Capítulo 18

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Aquele bruto empurrou-me contra a parede e deixou-me com um olho negro, só gritava comigo pelo facto de não ser obediente, pôs o Andy inconsciente e atou-o para que ele não pudesse vir atrás de nós. Quando recuperou a consciência, ainda lá eu estava para fazer as malas e depois confessou tudo: teoricamente, a Rosaline é a minha irmã. Pelos vistos houve um caso extremamente raro em que os embriões se separaram e quando ela estava a ser criada "puxei-a" e nós duas ficámos um só. Agora faz mais sentido a frase dela que tinha dito há muito tempo atrás.

Eu ouvi a mesma coisa que ela, foi um momento emocionante para ela, parece que deixou a maldade por uns instantes e abraçou o nosso espírito unido. Quando dou por mim estou a ser puxada para o exterior e o Max tinha muita força. Tudo aconteceu de repente, como se fosse à velocidade da luz, o ambiente tornou-se muito violento, fiquei meia inconsciente e tanto eu como o Andy demos ouvidos à Rosaline: tínhamos de matar aquele psicopata antes que fosse tarde demais, então o que aconteceu foi basicamente espetarmos uma faca grande da cozinha, cravar no crânio e por fim acabou tudo.

Nenhum de nós acreditou no que tinha acontecido, o pânico está instalado e o que temos de fazer agora mesmo é fugir daqui para fora antes que a polícia venha atrás de nós. Infelizmente por nosso azar uma vizinha foi testemunha e agora temos sair daqui a correr, pois agora tornámos fugitivos. Fizemos as malas, incendiámos a casa dele e fomos por fim despedirmos da Alex. Quando chegámos à sua casa, quem nos atendeu foi o Mason, pelos vistos eles estão noivos e a felicidade foi imensa. Porém, não lhes podíamos contar o que aconteceu mas prometemos voltar assim que tudo ficasse calmo, fugimos para o Canadá temporariamente, arranjámos uma pequena casa de madeira junto a um rio onde podemos pescar e a floresta é cheia de pinheiros e outras árvores.

Questiono-me frequentemente sobre o que é a vida, se era isto destinado para mim, quer dizer, afinal de contas encontrei o meu grande amor da minha vida, no entanto a minha família mal me fala e tenho que me desenrascar. O que nos resta do passado é o nosso álbum de fotografias, onde tem as nossas fotos desde que éramos crianças, aquelas selfies aleatórias onde pequenas alegrias são enquadradas no nosso coração. Agora já completámos com mais: amostras de coisas que nos vão sugindo na vida tais como folhas, penas, etc. Temos um quarto vago e por cima da cama pequena está o meu amuleto da sorte, para quando um dia uma jóia vier ao mundo possa iluminar todos.

É claro que nos planeamos casar um dia, mas até agora não parámos de correr, não somos cobardes, fizemos justiça. Ajudámos a tornar o mundo num lugar um pouco mais seguro ao tirar a vida a pessoas como aquele verme. Agora todo o mundo já soube da minha história, já não é só da minha pessoa, mas sim de todos nós.

Fim

A Rapariga de BrancoOnde histórias criam vida. Descubra agora