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Amélia off

Os anos passaram rápido, logo Amélia já Havia completado dezessete anos. A cada aniversário era possível ver com mais clareza a semelhança de Amélia com sua falecida mãe.
A cada dia que passava, seu cabelo ficava mais liso com apenas um leve ondulado nas pontas, seus olhos cada vez mais azuis, com um olhar profundo e marcante.
Olívia tentava disfarçar sua inveja e seu ciúme na presença das pessoas, mais era só ficar sozinha para desabar o mundo sobre ela. Ela não ficava muito atrás no quesito beleza, tinha os cabelos mais claros e mais encaracolados, seus olhos eram castanhos, porém claros. Com apenas quatorze anos, já tinha aparência e corpo de uma mulher.
Amélia não podia ver, mas podia sentir tudo. Não só com as mãos, mas com o coração.
Ela e Elliot cresceram juntos como melhores amigos inseparáveis.
-Elliot? -Amelia.
-Fala Lia. -Elliot.
-Meu pai vai mandar eu e Olívia para o Brasil, vamos para a casa da nossa avó Sandra. -Amélia.
-Tudo bem... Quanto tempo vocês vão demorar? -Elliot.
-No máximo duas semanas... -Amélia.
-Nossa, é muito tempo sem te ver! -Elliot.
-Pena que você não possa ir, até porque a faculdade é mais importante! -Amélia.
-Verdade... Vou sentir sua falta!-Disse Elliot abraçando Amélia.
Por impulso, Elliot não resisti e beija Amélia subitamente.

Amélia on

Fiquei surpresa com isso, não esperava que Elliot me beijasse.
Para falar a verdade, eu gostei muito.
Ele me pediu perdão, disse que agiu sem pensar e que não deveria ter misturado as coisas. Eu fiquei sem reação, ele saiu do quarto e eu fiquei lá pensando se foi realmente um beijo sem querer, ou se ele teve a intensão.
No dia da viagem, meu pai nos levou até o aeroporto. Ana como sempre minha acompanhante fiel foi conosco até o Brasil.
Chegando no Paraná, estávamos no aeroporto, Ana foi chamar um táxi, Olívia foi ao banheiro, e eu fiquei sentada com as malas.
Um mendigo veio até mim, me pediu esmola e eu mais que depressa, me levantei para pegar alguns trocados que haviam em meu bolso, dei o dinheiro para ele, ele me agradeceu e foi embora dizendo que coisas boas estavam por vir em minha vida, mas que eu prestasse atenção, pois qualquer escolha mal feita poderia mudar tudo.
Fiquei pensando no que ele havia me dito e fui me sentar, mas eu estava destraida e tropecei em uma das malas. Cai no chão e alí fiquei, não conseguia sentir o banco.
Uma pessoa se aproximou de mim, estendeu a mão e me levantou. Eu agradeci, e me sentei.
-Não foi nada. Você está bem? -Anônimo.

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