A Dama da Inglaterra, a rainha do crime: Agatha Christie

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Intitulada Dama da Inglaterra na década de 1970, considerada a rainha do crime, Agatha Christie é até hoje a autora de romances policiais mais conhecida do mundo, sendo que seus livros são há anos considerados best-sellers.

A menina nascida no final do século XIX pensou em virar cantora lírica, mas desafiada pela mãe começou a escrever. E escreveu tanto que suas histórias deram origem a 66 livros, 14 coleções de contos, duas peças teatrais, sendo que uma delas é a que mais tempo ficou no teatro e já foi traduzida em mais de 44 línguas diferentes.

Agatha casou-se duas vezes, teve apenas uma filha, foi farmacêutica na Primeira Guerra Mundial. Viajou pelo mundo, viveu diferentes experiências, ficou abalada ao descobrir a traição do primeiro marido. Sumiu por mais de uma semana, foi encontrada, divorciou-se depois de um tempo. Foi para uma expedição no Oriente Médio e lá conheceu o segundo marido, homem que lhe acompanhou até o final da vida.

Música, livros e o sonho da pequena

Agatha May Clarissa Miller nasceu no final do verão inglês, em 15 de setembro de 1890, na cidade de Torquay, em Devon, na Inglaterra. Terceira e caçula do casal Frederik e Clara Miller, e irmã de Madge e Monty.

Com a família maior, os pais de Agatha decidiram se mudar para a uma grande casa na França. Frederick era um homem muito rico, mas não era europeu, era norte-americano e possuía muitos negócios e isso o ocupava muito tempo com viagens. Já Clara era inglesa tinha uma personalidade tímida e mais contida, e uma amante de música, tanto que a paixão dos filhos pelas notas musicais era explicada pelas horas que a mãe passava escutando ou tocando instrumentos.

Madge e Monty iam a escola e receberam uma educação formal, mas os Miller decidiram que a caçula começaria os estudos antes dos oito anos, portanto seria educada em casa. Assim foi feito, e Agatha estudou desta forma até completar 14 anos, no começo com a mãe e após com professores e tutores particulares.

Quando não estava estudando, a pequena Agatha adorava andar de patins no Princess Pier e ir a praia. Em duas, em especial, a Meadfoot Beach e a Beacon Cove, essa uma praia exclusiva para mulheres. Neste local também havia o Royal Torbay Yacht Club onde Frederick jogava whist.

Se não estava estudando ou brincando na rua, Agatha estava na companhia da irmã mais velha, Madge, que lhe contava histórias de Conan Doyle (1859-1930), Edgar Allan Poe (1809-1849) e Leroux (1868-1927).

Certa vez a pequena pegou um forte resfriado e teve que ficar de repouso, a mãe então lhe desafiou e a incentivou a escrever contos para passar o tempo.

Quando Agatha tinha 11 anos o pai morreu e a vida transformou-se um pouco mais triste. Mas a música e as histórias de detetives foram boas companheiras para ajudar a saudade ficar mais leve.

Após a morte de Frederick, a menina e a mãe viajaram pelo mundo, conheceram lugares e muitos serviram de inspiração, anos mais tarde, em enredos da autora.

Ainda envolvida com a música, aos 16 anos Agatha foi para uma escola de aperfeiçoamento em Paris, destacando-se como cantora e pianista.

Um dos hábitos da jovem era participar de peças na Oldway Mansion, em Paignton, e no Imperial Hotel, em Torquay, sendo que o este último foi cenário de três romances: Um corpo na biblioteca, A casa do penhasco e Um crime adormecido. Também participou inúmeras vezes dos concerto no Torquay's Pavilion.

Certa vez, Agatha estava no campo de golfe de Torquay quando foi pedida em casamento por Reggie Lucy, seu namorado. Porém, após um concerto ela recebeu o segundo pedido de casamento, de Archibald Christie(1889-1962), um rapaz que conhecerá três meses antes em um baile na Ugbook House. Ela rejeitou.

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