2. Lar da Umbrella.

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"And like the blade you stain, well, I've been holding on tonight."
Helena — My Chemical Romance


HELENA

Acordei com uma dor terrível na cabeça. Lembrei de algumas coisas estranhas. Venha a nós a noite? Tive vontade de rir. Era um pesadelo ridículo para se ter, não é mesmo? Só podia ter saído tudo dessa minha cabeça psicopata.

— Mas que merda é essa? — ouvi Kennedy dizer.

Abri os olhos e ele estava ali, ao meu lado. Mas não estávamos em casa. Não estávamos na minha casa e nem na dele. O chão abaixo de nós era de pedra. E todos os meus amigos estavam ali, estirados no chão. A maioria deles estava despertando agora. Então, aquela merda havia realmente acontecido?

— Pregaram uma peça na gente — Chelsea bufou. — Nem acredito.

— Eu costumo ser bem cética — falei. — Mas se nos pregaram mesmo uma peça, como fizeram para que todos nós desmaiássemos?

— Colocaram coisa na nossa bebida — Brittany sugeriu.

— Mas eu nem bebi — Mable disse, me fazendo rir.

— Você sempre diz isso — Michael se juntou a mim nas risadas.

— Eu não bebi uma gota desde que cheguei — ela insistiu. — Pergunte ao Richard. Estávamos meio que discutindo.

— Ainda? — Kennedy falou em tom alto.

— Cale a boca — pedi. — Cadê a música da festa?

Levantei e saí de trás do palco do DJ. As garotas me acompanharam. Estávamos no casarão, exatamente no mesmo lugar que antes de apagar. Mas por que tudo estava diferente?

— Isso daqui não era de verdade — Peter observou, encostando no caminhão velho do Creeper.

— Com certeza, não era — Adam disse, passando a mão no veículo junto com Michael. — Era para ser de papelão!

— Por que todo mundo sumiu? — Ray indagou. — O que diabos aconteceu?

— Estamos todos nos perguntando a mesma coisa — Michael falou. — Os supostos irmãos Craven sumiram e todo o resto também.

— Espera, cadê o Cody? — meu irmão, Richard, questionou.

— Estou aqui — ele disse, acenando do outro lado da sala enorme. — Não, não se aproximem.

— O que aconteceu? — Ray perguntou, parando onde estava. Cody estava abaixado e tinha as mãos na frente do estômago.

— Estão sentindo esse cheiro? — ele farejou o ar de uma maneira assustadora. A fantasia do Creeper tinha esse efeito. — Eu preciso... — nos olhou e lambeu os lábios. Então, balançou a cabeça em negação. — Ah, não. Droga! Isso é ruim.

— Cody? — o chamei.

— Estou faminto. E não é do modo que vocês estão pensando. Eu não consigo mais aguentar — queixou-se. — Você precisam deixar esse lugar.

— Cody, o que está acontecendo? — Richard aproximou-se com Mable.

— Você sabe o que — ele insistiu. — É a fantasia. Está me afetando.

— Eu não vou te deixar aqui, irmão — Mable disse. — Não posso fazer isso.

— Tire ela daqui. Tire todos — falou para Richard. — Fujam! Eu não quero machucar nenhum de vocês.

A Maldição de Craven ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora