Lucky One - HunHan

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Preparem o coração Pq o cú quem preparou foi o Luhan

*moon face*

-Confia em mim de verdade?- perguntou de cenho franzido.

-Confio, Sehun- respondi sem esboçar muitos sentimentos além de calma. Sai de cima do maior, depois de perceber em que posição estávamos e me sentei de volta do seu lado. Provavelmente corado.

-E você não se sente mal tocando nesse assunto?- me encarou e pendeu a cabeça pro lado.

-Isso me acompanha desde o dia que aconteceu- suspirei dando de ombros- eu tenho pesadelos frequentes por culpa disso... Felizmente não atrapalha em nada no meu trabalho.

-Quando eu dormi aqui, não lembro de ter  escutado qualquer coisa do seu quarto- fez uma careta confusa.

-Eu não sonhei com nada mesmo- me deitei no sofá- foi o único dia que não sonhei com nada, foi até estranho.

-Ah, não sonhou nada porque eu estava aqui- sorriu satisfeito e me puxou até que estivesse deitado com a cabeça em suas coxas- não é?

-O-o que? Não!- respondi levemente perdido e dei um tapa em sua barriga- não foi por isso!

-Aham, sei- sorriu brincalhão.

-Eu preciso sair, quer que eu te deixe em casa?- perguntei me levantando lentamente e mudando de assunto.

-Eu posso ir junto?

-Pode- dei de ombros- só imaginei que preferisse ir pra casa. Eu meio que te arrastei até aqui.

-Eu ia ter vindo te incomodar de qualquer jeito...- respondeu tranquilamente- onde nós vamos?

-"Nós"- cochichei debochando- Nós... Temos que ir no mercado, e depois...- pensei um pouco- acho que vou precisar comprar algumas coisas pra viagem... Mas eu ainda tenho que ver se eu quero mesmo ir.

-Yah, acho que você precisa ir... Talvez tire um pouco esse peso das costas- encheu as bochechas de ar e suspirou, como se estivesse cansado- mas vamos, então!- se levantou do sofá e arrumou a roupa.

-Vamos- peguei a chave do carro, vesti meus tênis e saímos de casa.

[...]

-Luhanie...- murmurou fazendo um biquinho completamente falso- leva sorvete?

-Não tenta fazer aegyo- neguei com a cabeça e o mesmo fez careta e voltou à expressão séria de sempre- por que sorvete?

-Talvez por que seja bom?- respondeu com outra pergunta, como se fosse óbvio.

-Tudo bem, pega ali- dei de ombros.

O mais novo se esticou e pegou um dos potes, largando dentro do carrinho.

-Feliz agora, peste?

-Não.

-Não?

-Vou ficar feliz quando o sorvete estiver dentro da minha barriga- debochou e levou um tapa na nuca.

Paguei as compras e em minutos já estávamos em casa.

Sehun franziu o cenho confuso.

-Não vai viajar mais?

-Eu posso ver isso amanhã... - desliguei o carro e tirei o cinto- e o seu sorvete vai derreter se ficar muito tempo no carro.

Terminei de colocar as compras em cima do balcão, com ajuda do maior, e fui até a sala me jogar no sofá, como de costume.

Sehun pulou ao meu lado e estendeu uma colher na frente do meu rosto, me fazendo olhá-lo e em seguida intercalar meu olhar entre a colher não sua mão, o sorvete e a outra colher já dentro da sua boca.