CAPÍTULO DEZ - DAYANE

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Oh, merda, o que eu acabei de fazer?

Olho completamente assustada para Gael, tentando entender o que acabei de fazer. Droga fodida, acabei de permitir que ele tirasse fotos minha o chupando.

Sei que não é a primeira vez que eu o permito fazer isso, mas não posso sequer imaginar se essas fotos caírem em mãos erradas.

— O que houve? — Pergunta ele, vendo a minha expressão assustada.

— Essas fotos... Você precisa excluí-las — minha voz estava aflita. — Eu preciso da sua palavra que você vai exclui-las, Gael.

Olhando-me intrigado, tentando decifrar o que estava passando na minha cabeça. Eu estava apavorada com essas fotos nas mãos erradas.

— Não, definitivamente não — disse ele, tomando meu rosto em suas mãos. — Essas fotos não serão colocadas para o público, pequena Day, eu prometo a você que essas fotos jamais poderão prejudicá-la.

Continuo olhando assustada, pensando em todas as pessoas que sofreriam se aquelas fotos caíssem na internet. Minha mãe teria um infarto e meu pai me deserdaria. Seria terrível.

Abraço o meu corpo, sentindo um fio de pânico tomar o meu corpo. Aquelas fotos poderiam destruir qualquer chance de carreira que eu tivesse, até mesmo a minha família estaria desestabilizada.

— Fale comigo, pequena Day — exigi ele, mirando-me quase como se pudesse arrancar as palavras da minha boca.

Respiro fundo, tentando arrancar o peso que estava pairando sobre mim. O que eu fiz foi imprudente e idiota, não medindo todas as consequências dos meus atos. Agora, todas elas estavam caindo na minha cabeça com força.

— Fale — ordena Gael, com a voz dura.

— Só que essas fotos podem destruir a minha imagem, Gael — murmurou, desviando o meu olhar. — A tanta coisa em jogo se elas caírem na internet.

Sinto as mãos de Gael deslizarem pelos os meus braços, puxando-me para ficar de pé. Continuo olhando para baixo, não tendo forças para encará-lo, extremamente envergonhada pelo o que eu havia permitido que ele fizesse comigo.

— Não deixe sua cabeça cozinhar merda, pequena Day — exigiu, acariciando o meu braço. — Não perca seu tempo pensando nessas fotos. Elas são minhas e de mais ninguém, o que significa que jamais estarão disponíveis online ou em qualquer outro lugar. Caralho, eu prometo a você.

Esse é o problema, não consigo parar de pensar sobre tudo isso. As fotos eram tão íntimas e eu estava tão despedida de qualquer pudor que eram pornográficas. O que será que Gael irá fazer com as fotos? Deus, assusta o inferno para fora de mim ao pensar que ele teria milhares de outras fotos com outras mulheres.

— Ouça-me, Day — a mão de Gael empurra meu rosto para olhar para ele. — Não se preocupe com elas, estarei eliminando-as assim que possível. Não se preocupe.

Olho para ele, tentando decidi se dou ou não esse voto de confiança. Puta merda, é um alto preço que estou pagando se decidir apenas confiar nele. Por outro lado, Gael não é o tipo de cara que beija e conta, mesmo que ele tenha uma fodida boca suja.

— Vou te mostrar uma coisa que gosto de fazer quando estou tentando limpar a minha mente de problemas — prometeu ele, acariciando a minha bochecha. — Espero que você goste.

— O que é? — Pergunto, curiosa.

— Surpresa, pequena Day, surpresa.



— OH, DEUS — GRITEI, LENDO O NOME DO LUGAR. — Uma pista de kart!

Pisco os meus olhos, querendo saber se o que estou vendo é real. Sempre quis vim em umas dessas, mas nunca tive coragem ou tive um amigo que quisesse fazer isso comigo.

— Meu pai me trazia aqui nos finais de semana — confessou ele, pagando a minha mão. — Costumava ser algo que fazia os juntos, eu amava tanto que pensei ser piloto de corrida.

— O que fez você mudar de ideia? — Falei, apreciando sentir a sua mão na minha, apenas um simples toque, sem qualquer insinuação sexual.

— Uma corrida real — respondeu, olhando-me atentamente. — Quando você ver o real perigo que esses caras enfrentam para ganhar a vida, você acaba descobrindo que não iria conseguir passar por isso. Além do mais, adoro desenhar e ver uma mulher nua.

— Isso não me surpreende — brinquei, sorrindo. — Me surpreenderia se você começasse a gostar de homens. Não, na verdade não — fingir pensar. — Você tem todos os requisitos para ser homossexual.

Gael sorri, passando a mão por seu cabelo.

— Ah, então quer dizer que você acha que apenas gays trabalham em áreas criativas em uma indústria de roupas e os heterossexuais são aqueles caras fodões que administram financeiramente uma empresa?

Neguei com a cabeça.

— Claro que não, isso é estereótipo. E você sabe disso.

— Vamos entrar, essa conversa estar ficando confusa — disse ele, rindo. — Mas, devo confessar, é melhor do que ficar ouvindo meu irmão transando com a sua irmã.

— Não me diz que...

— Sim, eles estavam transando no meu sofá quando eu cheguei em casa hoje. Me arrependi tanto de dar a chave ao meu irmão.

Seguro a vontade de ri, sabendo qual é a experiência de flagrar os dois em um momento "sexo para bebê". Semana passada, tive a má sorte de chegar em casa mais cedo do trabalho e tive a pequena chance de ver a bunda de Guto.

— Eles estão empregados a ter o seu primogênito — falei, parando em frente a uma cabine.

— É um prazer ter você aqui novamente, sr. Nunes — falou uma garota, sorrindo timidamente para Gael.

Olhei atentamente para ela. Aparentemente, ela não aparentava não ter 18 anos, com longos cabelos ruivos e intensos olhos castanhos. Pude notar que olhava fascinada para Gael. Segurei-me para revirar os olhos, sabendo que muitas mulheres têm essa mesma reação quando o viam.

— Oi, Lori gatinha — ele sorriu, apoiando-se na cabine. — Day e eu estamos aqui para uma pequena competição. Você poderia liberar a pista, por uns vinte minutos?

A forma como a "Lori gatinha" olhava para Gael era quase adorador. Senti uma enorme vontade de me enfiar no meio deles, mas eu sabia que seria apenas um ataque ciumento da minha parte e, como não estávamos em um relacionamento, seria forçar muito a barra.

Meus olhos se arregalaram assustados, pensando em como estou com ciúmes de Gael. Caralho, aquele homem é a merda de um prostituto. Nem isso, por que eles são pagos.

O que estava acontecendo comigo?

— Pequena Day? — Ouço Gael me chamando, com uma voz contida. — Tudo bem?

— Sim, tudo bem — minha voz soava um tom acima do normal.

Eu estava começando a pirar sobre Gael depois de todas essas aventuras sexuais.

Sem dizer qualquer coisa, Gael segura a minha mão e me leva para uma porta onde estava havia uma placa escrita "vestiário". Minha mente ainda estava dando um nó depois dos meus pensamentos sobre ciúmes de Gael.

Jamais me imaginei sentindo ciúmes de um homem que eu tinha certeza que não teria qualquer relacionamento amoroso comigo. O cara não consegue nem mesmo ficar cinco minutos com uma mulher depois do sexo, segundo boatos.

Ao entrarmos ali, encontramos vários outros homens conversando e rindo, mas pararam quando eles me viram ao lado de Gael. Meu coração se acelerou, olhando para aqueles homens lindos me olhando. Senhor, aquilo era a porta para o céu?

— Você precisa trocar de roupa de roupa — murmurou Gael, mirando cada um daqueles homens. — Sabiam que é rude ficar encarando a mulher dos outros? — Grunhiu ele, apertando forte a minha mão.

Não tive tempo de registrar o que ele disse, seu aperto na minha mão estava se tornando doloroso.

— Gael, a minha mão — gritei, puxando a minha mão longe da dele.

— Desculpe-me — murmurou ele, pegando a minha mão delicadamente, acariciando-a. — Só achei que você não gostaria de receber todos esses olhares em você. Só isso.

Olho confusa para ele. Essa sua mudança de comportamento era completamente estranha, como se tivessem trocado o Gael e posto um mais dócil e sociável em seu lugar.

Que estranho.

Olho novamente para os homens, vendo-os absortos em seus afazeres, evitando olhar para nós dois. Suspiro, lembrando-me do que ele havia dito para eles.

— Sua mulher? É sério, Gael, se tornou homem das cavernas? — Perguntei sarcástica.

Ele desliza a sua mão pelo o seu queixo, olhando intensamente para mim, sussurrando em voz baixa:

— Você gozou no meu rosto, no meu pau e, mais cedo, tinha meu membro enterrando nessa sua boquinha linda — sua voz ficou rouca. — Isso me dá o direito de reivindicar você.

Prendo a minha respiração em surpresa. Aquilo era forte demais e o prazer das suas palavras travam através de mim, fazendo o meu corpo tremer diante do olhar possessivo de Gael. Isso não é bom, nesse momento deveria acender uma lanterna vermelha na minha cabeça e recuar de qualquer envolvimento emocional com ele.

Mas não estava acontecendo!

— Isso é... é...

— Estranho, eu sei — confessou ele, segurando as minhas mãos e me puxando para um dos armários. — Eu mantenho um armário aqui, já que sou um cliente a anos. Mentira, era do meu pai que passou para eu, já que Guto preferi motos e merdas assim — ele riu, tirando a chave do bolso.

Sorrio sem graça, olhando para a roupa que estava vestindo. Como eu não sabia para onde estávamos indo, decidir optar pelo básico: calça jeans com lavagem azul, um top vermelho e um sneaker com estampa de oncinha. Confortável e nenhum pouco presunçosa.

— Vou ter que tirar a minha roupa? — Questionei, olhando para os lados, preocupada.

— Não, não se preocupe, você pode colocar o macacão por cima da sua roupa — ele olhou para os meus pés, pensativos. — Seria melhor se você estivesse usando um tênis, mas como eu não te avisei aonde iríamos, peguei um da sua irmã emprestado. Vocês calçam o mesmo número, não é?

Não, meu pé era um número menor que o dela. Mas, como não vou usar por muito tempo, tudo bem. Com isso, acenei, pegando o par de tênis branco da sua mão.

Vejo-o vestir o seu macacão e faço o mesmo, tirando os meus sapatos. Posso dizer que não estou nervosa, mas estaria mentindo. Cada nervo do meu corpo estava tenso e eufórico com a ideia de pilotar um carro de kart.

Que emoção!

Quando terminamos, Gael pega dois capacetes e segura a minha mão, me explicando o que eu irei precisar fazer quando tivesse no kart. Pareceu ser algo bem simples, mas eu sabia que poderia ser diferente.

Ao chegarmos, um homem caminhou em direção a Gael, dizendo-lhe que os seus carrinhos já estavam prontos.

Quase gritei de emoção quando os vi trazendo até nós dois.

Puta merda, eu estaria dirigindo aquele kart daqui a pouco.

— Preparada? — Indagou Gael, olhando-me intensamente.

— Sim — minha voz soou continua, diante da Gama de emoções que eu estava sentindo.

Ajudando-me, Gael começou a me explicar a maneira certa de pilotá-lo. Era mais simples do que dirigir um carro.

Gael foi para o seu carro e se preparou, dizendo-me que eu já podia colocar o capacete. Um arrepio quente rola pelo meu corpo, a adrenalina aquecendo o meu corpo. Estava na hora.

Posicionamo-nos na linha de largada, ambos olhando um para o outro.

Quando o sinal sonoro disparou, apertei o acelerado com tudo. Oh, isso era tão legal!

Gael e eu dirigimos na maior velocidade que podíamos, meu coração estava acelerado e meu corpo se banhava com aquela sensação de liberdade. Mas, era uma competição, Gael já estava na minha frente a alguns metros e pisei ainda mais no acelerador, a minha estratégia era apenas ultrapassá-lo. Em alta velocidade, eu tinha problemas com as curvas, quase fazendo-me sair da pista totalmente.

Para o meu azar, Gael chegou na minha frente com vários segundos de diferenças. Bem, onde estar a sorte de principiante? Esqueceu de mim foi?

Quando chego na linha de chegada, Gael estava saindo do carro e já caminhava na minha direção.

— O que você achou? — Perguntou, sorrindo, depois de tirar o capacete.

Simplesmente maravilhoso.

Tudo o que ele quer - Parte Um | COMPLETOOnde histórias criam vida. Descubra agora