A Capitã Fantasma e o Passado Incontrolável

De volta a Belgor...

- Agora sabe o que houve! - Exclama em prantos.
- Bem, conseguiu fazer metade do serviço... Koresma está morto. Feliz?
- Grrr... Seu! - Ela dispara contra o ombro viscoso do sujeito mutante, que tomba em agonia. - Como sobreviveu? Você deveria estar morto!

Ele levanta, tossindo uma gosma verde.

- Merosme. Lembra desta forma de vida inteligente que tínhamos no laboratório? É isso... Merosme, a bactéria que estudávamos, se fundiu ao meu corpo... Sobrevivi por 20 anos, comendo o resto dos corpos de todos que você matou... Vinte anos, Ferroah. É tanto ódio assim que tem de mim?
- Você me usou! - Ela dispara várias vezes contra ele, que desliza pelo chão, golpeando a arma dela com o braço mutado.

A capitã é impedida de sacar a cimitarra, sendo agarrada pelas costas.

- Acha que eu escolhi isso, Ferroah?! Simplesmente aconteceu! - Exclama aos berros. - Todas as missões que fizemos, foi Koresma que estava lá! Quando aquele baraleko me apanhou pelo braço, foi ele quem me salvou! Mais de cem missões juntos! Eu podia contar com ele para qualquer coisa!
- Chega! - Uma cabeçada no rosto do sujeito. Aproveitando a brecha, ela saca a lâmina.

O braço verde, imita a forma da arma, e os dois passam a duelar. Ela avança feroz contra ele, que se esquiva e bloqueia com a arma improvisada.

- Maldito! Lute! - Ela avança com inúmeras estocadas, enquanto ele segue desviando. - Grrr! Revide! Lute! - Ele prossegue em uma postura passiva. - Eu te odeio! - Comenta em prantos, tombando de joelhos, já exausta pela gravidade. - Por quê? Por quê me enganou? - Ela limpa as lágrimas.
- Porque tive medo.
- Eu te amei... Mais do que tudo...
- Assim como eu, Ferroah. Eu morri por você.
- E eu vivi por você...

Hanlo se ajoelha próximo dela.

- Quando conseguirei seu perdão?
- Quando essa lembrança parar de me assombrar.

Ele se levanta e abre os braços.