A mãe do jornalismo investigativo: Nellie Bly

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Nellie Bly escreveu seu nome no jornalismo mundial na época que as jornalistas, quando no mercado de trabalho, ficavam responsáveis pela editoria de moda e costumes. Mais que isso, a repórter, uma inconformada com a forma que as mulheres eram tratadas no século XIX e começo do XX, é conhecida como a mãe do jornalismo investigativo.

Sua fama veio, principalmente, pela volta ao mundo que deu em 72 dias, porém, ela também entrou em um hospício como doente para ver como funcionava o sanatório, investigar e após reportar. Além disso, Nellie escreveu livros, foi empresária, inventora e fez trabalho voluntário. Casou aos 31 anos com um rico empresário de 73 anos. Com a morte do esposo, ela que já havia se aposentado do jornalismo, assumiu os negócios de aço do finado marido. Com a falência da empresa ela passou a escrever, alguns de seus trabalhos viram livros, e nesta atividade ficou até a morte, em 1922.

O início de tudo

Nellie Bly é como a conhecemos, mas a jornalista nasceu sob o nome de Elizabeth Cochran Seaman, no dia primaveril de 5 de maio de 1864, em Mills de Cochran (atualmente parte de Pittsburgh), nos Estados Unidos. Filha da dona de casa Mary Jane e de Michael Cochran, imigrante irlandês e trabalhador de um moinho.

Desde o começo Michael fez questão de ensinar aos filhos que o trabalho duro e a determinação são base para as conquistas, tanto que ele comprou a fábrica de farinha local e as terras em volta da fazenda da família.

Pink, como a pequena Elizabeth era chamada por gostar de usar rosa, foi incentivada a estudar. Na adolescência ela queria retratar-se de forma mais sofisticada, e assim, deixou de usar o apelido de infância. Foi para um colégio interno para ampliar seus conhecimentos, contudo a família teve problemas financeiros e ela teve de sair da escola.

Em 1880 a família Cochrane mudou-se para Pittsburgh.

Uma reclamação que valeu um emprego

Um artigo intitulado "O que meninas são boas para", no Pittsburgh Expedição, irritou Elizabeth de tal forma que a jovem não aguentou e escreveu uma carta ao editor do jornal. No comunicado assinou com o pseudônimo de Lonely Orphan Girl.

O editor, George Madden, ficou encantado com o que estava escrito na carta, e então, colocou um anúncio no jornal pedindo para que o autor se identificar-se.

Assim foi feito. Elizabeth foi até a redação do Pittsburgh Expedição e se apresentou a Madden. Na conversa entre eles, o editor pediu a ela para que escrevesse um artigo para o jornal e seguisse assinando como Lonely Orphan Girl. Tal foi feito e logo depois o jornal publicava "The Puzzle Girl". O sucesso do artigo foi tanto, que novamente encantado, George Madden ofereceu a ela um emprego no jornal.

A garota deixa de ser Elizabeth e passa ser Nellie Bly

De acordo com o que conta a história, no final do século XIX era comum que as mulheres que trabalhavam na imprensa adotassem pseudônimos, algo também rotineiro entre os escritores. Ao empregar a jovem, Geoger escolheu como apelido a nova repórter o nome de Nelly Bly, em razão da música de mesmo nome.

Diz a lenda que a Nelly virou Nellie por um erro do editor ao imprimir a edição que continha a assinatura da nova repórter.

As primeiras experiências

As primeiras experiências de Nellie como jornalista foi uma série de artigos sobre a situação das mulheres na sociedade, como estavam as trabalhadoras das fábricas e etc. Mas por causa da pressão editorial acabou indo para a editoria chamada "Páginas das mulheres", no qual cobriria moda, sociedade, jardinagem bons costumes dente outros assuntos da área.

Insatisfeita, a jornalista tomou a iniciativa de se oferecer para tornar-se correspondente internacional. Foi aceita e viajou para o México. Na época tinha 21 anos.

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