Brasil, Belém, 11:30hrs.
Eu estava exausto, a única coisa que eu queria no momento era poder me deitar em um lugar confortável e descansar. Mas para isso eu precisava entrar no Shopping.
— Está tudo fechado. — Observou o Recruta.
Na avenida passava um caminhão de soldados do Exército, todos altamente armados para enfrentar os zumbis que passeavam ali por perto.
Sei que sou um Sargento do Exército, mas eu estava cansado e ferido, não tinha motivo eu me arriscar com aqueles soldados do caminhão, então os deixei passar.— Abre aqui. — Gritei.
— Não podemos. — Gritou um segurança do outro lado da porta.
— Cara, tem quatro pessoas precisando de ajuda aqui, você vai negar? — Eduardo reforçou o pedido de ajuda.
— Entregue suas armas primeiro... Todas! — Ordenou o segurança.
— Sou um Sargento do Exército, acha mesmo que vou entregar meu armamento para um segurança? — Sou autoridade perto de ti. — Eu já estava ficando com raiva.
— Então mofam aí.
Eu estava ao ponto de atirar naquele segurança. Mas tive uma ideia meio louca.
— Ok, toma as armas. — Mostrei a arma perto do portão para ele.
Na hora que ele estava vindo buscar, eu segurei o Braço dele e puxei ele pela grade do portão.
— Seguinte, ou entrega a chave, ou meto essa faca no seu ouvido. — Ameacei ele.
— Calma Olliver. — Jully se preocupava com a situação.
— A chave está no meu bolso, cara.
Em seguida peguei as chaves do bolso dele. — Eduardo toma as chaves, abre essa caceta, só vou largar ele quando esse portão tiver aberto. — Ordenei.
Eduardo abriu o portão e eu o larguei apontando uma pistola e mandando-o ficar de Joelho.
— Quero suas armas, segurança... todas! — Gritei com a arma na cabeça dele.
— Toma. — Ele deixou todos os equipamentos no chão.
Peguei todos os equipamentos e deixei na minha mochila.
— Vamos precisar disso futuramente. — Afirmei.— Liberado segurança. — Falei tirando a arma de cima dele. — Agora, sim, não abra isso mais para ninguém. Ou melhor, a chave vai ficar comigo agora.
— Olliver, vamos arrumar um lugar para descansar. — Falou Eduardo.
Então a gente saiu andando pelo Shopping, subindo pela escada rolante. Durante nossa caminhada pudemos ver o tanto de gente que estava naquele lugar. A cada loja pequena estava um grupo de pessoas abrigadas, colchoes pelo chão espalhados, pessoas vendo notícias sobre o apocalipse na TV.
No canto do lado direito tinha centenas de Jovem se divertindo e bebendo com cervejas e vodcas furtada nas próprias lojas do Shopping, aquilo realmente estava uma bagunça. Porém, estava mil vezes melhor do que o Quartel. Pelo menos ali não tinha população revoltada.
— Achei um local. — Disse a Ruiva.
— Bom. Aqui parece um lugar bem isolado, mas é melhor assim. — Disse o Recruta.
O lugar era uma sala dos seguranças no segundo Andar. La tinha uma TV, colchão, um quartinho, banheiro e uma mesa com várias poltronas.
— Pessoal, vou relaxar. Minha perna está doendo, vou me jogar uma água. — Falei satisfeito.
Então fui tomar meu banho, peguei uma máquina de cortar cabelo que um dos seguranças esqueceu no banheiro e comecei a raspar só ao lado do meu cabelo com o número 1.
Agora meus cabelos loiros estavam raspados do lado e penteado para o alto e para o lado direito.Terminei do banho e fui me deitar um pouco, eu estava precisando disso.
— Olliver? Como está seu pé? — Perguntou Jully ao entrar no quartinho.
— Está melhorzinho, só falta uma massagem. — Falei na brincadeira, mas Jully levou a sério e começou a cuidar do ferimento.
— Obrigado garota, posso te dar um abraço?
— Pode sim. - Ela deitou-se ao meu lado e aceitou meu abraço.
— Te conheci hoje, mas a vontade de te proteger já é grande, sabia? — Falei.
— Obrigado, por ter me salvado naquela hora, me sinto segura ao seu lado. — Disse a ruiva com um sorriso no rosto.
— Então me abraça e fica aqui comigo. — A carência estava me dominando nessa hora.
Jully me abraçou e eu fiquei fazendo cafuné nela até a gente pegar no sono. Sentir-me feliz por estar vivo naquele momento.
Enquanto eu dormia, Eduardo conversava e Bebia com o companheiro.
— Tony, seu nome né? — Perguntou Eduardo.
— Sim, como sabe? — Retrucou.
— Vi na sua farda, quando tirou da mochila.
— Bem esperto você. — Falou Tony ao beber um copo de Vodca.
Eram 18hrs quando Jully me acordou.
— Olliver acorda. — Sussurrou a Ruiva no meu ouvido.
— O que foi, mocinha? — Falei com os olhos fechado ainda.
— Olha essa reportagem que está passando na TV.
Quando ela falou isso, eu me despertei bem rápido e fiquei ligado nas notícias.
"Globo News: Avião do 2°Bis com 250 Soldados cai em uma pequena cidade da Argentina matando todos os soldados que estavam abordo."
Não acreditei no que eu ouvir, não era possível, perdi um amigo de infância. Gritei:
— Não... Math, não pode ser.
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Bem Vindo ao Apocalipse
Science Fiction"Um pesadelo realista onde os mortos dominam e a vida vira motivo de sobrevivência" Bem-vindo ao mundo do pesadelo apocalíptico! Sinopse: Olliver tem apenas 20 anos e virou um jovem Sargento do Exército Brasileiro após passar em um concurso. Em um s...