar com o sr. Silva. Tenho um teste para fazer com você antes de tudo — agora, sua voz soava forte e maliciosa. — Entendeu?
— Tudo bem — tentei com força não gaguejar, mas a minha voz saiu fraca.
Não tenho qualquer escolha, acabei de aceitar fazer tudo isso apenas por conta da minha vaidade, além do dinheiro que estavam me oferecendo. Mas, queria apenas mostrar para a Susana que posso fazer fotos bonitas, mesmo que ela diga o contrário.
— Bom — falei, lhe dando um sorriso afetado, — tenho que voltar a trabalhar.
Choque correu pelos olhos azuis, como duas lindas pedras de safiras lapidadas, como se não esperasse que eu lhe dissesse essas palavras. Bem, preciso trabalhar mesmo e Susana iria querer jogar conversa fora por horas e me impediria de trabalhar.
— Você está me expulsando? — Perguntou ultrajada.
— Bem, sim — passei a mão pelos meus cabelos soltos. — Tenho que entregar vários documentos ao meu chefe além de ir ao escritório do sr. Nunes buscar outros.
— Não preciso ser expulsa da minha própria empresa — bufou, caminhando para longe.
Dei de ombros, Susana sempre imagina que estamos tentando lhe machucar ou fazê-la sentir-se inferior. Mas, estou apenas querendo fazê-la entender que eu preciso ganhar dinheiro e, para isso, eu preciso trabalhar.
Cerca de seis minutos depois, estou caminhando em direção ao escritório de Gael, meu corpo inteiro ansioso para o que estava por vim. Uma onda de desejo começa a varrer pelo meu corpo, fazendo os meus mamilos ficarem tensos.
Quando entrei no seu escritório, vejo Gael com uma câmera digital nas mãos, rodando-a. E, ao olhar para mim, vejo um sorriso predador crescer em seu rosto. Seus lindos olhos azuis piscando com uma maldade felina.
— Venha até aqui — ordenou, apontando para frente da sua mesa. — Temos que deixar você pronta para o que eu tenho em mente.
Suspiro longamente, puxando o meu corpo para caminhar até ele. Como tudo o que ele diz se transformar em sexo? Só de ouvir a sua voz, meu corpo se acende, meus mamilos endurecem e minha vagina se aperta e fica úmida. E, além disso, eu amo essa reação, estou quase viciada nela.
Parada em frente a sua mesa, sinto a minha respiração se apertar quando a sua mão aponta a lateral da mesa na sua frente, seus olhos escurecendo.
— Não, aqui — falou, colocando a câmera na sua frente. — Bem aqui.
Meus olhos se arregalam e minha respiração fica travada, minhas pernas ganham vida e circulam a mesa. Gael afasta a sua cadeira, para que eu fique entre ele e a mesa, mas o espaço me permite sentir a lateral da mesa em minha bunda.
— Sente-se na mesa e coloque suas pernas na lateral da minha cadeira — falou, devorando com os olhos.
Minha mente começa a imaginar diversos cenários para o seu pedido. Aquilo me deixou um pouco frustrada, apenas imaginar tudo. Mas, fiz o que Gael pediu, sentindo que a minha calcinha iria aparecer, mas eu não podia ficar com vergonha.
— Agora, abra os botões da sua camisa e levante a sua saia — seus olhos olhavam para o ponto entre as minhas coxas.
Minha calcinha estava perdida.
Lentamente, começo a abrir os botões da minha camisa, olhando de esquiva para Gael. Sei que o que estou fazendo é muito arriscado, já que a porta não estava trancada. Mas, foda-se, eu desejo esse homem a muito tempo, meu corpo anseia por ele e não posso perder a chance de tê-lo.
Quando os botões da minha camisa estão todos abertos, deslizo de cima da mesa e começo a subir a minha saia lentamente, até próximo ao ápice das minhas pernas. Assim, sentei novamente e fiz como me foi dito no início, mas dessa vez, os olhos de Gael devoravam o meu corpo.
Olhei para o meio das suas pernas, notando um volume considerável em sua calça. A pulsação no centro das minhas coxas aumenta e começo a me contorcer procurando uma posição confortável, além de querer aliviar essa pulsação.
— Molhada — gemeu roucamente, sem tirar os olhos da minha calcinha molhada. — Agora, quero que você coloque as mãos no cabelo e olhe sensualmente para mim, com aquele olhar quando você imagina meu pau correndo pela sua boceta, abrindo-a enquanto a obrigo a tomar tudo de mim.
Minha respiração acelerou e minha boca se abre, querendo implorar para que ele aliviasse todo o tesão que eu estava sentindo. Mas, em vez de fazer qualquer coisa, Gael tira uma foto de mim, levantando se para pegar vários ângulos.
Estou completamente perdida, apenas olhando para ele e aquela câmera. Com passos lentos, Gael se aproxima de mim e uma de suas mãos agarram meu cabelo com força, fazendo a minha cabeça deitar na mesa, meu corpo se arqueando para o seu toque, quase choramingando.
Jogando a câmera em cima de sua cadeira, Gael fica entre as minhas pernas e se curva em cima de mim, fazendo sua dura ereção bater contra o meu nervo tenso, um delicioso choque de prazer corre pelo o meu corpo, fazendo-me suspirar e mover meu quadril em direção a ele.
— Hoje, pequena Day, vou foder você com a minha boca — sussurrou, olhando para os meus lábios. — Mas na próxima, esses doces lábios carnudos vão estar em volta do meu pau, apenas para mim.
Suas mãos correram pela lateral do meu corpo, enquanto se abaixava para que sua cabeça ficasse entre as minhas pernas. Sua respiração batendo na minha boceta, fez um pequeno gemido saísse pela minha boca.
— Sente-se — rosnou, fazendo um arrepio de prazer correr pelo o meu corpo.
Fracamente, sentei na mesa e olhei para a sua cabeça, meu corpo tenso ansioso. E, quando a sua língua correu por cima da minha calcinha vermelha, criando uma roçar delicioso do meu clitóris inchando com renda, meu corpo inteiro se contorceu e um gemido alto escapou pela minha boca.
Afastando a minha calcinha, Gael rodou sua língua em meu clitóris, colocando um dedo dentro de mim, socando duramente. Meus olhos fecharam, meu corpo perdido em meios as sensações da boca de Gael em mim.
Sua língua sugou meu pequeno nervo para dentro da sua boca, fazendo-me quase gritar de tanto prazer que sentir. Seu dedo bombava dentro de mim enquanto sua língua mamava, chupava, lambia, além de dar pequenas mordidinhas. Meu quadril se contorcia, querendo gozar.
Sua língua dançava, enquanto tirava o dedo de dentro de mim, fazendo-me gemer de frustração. Mas, ao sentir a sua língua forçando entrada, comecei a moer meu quadril em seu rosto, gemendo e suspirando.
Meu orgasmo começou a crescer, meu corpo querendo mais rapidez, minha mão esquerda foi para o seu cabelo, empurrando-o parta mais perto. Mas, quando a sua língua subiu lambendo até o meu clitóris, fazendo movimentos circulares e depois chupando com força, um orgasmo monumental rasgou o meu corpo enquanto eu gritava o seu nome. Intensas ondas de prazer correram pelo meu corpo, fazendo o meu quadril ondulares e gemidos altos, misturados com palavras e frases incoerentes escaparem da minha boca.
Meus olhos estavam fechados com força e minha respiração pesada, enquanto eu ainda movia meu corpo aproveitando aqueles choques deliciosos que ainda corriam pelo meu corpo. Merda, isso é tão bom.
Gemi, abaixando-me para me deitar delicadamente na mesa. A língua de Gael ainda corria pelos lábios da minha vagina e pelo o meu clitóris, fazendo suspiros e gemidos escaparem da minha boca. Se ele continuasse, eu iria gozar novamente.
Levantando-se, Gael começa a arrumar a arrumar a sua roupa e seu cabelo, pegando a câmera fotográfica logo depois, tirando várias fotos. Estou lá, completamente indefesa e satisfeita, meu corpo mole e sonolento.

— Acho que está na hora de voltar ao trabalho — disse Gael, sentando-se novamente em sua cadeira, arrumando a sua dura ereção enquanto tenta cruzar as pernas. — Então, srta. Almeida, acho melhor você voltar ao trabalho e amanhã conversamos sobre o seu contrato. Então, acho melhor você se levantar e voltar ao trabalho.
Puta merda, esse homem é um insensível do caralho.
Levantando-me, comecei a arrumar a minha roupa e o meu cabelo, prendendo-o com um elástico que eu tinha no pulso. Estava louca para xingá-lo, mas não podia. Filha da puta, fodido do caralho, idiota de pau pequeno. Mas, isso não me impediu de fazer isso na minha cabeça.
Caminhei furiosamente até a porta, antes que eu jogue alguma coisa na sua cabeça. Filha de uma puta.

Tudo o que ele quer - Parte Um | COMPLETOOnde histórias criam vida. Descubra agora