A artista símbolo do modernismo brasileiro: Tarsila do Amaral

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Se existe uma artista que melhor simboliza o modernismo brasileiro esta pessoa é Tarsila do Amaral, que ao lado de Anita Malfatti (1889-1964), fez a história da arte e cultura do país, principalmente nas primeiras décadas do século XX e que grande parte da cultura brasileira sofria influências europeias.

Tarsila era uma artista plástica completa, sabia trabalhar com esculturas, mas sua fama ficou belos quadros que pintou. Foi uma das integrantes que em 1922 liderou o Movimento Modernista, em São Paulo. Movimento que inspirou diversos outros em todo Brasil.

A pintora nasceu no ano 1886 em uma cidade do interior de São Paulo. Criada em uma fazenda, na adolescência estudou na capital do estado e depois na Espanha. Casou-se quatro vezes e teve apenas uma filha. Depois de deixar um enorme legado artístico faleceu em 1973.


Uma infância regada a natureza, histórias, música e poesia


Tarsila nasceu as vésperas da primavera, no dia 1º de setembro de 1889, na cidade de Capivari, no interior de São Paulo, filha de Lídia Dias de Aguiar e José Estanislau do Amaral Filho, pais também de mais sete crianças.

A família Amaral era rica. Amaral Filho recebera do pai José Estanislau, também chamado de o milionário, uma imensa fortuna e fazendas de herança, logo a falta de dinheiro nunca foi um problema para eles. Mas acima de tudo o que mais os pais preservavam era a educação que as crianças recebiam.

Tarsila e os irmãos passaram a infância em duas das fazendas da família; a São Bernardo, no município de Capivari (atualmente Rafard) e na Sertão, no Município de Jundiaí (hoje Itupeva); e cresceram com uma pequena rotina mágica. Em meio a natureza as crianças brincavam e deixavam fluir a imaginação. Quando em companhia dos pais a aventura encantadora continuava.

A mãe era uma pianista perfeita e passava as tardes tocando e como plateia os filhos. A casa tinha uma biblioteca enorme e quando a mãe não estava a tocar lia para eles romances de diferentes tipos.

O pai era outro que adorava ter momentos com os filhos. Sempre que podia ele ia até a biblioteca, pegava alguns livros e recitava a família versos e poemas em francês.

Por morarem em uma fazenda a educação primaria foi dada em casa. A primeira mestra de Tarsila foi Mlle. Marie van Varemberg d'Egmont, uma professora belga que ensinou a garota a ler, escrever, falar francês e a bordar.

Quando entrou na adolescência Tarsila, assim como os irmãos, foi enviada a São Paulo para terminar o ensino básico (atualmente seria o ensino médio). E foi quando a família teve essa ação, que Tarsila começou seu caminho rumo a descobrir e conquistar o mundo.


A ida para São paulo


Tarsila e a irmã Cecília, em 1898, foram a capital paulista estudar no Colégio Sion. Os pais acreditavam que a educação era a melhor forma de garantir o futuro dos filhos, logo instruir-se naquela escola era a forma de garantir o bom currículo acadêmico das meninas. Lá elas tiveram contado com outras disciplinas, ainda não vistas com a professora particular, além de aperfeiçoarem o francês. Os primeiros contatos de Tarsila com arte, sem ser em casa, fora na escola.

Contudo, em 1902, Tarsila embarcou rumo a Espanha e lá concluiu a formação básica. O gosto pelas artes plásticas aumentou no Colégio Sacre – Coeur de Jésus, em Barcelona, e incentivada começou as criações. O primeiro quadro a pintar foi em 1904, aos 16 anos, a obra intitulada Sagrado Coração de Jesus.

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